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sexta-feira, 12 de julho de 2024

NUM JULHO MUITO ESPECIAL bis 2

 

112/07/2024

  www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

  ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.363 

                      NUM JULHO MUITO ESPECIAL bis 2

12/07/2024  Este é o segundo blogar na produção dos quatro que preparam o 30 de julho de 2024 quando circulará a primeira edição do ano 18. Primeiro cabe agradecer as carinhosas manifestações catalisadas pelo advento do aniversário deste blogue. Ainda na fria noite do último domingo, quando ‘olhava o fim de semana’ ocorreu-me trazer quatro dos comentários da última edição: 

1.-) Compartilho por primeiro o muito interrogante texto do Jorge Messeder do  Programa de Pós Graduação do IFRJ/Nilópolis/RJ Mestre... sua escrita é muito atualizada. É um dom☺️ como fico feliz de ter o senhor na minha vida terrena. Não é sem razão que  cada vez que converso com o Jorge  as minhas incertezas aumentam: o que creem os que não creem?

2.-) Meu querido colega Arnaldo da Universidade Federal do Pernambuco comentou: Sorte do jovem estudante que consegue sentir o sotaque chassot nas leituras que ele faz! escrevo ao Arnaldo: Obrigado pois este sotaque é reverberado pelo meu amigo Arnaldo no Recife!

3.-) Minha prima(=prima-irmã, parece démodé esta classificação de primos) Yvonne Galleto Volkweiss, que morava em nossa casa quando eu cursava os anos iniciais da Educação Básica. Lembro, que nos anos 1940 a Yvonne me ensinou como era a origem da abreviatura de Padre Pe. Agora, ante uma afirmação, nos referindo a nossos ancestrais  dizemos: E eles existem porque nós contamos suas histórias: a isto Ivone escreveu Attico  tu  és muito especial. Curto muito tuas postagens. Não existem  mais MESTRES como Tu.

4.-) A Doutora Maude — que faz Justiça com sapiência em Novo Hamburgo — que pertence, com minha irmã Clara, a um grupo que tem acesso ao blogue como ‘releitores’. Eis um seu relato:  O que o mestre Chassot não sabe é que a sua mensagem não é somente lida e apreendida no site; que há pessoas, como sua irmã Clara, que repassam a sua fala escrita em outras mídias de comunicação, como o WhatsApp, por exemplo, de forma que ele tem, certamente, mais leitores e admiradores do que imagina. E que continue nos transmitindo seus ensinamentos! Parabéns pelo aniversário do blogue! Sou muito grato por esta estimulante informação!

 Este grupo de ‘releitores’ se envolve em amplas conexões. Uma dessas têm em sua história densa presença em Montenegro. Nessa pertença não sou um alienígena. Permito-me sumarizar, aqui meu ser montenegrino. 

Nasci em Estação Jacuí (freguesia de Restinga Seca, então distrito de Cachoeira do SulRio Grande do Sul), descendente paterno de agricultores suíços francófonos e materno de alemães estabelecidos no Vale do Caí no início do século 19 (Wikipedia). 

Na Semana da Pátria de 1947, quando cursava o 1º ano primário, nossa família, viajando em um vagão  de carga, transferiu  residência para Montenegro. Ainda em setembro continuei no 1º ano primário, no Ginásio e Escola Normal São José, das irmãs de São José de Chambery da França. Tive vantagem pois o processo de alfabetização da Estação Jacuí estava mais adiantado.

    Em 1948 houve em Porto Alegre o V Congresso Eucarístico Nacional. Semanas antes uma estação de rádio transmitia sob o patrocínio da Casa Genta (Rua do Parque, 75) que produzia vitrais. Eu ouvia os noticiosos e na manhã seguinte transmitia as notícias (qual os bispos que chegavam!) e recomendações (cuidado cos batedores de carteira) para as freiras, que não podiam ter rádio. Televisão ainda não existia. Eu era considerado o repórter Esso das freiras.

