ANO
10 |
EDIÇÃO
3186
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Quem
escreve anseia por um retorno. Pode ser um trabalho escolar (Professor, já corrigiu as provas? Quem já
não perguntou ou não ouviu isso?) ou até uma mensagem pelo WhatsApp.
Um
livro, então, já desde a sua gestação aguarda respostas. O meu Memórias de um professor: hologramas
desde um trem misto. Ijuí: Editora Unijui 501 p . 2012. ISBN 978-85-7429-986-0, diferente de outros,
teve muito pouco retorno. Mas esta semana tive uma surpresa.
O
Prof. Dr. Lucídio Bianchetti, do Centro de Ciências da Educação, UFSC, ora em
pós-doutoramento na Unisinos escreveu:
Caro Attico! Tudo bem?
Olha, consegui na
Cultura adquirir o teu "Memórias...". Está sendo uma leitura que
começou em momento de folga e está adentrando outros espaços do meu tempo, que
está sendo bastante intenso (as vezes tenso), sempre extenso aqui na Unisinos
(conjugado com a manutenção de algumas atividades na UFSC).
Comecei pelo Zé Clóvis e
pela tua proposta OOOO.
Depois fui a 1997 por
estar trabalhando uma disciplina sobre formação e atuação de orientadores de
dissertações e teses. E aí passou a acontecer algo sui generis, sem paralelo
com qualquer leitura que fiz até hoje: a leitura ou término de cada
´capítulo/ano´, me induzia a algum outro, por algo escrito (sobre escrita foi o
seguinte!) por você, sugerido etc. de tal forma que estou fazendo uma leitura
em ziguezague. Não sei te dizer se já li mais da metade ou menos do livro, mas
sei que li bastante. Da tua família, por exemplo, sei do Bernardo e do André,
por ora... Mas li outros/muitos ´anos´ e assim vou indo, ´sorvendo´ diariamente
alguns. A parte introdutória dos capítulos faz-me recordar tantas coisas que vivi,
mas não povoavam mais a memória. Assim a memória-via-Chassot se tornou a minha
(re)memória atualizada, de agora. Se recordar é também viver, tantas coisas
estou revivendo. Da forma como estou lendo, a vantagem é que não terei bem
certeza quando vou terminar de ler... pois já fui remetido a ‘anos’ que tinha
lido.
Fiquei impressionado com
tantas andanças profissionais; com o forte envolvimento inicial com movimentos
cristãos; com o detalhamento de episódios dos quais guardava fragmentos: a
experiência na Espanha, as cirurgias, a forma de abordar o câncer et al. E
nunca mais falarei ´Attico´ sem lembrar de desvão.
Enfim, tantas coisas a
conversar a partir do mote "Memórias".
Por ora, obrigado,
diriam os espanhóis, por compartir. Vale(u)!
Quando estarás em Florianópolis,
em julho?
Abraços, Lucídio
Agradeço
o prestígio que o ilustre colega confere a minhas memórias. Ao solicitar
autorização para publicar aqui, o Lucídio prometeu sequência. Sou — e acredito meus
leitores também — expectante.
Numa sociedade do espetáculo em que a fama sobrepõe-se midiaticamente ao sucesso dos homens não é de admirar que o reconhecimento àqueles distantes dos holofotes seja, de certa forma, minguado e tardio. Não reflete, é claro, o real valor das pessoas. Mas vem...
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