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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

UMA BLOGADA DE LOUVORES

 

ANO 18

13092024

LIVRARIA VIRTUAL  www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 3.796

                                UMA  BLOGADA DE LOUVORES

 Esta segunda blogada de setembro do bissexto 2024 caberia estar tintada de fuligem {=fuligem é uma substância formada por partículas sólidas de carbono resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos, como carvão, madeira, óleo e gás. Essas partículas são tão pequenas que podem ser transportadas pelo ar e se depositar em superfícies, como paredes, móveis e até mesmo nos pulmões das pessoas. A fuligem é um subproduto da queima de combustíveis fósseis e biomassa, e é comumente associada à poluição do ar. Ela é composta principalmente por carbono, mas também pode conter outros elementos, como hidrocarbonetos, metais pesados e compostos orgânicos voláteis. www.soescola.com}

Este extenso parêntesis é auto-explicável para brasileiros de diferentes latitudes, ora no advento da primavera de 2024. Afortunadamente temos duas pérolas (1.- o campus da UFPA se faz palco de saudades // 2.- mais um livro físico que amealha histórias) para amenizar a fuligem que tenta toldar narrativas. Vejamos uma e outra destas duas pérolas:

 1.- o campus da UFPA se faz palco de saudades. No entardecer de ontem (quinta-feira, dia 12 de setembro), se encerrou o XXII Encontro Nacional de Ensino de Química  (ENEQ) que iniciara no dia 9, terça-feira, no bucólico campus do Guamá da Universidade Federal do Pará, com o tema O Ensino de Química na defesa de direitos e inclusão social.

O ENEQ é o maior e mais importante evento da área do ensino de Química do Brasil, que teve sua primeira edição em 1982, na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

A vigésima segunda edição promovida pela Sociedade Brasileira de Ensino de Química (SBEnQ), com a liderança da UFPA, por meio do Instituto de Educação Matemática e Científica (Iemci) e apoio da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Instituto Federal do Pará (IFPA).


 

Um pouco antes de se encerrar o XXII ENEQ o Prof. Dr. Marcus Eduardo Maciel Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Ensino de Química instala a sessão para a outorga da primeira celebração  do prêmio Profa. Dra. Roseli Schnetzler a Attico Chassot. Por delegação da presidência a  Prof. Dra.Irene Cristina  Mello assume a coordenação da sessão. A escolha tem um por quê: a Irene foi a primeira de meus 35 orientandos levados a defesa. É preciso referir que só fiz doutorado depois de aposentado quando só então pude ser orientador. Há um quarto de século fazer orientação a distância (Cuiabá / Porto Alegre) mereceu destaque em artigo de um  livro*. Parece que a dissertação da Irene foi a primeira orientação virtual. Depois da pandemia já leve à defesa mestrando que nunca vi pessoalmente.

CHASSOT, A. I. Orientação virtual: uma nova realidade, 89-108. In: BIANCHETTI, Lucídio; NETTO MACHADO, Ana Maria (orgs) A bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação e escrita de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 2002 (3ed 2012), 412p. ISBN 978-85249-1881-0.

A tarde dessa plúmbea quinta-feira é inenarrável. Por mais que me envolva em tentativas trazer alguns relatos de então, tenho dificuldades de contar acerca das significativas emoções da tarde de ontem. Lembro que mais de uma vez embarguei lágrimas.

Depois da fala da Irene, que destacou o meu ‘jeito’ de escrever, destacando o blogue e os diários, vários participantes falaram. Por mais que desejasse, não tenho como referi-los aqui. Alguns não conheço. Perdi a fala do Eduardo Mortimer. Houve um corte de energia elétrica na fala do Duzão.

Respondi respostas genéricas. Por inexplicável coincidência preparei antes do espetáculo 10 comentários: todos com lócus com um mesmo cenário: o campus do Guamá, que já adjetivei como bucólico. Seguem algumas evocações (umas prosaicas) que referi ontem:

  1. A morte do Licurgo Peixoto de Brito, uma narração triste que não passa desde a pandemia;

  2. No campus do Guamá andei (de moto carona) pela única vesna minha vida levado por Jesus. 

  3. Atividades no/do Instituto de Educação Matemática e Científica (Iemci)

  4. Fiquei na casa da Terezinha & Tadeu  para assistir o Círio

  5. Conceição & Carneiro: ela organizou minha presença, primeira vez, em Belém e ele me outorgou o títuloO peregrino da Ciência’ em quanto, jornalista e sociólogo José Carneiro, professor aposentado da UFPA publicado em O Liberal, [25MAI2014] da capital do Pará 

  6. Roda Viva numa organização da Silvia no Iemci;

  7. Um semestre compartilhando um seminário com a Silvia Chaves. 

  8. Surpresa de ter um painel mural no Diretório do curso de Química.

  9. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação Oitava edição apresentada pelo Licurgo.


 



2.- Mais um livro físico que amealha histórias: Memórias de Professores e Professoras de Química – Volume 2 é uma obra coletiva que compila histórias, experiências e reflexões de educadores(as) e pesquisadores(as) dedicados(as) a explorar as múltiplas possibilidades de diálogo no ensino de Química. Organizado por Paulo Vitor Teodoro, Irene Cristina de Mello e Hélder Eterno da Silveira, este volume dá continuidade ao primeiro, trazendo novas memórias enriquecedoras. Cada capítulo abre uma janela de discussões para aqueles(as) que buscam compreender as trajetórias dos(as) professores(as) aqui apresentadas. Como se mencionou no primeiro volume: que este livro seja inspiração para estudantes, professores(as) e pesquisadores(as) que desejam pensar e continuar as caríssimas discussões sobre o ensino de Química.


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Pérolas: livros a mancheia!

 

ANO 18

06092024

LIVRARIA VIRTUAL  www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 3.795

  Pérolas: livros a mancheia! 

 O último sábado do oitavo mês do ano era prenhe de sumarentas emoções. Os medos de um agosto com desgosto se esboroaram. As floradas de azaleias de um fucsia radiante pareciam fazer saudações aos ipês, que colorem as vidraças embaçadas.  Num dado momento parece que eu ouvia um dos versos de 'La Marseillaise: Allons enfants de la patrie, Le jour de gloire est arrivé! A imagem é de azaleia de meu prédio.Ana Paula-301

Certamente desta vez eu não estava sonhando. Meus sonhos, uma vez mais, foram na Academia, nesta tentativa de criar raízes em meu ser um neo-aposentado. (Re)encontrei dezenas de colegas, muitos dos quais não via há muito. Repartiámos evocações. 

O Guy na sua fala como nos conhecemos no EDEQ na PUC em 29 de outubro de 2010: eu, naqueles momento esquecemos um nome ou dado; Não lembrava o nome do pintor (A menina do brinco de pérola / a leiteira) que era amigo de Leeuwenhoek (Antonie van Leeuwenhoek (Delft, 24 de outubro de 1632 - Delft, 26 de agosto de 1723) foi um comerciante de tecidos, cientista e construtor de microscópios, dos Países Baixos. Ele é conhecido pelas suas contribuições para o melhoramento do microscópio, além de ter contribuído com as suas observações para a biologia celular (descreveu a estrutura celular dos vegetais, chamando as células de "glóbulos"). Utilizando um microscópio que ele mesmo construiu (possuía a maior coleção de lentes do mundo, cerca de 250 microscópios), foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactérias, protozoários e o fluxo de sangue nos capilares sanguíneos de peixes. 

Quando me rendia e me desculpava um aluno, segundos depois chama: ‘Vermeer, Professor!’ Ao elogiar Guy, ele mostra um smartphone, algo ainda raro então. Esta dignidade intelectual transformou-se em uma das minhas mais sólidas.

 Evoquei a observação de um leitor deste bloque, que se opondo a recomendação do meu cardiologista  —  seja mais um aposentado e menos um professor  —: Grande Mestre Chassot. ‘Duvido que, vez por outra, não estarás proferindo alguma aula magna, evento against doctor's orders. Grande abraço’.

O 30/08/2024 me reservava surpresas contrárias  “a recomendação do médico”! Era o esperado sábado do lançamento, em Porto Alegre, do livro ALUNO CIENTISTA do Guy e do Ricardo. Os dois autores e vários co-autores se deslocaram de Rio Grande/RS à Porto Alegre. Aqui se irmanaram a locais para, em prédio da UFRGS (próximo ao Planetário, que albergam programas de pós-graduação da área Educação nas Ciências) para celebrar o esperado lançamento de riograndinos.

