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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

07.= O advento à idade das trevas pode estar próximo



ANO
 ANO 14
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EDIÇÃO
3466
À tarde de ontem, burilava a edição para hoje. Ela seria acerca das escolas cívicos militares. Estas se constituem em uma (pérola)-1 deste feudo teocrático militar em que se transmutou a República. Eis que surge mais uma c*g*d* do governo. Aliás, foi mais que uma c*g*d*, foi um c*g*lhão.
Afortunadamente o governo não conhece uma habilidade chinesa, que em 10 dias constrói um hospitais, com centenas de leitos. O anúncio das escolas com partido parece ainda não ter saído do papel. Assim, postergo tema e comento algo que conheci na tarde de ontem.
Na verdade reconheci, pois no medievo, e mesmo antes do iluminismo, no tempo das treva se praticava ações como estas.
A Secretaria de Educação de Rondônia — o Governador é o Coronel Marcos Rocha, policial militar, filiado ao Partido Social Liberal (PSL) e o Vice-governador é Zé Jodan (PSL) — determinou a recolha de todas as escolas do estado  quarenta e três livros, de autores como Caio Fernando Abreu, Mário de Andrade (Macunaíma estava no Index), Machado de Assis, Kafka, Euclides da Cunha, Ferreira Gullar, Rubem Fonseca, Carlos Heitor Cony, Edgar Alan Poe... Após a listagem dos 43 títulos a serem recolhidos (de cujos autores se ofereceu uma amostra) consta Observação: Todos os livros de Rubem Alves devem ser recolhidos.
O argumento para o banimento das obras, (depois revogado, dizendo-se que era apenas um rascunho), que consta em papel timbrado da Secretaria de Estado da Educação, em caixa alta como RELAÇÃO DOS LIVROS A SEREM RECOLHIDOS, era que os livros a serem apreendidos (dentre os quais alguns são indicados em vestibulares em várias Universidades brasileiras) apresentavam 'conteúdos inadequados para crianças e adolescentes.
Talvez, valesse a pena, recordar algo que aconteceu na primeira metade de nosso século 20* * *. Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência:
“O dia 10 de maio de 1933 marcou o auge da perseguição dos nazistas aos intelectuais, principalmente aos escritores. Em toda a Alemanha, principalmente nas cidades universitárias, montanhas de livros (ou suas cinzas) se acumulavam nas praças. Hitler e seus comparsas pretendiam uma "limpeza" da literatura.
Tudo o que fosse crítico ou desviasse dos padrões impostos pelo regime nazista foi destruído. Centenas de milhares de livros foram queimados no auge de uma campanha iniciada pelo diretório nacional de estudantes.
Stefan Zweig, Thomas Mann, Sigmund Freud, Erich Kästner, Erich Maria Remarque e Ricarda Huch foram algumas das proeminências literárias alemãs perseguidas na época.
O poeta nazista Hanns Johst foi um dos que justificou a queima, logo depois da ascensão do nazismo ao poder, com a "necessidade de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura alemã".
Assim como desde a pré-história, se acreditava nos poderes purificadores do fogo, o regime do mestre da propaganda – Joseph Goebbels – pretendia destruir todos os fundamentos intelectuais da por ele tão odiada República de Weimar.
A opinião pública e a intelectualidade alemãs ofereceram pouca resistência à queima. Editoras e distribuidoras reagiram com oportunismo, enquanto a burguesia tomou distância, passando a responsabilidade aos universitários. Também os outros países acompanharam a destruição de forma distanciada, chegando a minimizar a queima como resultado do "fanatismo estudantil".
Entre os poucos escritores que reconheceram o perigo e tomaram uma posição esteve Thomas Mann, que havia recebido o Nobel de Literatura em 1929. Em 1933, ele emigrou para a Suíça e, em 1939, para os Estados Unidos.
Quando a Faculdade de Filosofia da Universidade de Bonn lhe cassou o título de doutor honoris causa, ele escreveu ao reitor: "Nestes quatro anos de exílio involuntário, nunca parei de meditar sobre minha situação. Se tivesse ficado na Alemanha ou retornado, talvez já estivesse morto. Jamais sonhei que no fim da minha vida seria um emigrante, despojado da nacionalidade, vivendo desta maneira!"”
·       * * Texto preparado com a ajuda da Wikipédia: Bücherverbrennung é um termo alemão que significa queima de livros. É, muitas vezes, associado à ação propagandística dos nazistas, organizada entre 10 de maio e 21 de junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler.

4 comentários:

  1. Poisé.... Não foi por falta de aviso. Tentamos denunciar o perigo, mas o hegemonia do anti-esquerdismo, anti-petismo e anti-intelectualismo, principalmente proliferado nas redes sociais foi mais forte. Avante aos estudos e à Resistência....Grande abraço!!!

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