ANO
13 |
Livraria
virtual
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3382
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Perdemos. Perdemos dolorosamente. E em decorrência de fuso horário, quando às 19
horas, no Acre se terminava de votar, recebemos a notícia em uma só coronhada (palavra
agora na moda) sem chance de torcer durante a apuração.
Chorei. Tive depoimentos
iguais a este. Mais de uma pessoa me disse que foi a primeira vez que ‘chorou
politicamente’. Ainda na noite do mofinento domingo, publiquei nas redes
sociais (Instagram, onde sou neófito e Facebook) um texto produzido sob a artilharia
de foguetes ensandecidos onde conto o destino de um livro que levei a votação.
Ontem, preparava uma das
falas que terei na quarta-feira, 7/11, em Anápolis. Vou fugar,
em um momento, do que foi me solicitado para trazer excertos de um MANUAL DE DEFESA PARA DOCENTES* elaborado pelo renomado Professor Luiz Carlos de Freitas, para que os professores sobrevivam ao patrulhamento dos bolsonaristas militantes da ‘Escola sem Partido’.
em um momento, do que foi me solicitado para trazer excertos de um MANUAL DE DEFESA PARA DOCENTES* elaborado pelo renomado Professor Luiz Carlos de Freitas, para que os professores sobrevivam ao patrulhamento dos bolsonaristas militantes da ‘Escola sem Partido’.
No domingo, ainda não terminara a apuração, uma deputada
catarinense fascista já mostrava as garras.
Se alerta aos
professores para que, na eventualidade de envolvimento, questionamentos ou
acusações políticas sobre sua atuação pedagógica, seja invocada a Liberdade de
Cátedra assegurada pela Constituição Federal (Artigo 206 – II e III) e pela Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Artigos 2º e 3º – III e
IV).
A liberdade de
Cátedra – ou de ensino – surge no nível constitucional na carta magna de 1934
em seu artigo 155. Posteriormente, na CF de 1946, em seu artigo 168. Reafirmado
pela constituição de 1988 – conhecida como a constituição cidadã, o docente tem
plena autonomia para escolher os métodos didáticos que respeitem a pluralidade
de ideias e a não-discriminação.
Há que estar
preparados pois não sabemos nem o dia nem a escola que eles vão atacar. Isto
não uma postura catastrofista. Isto é ser realista.
* https://avaliacaoeducacional.com/2018/10/29/manual-de-defesa-para-docentes/
Encerro neste dia que evocamos os
que partiram antes de nós dizendo-lhes palavras que são inenarráveis aqui. Eles hoje me ouviram mais que nos outros dias.
Tempos sombrios, novamente, querido mestre. E a história se repete, como disse Marx.
ResponderExcluirConceição querida!
ExcluirComo tu também do livro Germinal de Marx. Parece que foi o primeiro livro de Marx que eu li. Já no doutorado. No mestrado, durante a ditadira não li meia linha de Marx. Talvez nossos alunos voltarão ter um “Index Librorum prohibitorum”.
Já estou imaginado nossos textos no lista dos livros proibidos por aquele que brada Deus acima de todos
Bom dia de sábado, Chassot e amigos deste blog! Quer dizer então, que voltamos ao "denuncismo", pois não? E se alguém me perguntasse: voltamos a caçar as bruxas? Seria possível descer tão baixo, até para "inquisidores" com identificação de fascismo? A resposta à primeira pergunta é SIM. Pelo menos no que temos de ampla divulgação até o momento. E pior, não nos parece que haverá algum tipo de recuo quanto à caça ridícula e descontextualizada, extemporânea. Então, vamos para a segunda pergunta. Eis a resposta que ofereço: SIM, novamente, com este comentário - até para quem defende tal "baixaria" é baixo demais! E, sem interromper os pensamentos, tenho refletido: se há tal aproximação de boa parte da população a práticas que negam nossa condição humana, então, devo concluir que acontece por maior identidade entre quem pratica e quem desta se aproxima. Definitivamente, o que há de pior começa a se revelar; um novo "mapa" de família e amigos passa a ser construído com aproximações de um lado e distanciamentos de outro. A polarização sedimenta-se: um lado preocupado com as ações de ódio e o outro interessado em caçar os odiados. Será o fim de uma sociedade como a conhecemos? Tenho um certo medo em dizer que as coisas podem piorar. Áttico, meu amigo e pessoal blogueiro, também devo dizer que adolescentes levantando a mão, sorrindo e se dizendo - somos a Resistência - me enche de esperança e de alegria. É verdade, nós o somos! Por aqui, nesta Terra Rasgada, onde já se fez o mesmo que Chassot apresenta na blogada, também conheço adolescentes que se apresentam como Resistência. Então, meus amigos, a vida não está perdida. Renovo-me e também levanto meu braço com os jovens de sorrisos e crenças. Honramos os mortos lutando pela vida!
ResponderExcluirMeu caro Élcio,
Excluiralguém já disse, na ora da luta é muito mais importante conhecer quem são os amigos do que os inimigos.
Tem algo da Teoria elciana do frango.
Permito-me repetir o que escrevi antes pra a Conceição de Belém do Pará, um estado onde o coiso não venceu: livro Germinal de Marx. Parece que foi o primeiro livro de Marx que eu li. Já no doutorado. No mestrado, durante a ditadura não li meia linha de Marx. Talvez snossos alunos voltarão ter um “Index Librorum prohibitorum”.
Já estou imaginado nossos textos na lista dos livros proibidos por aquele que brada Deus acima de todos
Sinceramente: Não me preocupa tanto um grupo (para não dizer bando) de insanos "filhinhos da burguesia" querendo perseguir professores. Me preocupa, mesmo, é o fato de que diversos professores vindos da base, sofrendo todo e qualquer desvalorização, humilhação e assemelhados apoiando uma ideia (projeto) absolutamente tirânico que é a "escola sem partido". Serão nossos colegas que nos apunhalarão, por puro ideologismo e ódio. Deixaremos barato???
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