ANO
11 |
EDIÇÃO
3202
|
É o ocaso do último
fim de semana de agosto. Não sou fatalista, mas o mês que já ceifou dois
presidentes [Getúlio Vargas (24AGO1954) e Jânio Quadros (25AGO1961)] está com o
gadanho afiado para uma nova degola agustina, nesta hemi-semana que ainda resta
deste mês, que não sem razão é dito do desgosto.
Parece
que tudo está consumado. Só falta a ceifa e se registrará, então: na História do Brasil, em agosto
de 2016, houve um golpe apelidado de constitucional. Os golpistas ou as
ratazanas que pululam no Senado como referiu e ilustrou (no desenho, aqui) o
editorial do The New York Times* — sagrarão um presidente que deveria se chamar
Michel Calabar Temer.
O
jornal francês Le Monde, um dos mais influentes da Europa, publicou editorial
neste fim de semana, em que afirma que o impeachment de Dilma Rousseff é
"golpe ou farsa", que vitima o povo brasileiro. "A ironia quis
que a corrupção fizesse milhões de brasileiros saírem para as ruas nos últimos
meses, mas que não fosse ela a causa da queda de Dilma Rousseff. Pior: os
próprios arquitetos de sua derrocada não são santos".**
Eu,
enquanto testemunha do golpe, tenho minha tristeza potencializada por eu ter me
omitido. Pertenço a um grupo de mais de 50 milhões de brasileiros a quem se
diz: “O teu voto nas últimas eleições foi roubado pelo Calabar que tu co-elegeste!”
Eu, com ressaibo de covardia, fico quieto.
*http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/252056/Jornal-The-New-York-Times-desmoraliza-o-golpe.htm
**http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/252017/Le-Monde-impeachment-de-Dilma-%C3%A9-ou-golpe-ou-farsa.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário