EDIÇÃO
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Meus leitores mais assíduos aqui— e nestes tempos bicudos
eles rareiam: a média diária volta a estar abaixo dos 300 — têm acompanhado as
dificuldades que vivo desde que a 12 de fevereiro, quando um pró-reitor do Centro
Universitário Metodista do IPA cortou radicalmente meu barato. A este propósito
tenho até sido estimulado a processar o cujo por danos morais, por ter ele mentido,
acerca de minha demissão, a alunos da Universidade do Adulto Maior. Mas hoje,
não vou assuntar isso aqui.
Esta blogada de hoje se faz com o registro de mais uma
saborosa quebra do jejum radical que me foi imposto em consequência de minha
defenestração. Contei aqui, em 31MAR, o significado da fala no Campus Feliz do
IF-RS e em 06ABR as sensações com o seminário no Mestrado Profissional de
Reabilitação e Inclusão. Pois nesta quinta-feira trago um relato em dose dupla.
Na noite de ontem, quarta-feira, fiz uma fala para cerca de
seiscentos participantes na ULBRA, no campus central de Canoas. Tentei responder
a uma pergunta central: O que é Ciência,
afinal? para discentes e docentes de mais de uma dezena de cursos. Minha
tese central, quando faço relevante a Ciência como dos óculos para vermos o
mundo, é a necessidade de abandonarmos nossas certezas e buscar trabalhar com a
incerteza, assumindo posturas indisciplinares. Não foi sem razão, entre
diversos depoimentos que ouvi, que me encantou uma fala de professora do curso
de dança referindo a oportunidade dos assuntos abordados.
A atividade fez parte do Fórum das licenciaturas da Ulbra. Fui
convidado pelo meu ex-aluno Joel Cardoso (na mesa na foto), Coordenador do
curso de Química. Muito a propósito, uma das emoções da noite, ao lado de ver
centenas de alunos ouvindo-me atentamente foi reencontrar mais de uma dezena de
ex-alunos hoje professores da ULBRA. Também foi sumarento reencontrar colegas
do período (1992-95) que fui professor do curso de Química da Ulbra.
Após a palestra, significativas questões trazidas pelo
público ensejou a extensão das propostas antes apresentadas. Ainda houve uma
concorrida sessão de autógrafos de alguns de meus títulos. A Gabriela foi uma
muito competente livreira.
Meu retorno de Canoas foi com meu colega e amigo Prof. Guy
Barros Barcellos, coordenador da área de Ciências da rede de escolas da Ulbra.
Por uma gostosa coincidência, minha viagem esta tarde à Estrela será com o Guy,
que vai a Lajeado proferir uma fala na Univates. Ele também é o autor da foto
que ilustra esta nota, postada no Facebook com cerca de duas centenas de
curtidas e compartilhamentos.
Na noite de hoje, quinta-feira, farei uma palestra no Colégio Santo Antônio em Estrela. Esta
fala teve a iniciativa e é organizada pela minha filha Ana Lúcia.
Seus três
filhos: Guilherme (11 anos) Felipe (05) e Lucas Francisco (02) são alunos do
Santo Antônio. Encantou-me ver a mãe que — por acreditar que seu pai possa trazer
uma contribuição para escola de seus filhos — oferece a professoras e
professores uma fala.
Dentre um grupo de temas que disponibilizei à coordenação
pedagógica, a escolha foi: A Ciência é
masculina? É, sim senhora! Sempre me parece oportuno mostrar, na mirada de
nossos DNAs grego, judaico e cristão como nós nos construímos machista e também
levantar alternativas para superar isso. Quando vivemos uma sociedade marcada
por tantos preconceito é salutar (e muitas vezes, árduo) o esforço para
superações.
Esta uma das palestras que me agrada. Já a proferi em dezenas
de oportunidades em todos estados do Brasil, também na Argentina, Uruguai,
Paraguai, Colômbia (em cinco universidades), México e França. Muito
provavelmente por isso uma emoção muito forte me envolve com a fala desta
noite.
Pelo relato em dose dupla, faço meu comentário numa duplicidade de expressões: NOBREZA e RECONHECIMENTO.
ResponderExcluirDemocrático abraço.
Vanderlei e Família.
Ave Magister,
ResponderExcluirfoi um deleite nosso périplo em dose dupla.
Obrigado pela carinhosa lembrança aqui no blogue.
Abraços com reiterada admiração