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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

COAUTORIA EM TESES & DISSERTAÇÕES

24 SETEMBRO 2021

ANO 16     *************   EDIÇÃO 1683     

Este é o meu primeiro blogar desta tão esperada primavera 2021. Parece que podemos embalar sonhos que os cruentos dias pandêmicos estão em disrupção. Há esperanças de que, talvez em novembro, possamos mais vez nos abraçar.
Há uma proposta na Pinoquiolândia: possamos propor uma pergunta ao presidente e na resposta tenhamos o momento mentira. A pergunta de hoje: na sugestão de tomarmos banhos frios para economizar energia, está incluído o ministro da Saúde, confinado em hotel de 14 x 6.000 reais? Há momentos saudáveis para milionárias especulações. 

Na última edição se trouxe aqui algumas informações acerca do livro   Os quatro elementos entre a ciência e  a religião produzido na transmutação da tese doutoral da Patrícia Rosinke na Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática/REAMEC.  Se alertou então, que dentre as originalidades do livro estava um muito original exercício de coautoria na tese. É provável que nunca se tenha discutido na academia o quanto uma tese ou uma dissertação são uma produção coautoral do orientando e do orientador. Isto parece quase natural na maioria das teses e dissertações levadas a defesas. Quando a banca avalia estas produções, avalia o orientando e também o orientador. Isso passa ser tácito que nos artigos e livros produzidos a partir de teses e dissertações se passou a colocar (mais recentemente) os nomes dos dois, enquanto coautores.

Esta coautoria se matura nas muitas horas de orientações seja em momentos individuais (onde afloram estilos singulares) ou em grupos de pesquisa. 

Quando da elaboração da tese da Patrícia surgiram múltiplas questões, mais particularmente na dimensão religiosa que era difícil abraçar tão amplos e díspares discursos (ou seriam sermões?). Pareceu natural que eu assumisse alguns tópicos com os quais tinha certos encantamentos. 

Assim, os capítulos têm uma abertura com excertos de textos elaborados pelo orientador. Estes textos têm uma originalidade: se fazem como assemblage (palavra francesa que se traz da enologia, quando um vinho é formado por diferentes cepas: por exemplo, tanat e merlot). A assemblage nos textos que abrem capítulos, tanto na tese como no livro, são ‘misturas’ de textos ficcionais com não ficção. Claro que estes textos (ficcionais ou não) envolvem ou são envolvidos pelos quatro elementos: ar, água, terra e fogo. Num dos textos há quatro acadêmicos: uma judia, um cristão, um islâmico e um ateu respondem a questões que envolvem os quatro elementos. Em um outro capítulo, eu encontro quatro dogmas marianos nos quatro elementos da catedral sinopolitanana. Em outro dos textos, dois professores (Daniel e Giordano) de concepções religiosas muito díspares se fazem cicerones para a visitação aos quatro painéis dos quatro elementos sinopolitanos.

Assim a tese se construiu em uma muito densa coautoria entre a doutoranda e o orientador. Este hibridismo no texto se espraia em um outro: a assemblage nos textos trazidos em texto que a tradição ainda mantém como uma imaculada concepção, isenta de tudo que não for ‘verdade verdadeira’. Acresça-se que textos ficcionais não têm de maneira usual, lugar numa tese doutoral.

Na última edição se fez o ofertório do elemento ‘água’ hoje da iconografia da artista sacra Mari Bueno oferecemos a reprodução do painel ‘Ar’, celebrando o evangelista João / centralizado na ascensão de Jesus/ com o primeiro casal no paraísos /Jesus escolhendo os discípulos e os enviando dois a dois.


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Expectante de ter oferecido aos meus leitores algumas originalidades da tese que se transmutou no livro, cuja capa se divulgou na edição do dia 10 Setembro [ISBN 978-65-8621860-2] convidando a visitação da editora Livrologia (www.livrologia.com.br). Uma  excelente primavera aos leitores do hemisfério Sul e um frutuoso outono àqueles do hemisfério Norte.

 

Um comentário:

  1. Querido MESTRE: Nada e ninguém apagará a beleza estonteante da Primavera e todo o perfume que, apesar do envenenamento cósmico nos vários sentidos, ela exala para nossos sentidos, nossos espíritos...Imagino como está a "Morada dos Afagos"...Saudades.

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