UMA BLOGADA DE LOUVORES
Esta segunda blogada de setembro do bissexto 2024 caberia estar tintada de fuligem {=fuligem é uma substância formada por partículas sólidas de carbono resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos, como carvão, madeira, óleo e gás. Essas partículas são tão pequenas que podem ser transportadas pelo ar e se depositar em superfícies, como paredes, móveis e até mesmo nos pulmões das pessoas. A fuligem é um subproduto da queima de combustíveis fósseis e biomassa, e é comumente associada à poluição do ar. Ela é composta principalmente por carbono, mas também pode conter outros elementos, como hidrocarbonetos, metais pesados e compostos orgânicos voláteis. www.soescola.com}
Este extenso parêntesis é auto-explicável para brasileiros de diferentes latitudes, ora no advento da primavera de 2024. Afortunadamente temos duas pérolas (1.- o campus da UFPA se faz palco de saudades // 2.- mais um livro físico que amealha histórias) para amenizar a fuligem que tenta toldar narrativas. Vejamos uma e outra destas duas pérolas:
1.- o campus da UFPA se faz palco de saudades. No entardecer de ontem (quinta-feira, dia 12 de setembro), se encerrou o XXII Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ) que iniciara no dia 9, terça-feira, no bucólico campus do Guamá da Universidade Federal do Pará, com o tema O Ensino de Química na defesa de direitos e inclusão social.
O ENEQ é o maior e mais importante evento da área do ensino de Química do Brasil, que teve sua primeira edição em 1982, na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A vigésima segunda edição promovida pela Sociedade Brasileira de Ensino de Química (SBEnQ), com a liderança da UFPA, por meio do Instituto de Educação Matemática e Científica (Iemci) e apoio da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Instituto Federal do Pará (IFPA).
Um pouco antes de se encerrar o XXII ENEQ o Prof. Dr. Marcus Eduardo Maciel Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Ensino de Química instala a sessão para a outorga da primeira celebração do prêmio Profa. Dra. Roseli Schnetzler a Attico Chassot. Por delegação da presidência a Prof. Dra.Irene Cristina Mello assume a coordenação da sessão. A escolha tem um por quê: a Irene foi a primeira de meus 35 orientandos levados a defesa. É preciso referir que só fiz doutorado depois de aposentado quando só então pude ser orientador. Há um quarto de século fazer orientação a distância (Cuiabá / Porto Alegre) mereceu destaque em artigo de um livro*. Parece que a dissertação da Irene foi a primeira orientação virtual. Depois da pandemia já leve à defesa mestrando que nunca vi pessoalmente.
CHASSOT, A. I. Orientação virtual: uma nova realidade, 89-108. In: BIANCHETTI, Lucídio; NETTO MACHADO, Ana Maria (orgs) A bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação e escrita de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 2002 (3ed 2012), 412p. ISBN 978-85249-1881-0.
A tarde dessa plúmbea quinta-feira é inenarrável. Por mais que me envolva em tentativas trazer alguns relatos de então, tenho dificuldades de contar acerca das significativas emoções da tarde de ontem. Lembro que mais de uma vez embarguei lágrimas.
Depois da fala da Irene, que destacou o meu ‘jeito’ de escrever, destacando o blogue e os diários, vários participantes falaram. Por mais que desejasse, não tenho como referi-los aqui. Alguns não conheço. Perdi a fala do Eduardo Mortimer. Houve um corte de energia elétrica na fala do Duzão.
Respondi respostas genéricas. Por inexplicável coincidência preparei antes do espetáculo 10 comentários: todos com lócus com um mesmo cenário: o campus do Guamá, que já adjetivei como bucólico. Seguem algumas evocações (umas prosaicas) que referi ontem:
A morte do Licurgo Peixoto de Brito, uma narração triste que não passa desde a pandemia;
No campus do Guamá andei (de moto carona) pela única vesna minha vida levado por Jesus.
Atividades no/do Instituto de Educação Matemática e Científica (Iemci)
Fiquei na casa da Terezinha & Tadeu para assistir o Círio
Conceição & Carneiro: ela organizou minha presença, primeira vez, em Belém e ele me outorgou o título ‘O peregrino da Ciência’ em quanto, jornalista e sociólogo José Carneiro, professor aposentado da UFPA publicado em O Liberal, [25MAI2014] da capital do Pará
Roda Viva numa organização da Silvia no Iemci;
Um semestre compartilhando um seminário com a Silvia Chaves.
Surpresa de ter um painel mural no Diretório do curso de Química.
Alfabetização científica: questões e desafios para a educação Oitava edição apresentada pelo Licurgo.
2.- Mais um livro físico que amealha histórias: Memórias de Professores e Professoras de Química – Volume 2 é uma obra coletiva que compila histórias, experiências e reflexões de educadores(as) e pesquisadores(as) dedicados(as) a explorar as múltiplas possibilidades de diálogo no ensino de Química. Organizado por Paulo Vitor Teodoro, Irene Cristina de Mello e Hélder Eterno da Silveira, este volume dá continuidade ao primeiro, trazendo novas memórias enriquecedoras. Cada capítulo abre uma janela de discussões para aqueles(as) que buscam compreender as trajetórias dos(as) professores(as) aqui apresentadas. Como se mencionou no primeiro volume: que este livro seja inspiração para estudantes, professores(as) e pesquisadores(as) que desejam pensar e continuar as caríssimas discussões sobre o ensino de Química.
Emocionante
ResponderExcluirHomenagem sempre merecida ao nosso peregrino!
ResponderExcluirSempre importantes comentários / informações.
ResponderExcluirRedescobrir o Chassot e ler, com mais vagar, os seus escritos é uma injeção de ânimo. A gente se perde nessa administração infame desse governo Lula e, quando se dá conta, é tanta indignação que se perde o essencial, fé, confiança e apreciação da beleza ao redor.
ResponderExcluirHomenagem linda e com grande mérito!
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