TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

quinta-feira, 13 de julho de 2017

13.— Hoje, o leitor é o autor

ANO
 11
No mês do 12º aniversário
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3306

 

Um preâmbulo
Quando, em junho estive em Araputanga – MT, um jovem orgulhosamente exibiu um exemplar de meu Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto dizendo que ele comprara o último exemplar na Amazon. Ao autografa-lo brinquei dizendo: ‘agora este exemplar tem mais valor, pois realmente o livro não é mais encontrável’.
Na mesma ocasião autografei para o Lupércio Das disciplinas à Indisciplina, que ele disse estar estudando no Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física FCARP. Tempos depois, entre várias mensagens, numa das quais aprendo que o nome latino de meu interlocutor significa aquele que afasta o Loborecebo uma produção literária acerca de meu livro mais recente, que autorizado por seu autor, partilho com leitoras e leitores deste blogue. Vejo, também que Lupércio é o Fauno: divindade da mitologia romana, por vezes associado à divindade grega Pã.
Manifesto a minha gratidão ao Lupércio, que provavelmente, dá ao Lobo presente em seu prenome o segundo dos dois significados mitológicos antagônicos (por um lado representa o bem, e nesse contexto, nele encontramos a astúcia, bem como alguns traços humanos que a esse animal são atribuídos, os quais incluem inteligência, sociabilidade e compaixão; por outro lado, a representação do mal, compreendendo nesse sentido a crueldade, a luxúria, bem como a ambição) deste personagem que povoou as historinhas de nossa infância.
Das disciplinas à Indisciplina: para envolver-se no fazer Educação.
Lupércio Guilherme Rodrigues Ribeiro[1]
O livro ‘‘Das disciplinas à indisciplina’’, objeto deste ensaio, divide-se em 10 capítulos, um prelúdio e uma ‘‘protofonia’’, palavra presente na vida daqueles que se envolvem com música, o autor coloca as relações daquele que se envolve no fazer Educação como uma música constituída de um binômio escrita-leitura, colocando a representação rupestre como a primeira forma de aprendizagem deste binômio, e convida seus leitores a manter a relação escrita-leitura através do suporte papel, sem reduzir que os meios digitais possam produzir novos saberes para o processo de aprendizagem.
O prelúdio com José Clovis de Azevedo é o convite escrito por um amigo, e que define o livro resumidamente, depois de concluir a leitura é compreensível, Chassot escreve para que seus leitores se envolvam no sotaque “Chassot”  Definido os 10 capítulos, assestar o óculo para ler o mundo, e arrumando a caixa de ferramentas aponta para as formas e desafios de leitura e escrita que os professores se envolverão no fazer educação-ciência, como cada um se apega as formas de ler o mundo e como escolhe suas ferramentas, uma vez mais enfatiza a relação escrita-leitura como centralidade no livro, que começa a desafiar os leitores em discussões presentes do cotidiano.
O autor utiliza de dois óculos: Religião e Ciência mostra-se necessário assestar o óculo destes, para uma continuidade do livro, que busca centrar o leitor de que não o relaciona com fatos históricos, e sim colocar a relevância das transformações que vivemos acerca de cinco revoluções paradigmáticas, e indaga-nos sobre por que as revoluções científicas ocorrem em só um lado da história, por que somos fortemente marcados pelas religiões. No fazer ciência coloca todos os marcantes do século 20, no que se diz o marco das transformações da modernidade, e a passagem do tempo das certezas para as incertezas, e começa a envolver-nos no fazer Educação com uma passagem importante da história ‘escrita’ por Martinho Lutero e constituída pelos professores nos presentes dias do século 21. Destaca a ‘Escola e Universidade’ e questiona, a escola mudou ou foi mudada?
Se faz importante os díspares em sua resposta mostrar a escola como formadora de Educação, e os meios de mudanças que está presente na escola cotidiana, a rápida informação através dos cliques, e questiona se a escola transmite conhecimento ou informação. O leitor se envolve no ‘desmembrar’ do autor e chega em “Das disciplinas à indisciplina” capítulo que dá nome ao livro, que traz os métodos disciplinares e indisciplinares na formação do conhecimento científico, e o termo in em um ‘Crescendo’ na relação das disciplinas. O saboroso capítulo está finalmente adentro dos professores que se envolve no fazer Educação, com a indisciplinaridade mostrada pelo autor, no entrave de mostrar a importância de manter os saberes primevos vivos, como na conservação de sementes do milho crioulo e a sedução do milho híbrido com a biopirataria. Construir ciência com os saberes populares transformando-os em saberes escolares caminhando na indisciplinaridade do rigor dos métodos científicos.
Evoco aqui palavras do autor, em que a Escola e a Universidade que abeberaram o seu conhecimento e formou sua Educação, pode não estar presente na mesma formação dos meus filhos e netos. Precisa-se conservar os saberes em extinção, como dito em metáfora “Quando um velho morre é como uma biblioteca que queima”.
[1] Lupércio Guilherme, 22 anos, graduado em Licenciatura da Educação Física pela Faculdade Católica Rainha da Paz em Araputanga-MT. Apaixonado por esportes, especialmente corrida de longa distância "ex-atleta", e por leituras acerca de educação. E-mail: lupercio.rr@gmail.com






Nenhum comentário:

Postar um comentário