ANO
12 |
FÉRIAS 2018
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3340
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Esta é mais uma edição — a terceira da série ‘férias em Lisboa 2018’ —
inserta em alguns assentamentos do ‘diário
de um viajor’. Narro algo de nosso domingo e segunda-feira lisboeta.
O domingo, 11 de fevereiro, chuviscoso, mesmo que menos frio.
Tínhamos, mais uma vez, muito a conversar com Joe & Teresa, que o café da
manhã, que em Portugal se chama ‘pequeno
almoço’ se transformou naquilo que os ingleses denominam ‘branch’: café da
manhã + almoço.
Já assava do meio doa quando a Gelsa e eu fomos ao Museu de Arte
Moderna do Chiado. Ali entre algumas exposições destacamos duas: #1 A MÃO-DE-OLHOS-AZUIS-DE-CÂNDIDO PORTINARI,
que mesmo constituída de apenas dois obras, poucas vezes disponibilizadas ao público
(Tocadores de Chorinho e Cavaleiro do Carnaval) eram acompanhadas por um
excelente vídeo onde era destacado “o Pintor Social” onde conheci uma dimensão
política do pintor. #2 GÊNERO NA ARTE,
CORPO, SEXUALIDADE, IDENTIDADE E RESISTÊNCIA com uma riqueza de informações
acerca de uma temática muito nova.
Do alto do Chiado descemos, numa diversificada paisagem, até às
margens do Tejo, onde visitamos o Mercado
da Ribeira Alta e nos impressionamos com a praça de alimentação, tomada de gente
fruindo de pratos dos melhores restaurantes, produzidos por renomados chefs a
preços mais populares.
À noite fizemos extensa caminhada com Teresa & Joe para ir
jantar, onde o melhor foi privarmos de seleta conversação com nossos
anfitriões. Era também a despedida do Joe, que no dia seguinte retornava à
Londres.
A segunda-feira foi ensolarado com céu de brigadeiro. E isso era
significativo por visitarmos então a Fundação Calouste Gulbenkian, onde aos
lado de conhecermos um dos maiores e mais ricos museus pudemos fruir um pouco
dos lindos jardins, com os mais diversos recantos. Foi significativo ver na
livraria o livro de Química Orgânica, do Morrison & Boind — no qual conheci
pela primeira vez o nome Gulbenkian — que usei como aluno e depois como
professor de Química Orgânica na PUC.
Ao entardecer da agradável segunda-feira, nos encontramos com a Teresa
para um programa aparentemente trivial: andar
de bonde gaiola, partindo do Cemitério dos Prazeres. Os elétricos como são
chamados os bondes aqui servem a população em algumas linhas, mas são tomados
pelos turistas, que os preferem pela excentricidade do meio de locomoção e também
pela facilitação no trânsito por ruas íngremes. Eu me lembrei muito dos bondes gaiolas
que muito usei em Porto Alegre, quando comecei a estudar no Júlio de Castilhos
em 1958, especialmente do ‘São João’ que me levava até a Praça Parobé, para
então subir até a Riachuelo tomar outro bonde para a Azenha.
Nesta programação assentei-me para papo com o Fernando Pessoa.
Nesta programação assentei-me para papo com o Fernando Pessoa.
O jantar à noite marcou a despedida que nesta manhã de terça-feira
retornou a Londres. A Gelsa e eu vamos fruir mais quatro dias a simpática
capital portuguesa, que certamente produzirá outros relatos aqui.
Mesmo que aqui na se festeje o Carnaval vibramos saber que um
mote do carnaval brasileiro este ano é “Fora
Temer”. Sempre resta uma esperança, muito obrigado Paraíso da Tuití!
Imagino que andar por Lisboa é fruir de parte da nossa própria história. Ou Brasil foi apenas colônia de férias portuguesas? Descanse Mestre, pois 2018 parece que vai começar...promete. Acordaremos ou continuaremos a sambar um samba fake produzido em container chinês ao balanço das águas oceânicas? Um verdadeiro "samba vampiro". Abraços.
ResponderExcluirMuito querido Vanderlei,
Excluirsou devedor de muitos agradecimentos a teus comentários.
Realmente muito de nossa história está em Portugal (especialmente na torre do Tombo)
Saudações sorocabanas Chassot! Quem dera Sorocaba conservasse alguns de seus bondes, quando em 1935 podiam trafegavam pelas ruas centrais. Existe, na atual Praça 9 de Julho, um ponto do bonde da época. O espaço permanece, mas os bondes se foram. Não há memória que garanta continuidade das tradições quando o "progresso" econômico determina a História. Isso à parte, vê-lo ao lado de Fernando Pessoa é um privilégio a ser compartilhado, como tu o fazes. Nossa gratidão! E por falar na Tuiuti, ela ficará para a História do Brasil, sem dúvida alguma! De forma certeira "lavou-nos" com o grito a nos unir: Fora Vampiro Temer!!!
ResponderExcluirMeu querido amigo Élcio,
ResponderExcluirainda não consegui acertar o passo neste recomeço de verdade de 2018.
Obrigado por teus sempre doutos comentários.