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domingo, 8 de dezembro de 2013

08.- COMPARTILHAR

ANO
 8
em fase de transição
EDIÇÃO
 2616

O blogada deste segundo domingo de dezembro compartilha um texto* que quer traduzir–se numa parada nestes tempos de consumismo voraz e apresentar alternativa de presente.
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai, enfim, alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando, finalmente conseguiu falar, tremendom gaguejando, pediu ao pai:
— Me ajuda a olhar!
*Livro dos abraços. Eduardo Galeano. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2012. ISBN 8525414883)

5 comentários:

  1. Olá, acabo de visitar seu blog e segui-lo. Lhe desejo foco, sucesso e força. Que conquiste muitas realizações através do mesmo. E também convido você e seus/suas leitores/leitoras a conhecer o meu blog: toobege.blogspot.com.br . Beijinhos e espero você lá também *0*

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  2. Muito querido Mestre Chassot,
    mesmo com um texto conhecido, esta blogada dominical nos enseja excelente releitura de um dos abrações do Galeano.
    A ilustração é estupenda,
    Michaela

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  3. IMENSIDÃO
    Porque assim tão superlativo era o mar
    Aos virgens olhos de quem não o tinha visto
    Que só com auxílio poderia tudo abarcar
    E dizer, a tanta maravilha eu não resisto

    Entender esse portento, quem me dera!
    Limito-me a vê-lo e conter brilho no olho
    Quem saberá o que oculta essa bela fera
    Entre todas as maravilhas esta eu escolho

    Mas como não entendo fica a indagação
    O mar/oceano que a todos nós encanta
    Será do homem ruína ou será perdição?

    Simples, a resposta a ninguém espanta
    O mar está aqui dentro, até no coração
    Por isso nos cativa e também nos encanta.


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  4. Assim, vejo, muitas vezes, nossas crianças pedirem, por meio da "indisciplina", ajuda, para não dizer socorro, a ajudarem a olhar o mundo que se descortina. Sim, este mundo Incerto, Esquisito, Voraz, Mercantil, Frio, que não reflete, este mundo líquido, fluído e descartável.

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  5. Chassot,

    neste fim de ano cansativo estou precisando de ajuda para ver o mar…

    A cada passo que dou, horrorizo-me pelo consumismo na vida social e pelo produtivismo na vida acadêmica.

    Acho que estamos ultrapassando os tempos líquidos e vivendo tempos em gel.

    Abraços sólidos

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