Assim, nos anos 1947/1948/1949 estudei, nos primeiros três anos do ensino primário em Montenegro. Nos e anos primários e nos  em três anos do ensino ginasial estudei no colégio dos Irmãos maristas São João Batista, em Montenegro, Os três anos de científico (em 1958/1959/1960) estudei no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Narrar como me tornei professor é significativo pois ocorre de maneira completamente inusual. Escrevi um livro (Chassot, 2012) de mais de 500 páginas formado por 51 capítulos, cada um deles distribuídos pelos anos de 1961 a 2012.  No ano 2012 o livro foi lançado como celebração dos meus 50 anos de professor. Devo referir que publiquei este livro muito cedo. Também, por isso, ele não foi/não será reeditado.

Antes de meu ingresso como aluno, na UFRGS, trabalhei, dois dos três anos (2º e 3º) do Ensino Médio. No Restaurante da Reitoria,  Minha rotina: atender os garçons. nos afazeres nos  bailes de calouros e nos bailes de formatura, A significativa solicitação: cuba libre:  um copo com gelo, uma porção de Coca-Cola e uma dose de rum, esta colocada ao entregar os pedidos aos garçons. No 1º ano de Júlio de Castilhos trabalhei em um bar no Quarto Distrito onde vendia desde aipim até querosene  e entregava as compras nas casas das freguesas.

Tentei fazer uma ligação de meu ser educador com uma história pessoal. O meu me tornar professor no olhar heterodoxo de minha mãe e ode um pastor episcopaliano não pode ser resumido aqui e agora.

Prometi em cada uma de quatro sextas-feiras julinas. Nas quase 17 anos há uma blogada acerca da memorável noite de 24 de dezembro. Escolhi uma ao acaso. 

Tomara que apreciem a blogada do Natal 2017.

Sim... é mais uma vez Natal. Mas a cada ano ele muda tanto. Sei que somos nós que mudamos. Claro que há um tempo eu não diria que “a fé não dá respostas, só impede perguntas!” Porém, para crente ou incréu há muitas modificações.

A noite de 24 de dezembro era uma noite muito especial. Passava-se o dia montando o presépio, que ocupava a metade da sala. A árvore ou pinheirinho não era muito valorizado. Ele era colocado numa lata de transportar querosene, com água à qual se adicionava um comprimido de ‘melhoral’, se dizendo então, que com tal prática a árvore ficaria viçosa até o dia de Reis, 6 de janeiro, dia de desmontar o presépio;

Na montagem do presépio se procurava reproduzir a Belém de nossas fantasias, onde havia além de lagos (uma gamela com água ou um espelho), igrejas cristãs, fogueira e céu estrelado. Havia angolistas que moviam o pescoço que eram muito maiores que boi que com seu hálito quente aquecia a manjedoura onde estava o menino Jesus. Só os mais velhos – e eu era o mais velho dos filhos – podiam se envolver na montagem do presépio.

A ilustração desta edição é a representação de um artesanal presépio produzido por indígenas mexicanos, adquirido em 2007, quando estive em um congresso em Queretaro, MEX e desde então faz parte da decoração da sala principal da Morada dos Afagos.

É muito provável que não exista data que amealhe evocações de tantas (des)ilusões como a noite de hoje. Estas embalaram (e se esboroaram), não raro, na história na cristandade data mais aguardada do ano na maioria de meus leitores.

Elas podem ser desde a ameaça de uma varada do Papai-noel por desafinar (situação comum a maioria dos canoros) a ‘Noite Feliz’ em alemão (Stille Nacht! Heilige Nacht!) até ver a sonhada Monark azul embaixo da árvore (mesmo sabendo que o presente seria compartido com mais três irmãos, onde havia um que se adonaria, pois era aquele que sabia andar sozinho). Há muito a evocar, mas talvez, por ora é melhor embalar silêncios.

Assim a blogada de hoje se faz silente para deixar aflorar lembranças e sonhar que estas tragam alegrias para a noite do dia 24. Nela crentes ou não crentes no mistério de um Deus se fazendo homem repetem emocionados aquele que também é o meu desejo para cada leitora ou leitor:

FELIZ NATAL


2 comentários:

  1. Meu caro Mestre, muito saudoso fiquei lendo esta tua blogada. E toda vez que remete ao teu inicial fazer docente, também me faz tentar recuperar na memória como foram minhas experiências iniciais de sala de aula. Um grande abraço fraterno neste julho de baixas temperaturas. JB

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  2. PARABÉNS PELO HISTÓRICO E TRABALHO SENSACIONAL !!!!!!

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