O texto a seguir é de autoria de Guy Barcellos e de Ricardo Assumpção. Eles ofereceram para esta edição do blogue. O texto é parte das orelhas do livro. Está disponível na íntegra do e-book para download em OTROPORTO.COM.BR O livro físico ISBN 978-65-992387-7-2 está disponível por solicitação por correio eletrônico endereço disponível em    OTROPORTO.COM.BR

Anaí, a protagonista, é uma jovem de 14 anos, proveniente de uma família de povos originários. A cada experimento descrito, Anaí conta um pouco de sua vida e traça paralelos e tensionamentos dos conhecimentos que construiu em sua vida familiar e comunitária. Todas as inserções de Anaí são desenhos feitos pelo artista Sandro Andrade, que contextualiza Anaí em cenários fidedignos de campo e de laboratório, pois o projeto de vida da personagem ficcional é tornar-se pesquisadora. Além do aspecto cultural e artístico intrínseco da narrativa, o livro também é ricamente ilustrado com fotografias feitas por fotógrafo profissional com os autores e seus alunos manejando instrumental de laboratório de Química, Física e Biologia. Logo, não é despiciendo notar que a obra possui valor artístico intríseco por seu aspecto estrutural, que a torna um objetivo de fruição artística e literária.

Cabe, aqui, aludirmos ao magistério de Edgar Morin, que afirma que “A cultura é, no seu princípio, a fonte geradora/regeneradora da complexidade das sociedades humanas. Integra os indivíduos na complexidade social e condiciona o desenvolvimento da complexidade individual.” (2012, p. 166). Ademais, a linha do tempo dos cientistas relevantes da história, brasileiros e estrangeiros, apresentada na abertura do livro, é toda ilustrada pelo renomado desenhista de livros infantis Alexandre Torrano.

Ciência e diversão na palma da mão. O livro  ALUNO CIENTISTA está disponível para consulta online e download gratuito no site (otroporto.com.br). A obra é um instrumento de aprendizagem gratuito e acessível, são 140 páginas completas com experimentos, práticas, modelagens exemplificadas de maneira lúdica e reflexiva por meio de imagens e ilustrações. O livro digital é uma versão em PDF acessível para que possa ser processada por sistemas de leitura e ampliação de telas. Idealizado pelos professores do Laboratório Faber Sapiens, Guy Barcellos e Ricardo Assumpção, a obra busca oferecer caminhos para o aprendizado de certos conceitos fundamentais da alfabetização científica na esfera da Educação Básica. 

O livro  ALUNO CIENTISTA é uma realização OTROPORTO, Ministério da Cultura e Governo Federal. Tem patrocínio de Sagres, Rocha Agenciamentos Marítimos, CCGL e CMPC e apoio de Faber Sapiens, CCMar e Museu Oceanográfico-FURG. Aqui podem fazer download do livro.

https://otroporto.com.br/noticias/livro-aluno-cientista-para-download

Engana-se quem diz que as crianças nascem cientistas. Na verdade, os bons pesquisadores são aqueles que mantêm viva a centelha da infância, são eternos alunos da natureza. Este livro se trata de um importante oxigênio para que a chama da curiosidade não apague, por meio de um exercício que fascina e motiva os autores: aprender pela pesquisa. Pesquisar é um ato complexo que requer rigor, métodos, curiosidade, perseverança, prazer de entender, capacidade de duvidar, criatividade e alegria de aprender.

Neste livro, busca-se, portanto, oferecer caminhos para o aprendizado de conceitos fundamentais de Ciências da Natureza e para o desenvolvimento da alfabetização científica na esfera da Educação Básica. Entende-se a alfabetização científica como a competência de compreender fenômenos naturais, elaborar perguntas e hipóteses e traçar caminhos para testá-las num ambiente de certezas provisórias, fomentando a curiosidade epistêmica: profunda e analítica. 

Acreditam os autores que - com os protocolos de experimentos descritivos e investigativos, pormenorizadamente detalhados, ricamente ilustrados e validados em aulas práticas e teóricas em laboratórios didáticos ao longo de 15 anos de trabalho - poderão oferecer vias lúdicas e instigantes para a formação de um pensamento crítico e complexo. Convidam-se os leitores, sejam professores ou estudantes, a brincarem de fazer ciência com as ideias aqui desenvolvidas, buscando cada um o seu devir aluno cientista.