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sexta-feira, 28 de junho de 2024

QUEM SABE LER: NUNCA ESTÁ SOZINHO

 

28/06/2024

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

  ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.359 

          QUEM SABE LER: NUNCA ESTÁ SOZINHO

28/06/2024  Hoje trago algo muito saboroso: um livro de ficção. Houve tempo (quando este blogue era diário: acreditem!) que uma das sete edições semanais era uma resenha de um livro. Estimulava aos meus orientandos leituras ficcionais para melhorar a escrita de teses e dissertações. 

Vale narrar aqui minha dificuldade com uma leitura ficcional no ‘horário de trabalho’. Parece que estava lesando meu empregador (mesmo quando este já não mais existe!).

Parece um senso comum: o primeiro parágrafo, usualmente, define a (des)gostosura de todo livro. Trago como exemplo a abertura do livro que terminei nesta quarta-feira: Eram jovens, educados e ambos virgens, nessa noite de núpcias e viviam num tempo em que conversar sobre as dificuldades sexuais era completamente impossível. Mas nunca é fácil. Estavam sentados para jantar numa saleta do primeiro andar de uma estalagem georgiana. No quarto adjacente, visível através da porta aberta, ficava uma cama de dossel, mais para estreita, cuja colcha era de um branco puro e espantosamente liso, como se não tivesse sido esticada por mãos humanas. Edward não mencionou que nunca estivera num hotel antes, ao passo que Florence, depois de tantas viagens com o pai na infância, já era veterana. Aparentemente, estavam bem dispostos. O casamento na igreja de St. Mary em Oxford, tinha corrido bem; o serviço fora digno, a recepção animada; o bota-fora dos amigos de escola e de faculdade exaltado e arrebatador. 

Transcrevi cerca da metade do primeiro parágrafo do livro Na praia do premiado escritor inglês Ian McEwan, nascido em Alderhot, em 1949. 

Muito provavelmente se minha leitora/meu leitor estivesse lendo este sumarento parágrafo no livro de onde retirei o texto aqui transcrito desejaria ler pelo menos a segunda parte do primeiro parágrafo para dar uma espiadela como ficaram amarrotados os lençóis que parecem ter sido alisados por anjos. Fiquem tranquilos não cometerei spoiler, mesmo que contasse que li mais de uma centena de páginas sei muitas das interrogações que afloram à leitura de Na praia.

Ainda merece destaque especial do posfácio de Bernardo Carvalho (1960, Rio de Janeiro), que enquanto também tradutor do livro, mostrando significados de ler a obra antes de traduzir.

A edição do livro que aqui referi é carinhos profução da TAG-Experiências literárias, que pode, também ser conhecida neste blogue nas edições de 09/02/2023 https://mestrechassot.blogspot.com/search?q=TAG 

24/08/2018 https://mestrechassot.blogspot.com/2018/08/24-tag-experiencias-literarias.htm   

Depois de instigá-los com as núpcias de Florence e Edward compartilho três momentos desta semana nos quais foram abandonados momentos de frutuosas solitudes:

1.- Na quarta-feira, 26/06 por mais de 2,5 horas o Edni Oscar Schroeder e eu partilhamos tentativas de respostas a cruciais interrogações. Estas são muito mais árduas e complexas se as comparamos com nossas tentativas em estruturarmos, nos anos 1970, a área de ensino de Química na UFRGS.

2.- Ontem, quinta-feira, 27/06, recebi a visita do Otávio e Maridalva Maldaner. Há mais de quatro anos que não nos víamos. Faltou tempo para assuntar, ainda dos tempos da Unijui. Um tanat acompanhou o bolo de aipim que o João Paulo preparou. O frio prometido não veio; A lareira fica na promessa… Ganhei uma linda orquídea lindamente embalada. 

3.-  Nesta sexta-feira, 28/06 viajo para Xangri-lá para celebrar o décimo-quinto aniversário do Pedro, filho do meu filho André e da Tatiana. Ele é (pela cronologia) o quarto dos meus oito netos (4 meninas + 4 meninos). Mesmo que os meteorologistas anunciam temperaturas negativas para o fim de semana o coração está abrasado pelos reencontros familiares. 

Um comentário:

  1. Bom Dia amado mestre. Parabéns para seu netinho. Muito amor, saude e paz em seu coração.

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