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sexta-feira, 3 de maio de 2019

03.— Uma releitura do A Ciência é masculina?



ANO
 13
AGENDA 2 0 1 9
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3405
E, já é maio deste desespera(nça)do 2019. Não olho para atrás, pois a cada dia há uma notícia que se assemelha a um apunhalar a Educação no Brasil. Parece ser mais salutar prelibar o futuro... Vejo, então, que quando das cinco edições deste blogue previstas para este maio, irei duas vezes para Marabá. Vou estar com colegas, vou me envolver com mestrandos e com orientandas. O seminário acerca da História e Filosofia da Ciência que compartilho com a Alessandra Rezende teve uma sumarenta abertura ontem. Agora, não dá para deixar cair a peteca.
Estou preparando a nona edição de A Ciência é masculina? É, Sim Senhora! . antecipo aqui dois parágrafos da nona edição que não apenas surpreendem mas exigem uma releitura de alguma ‘certezas’. Eis dois parágrafos que pedem releituras.
 
A releitura da capa é de Danila Mendonça.
Dados surpreendentemente opostos aos trazidos até aqui merecem destaque. Eles estão presentes em um muito atual estudo do Observatório Ibero-Americano de Ciência, Tecnologia e Sociedade, destacado pela Agência Brasil, em 23/03/2019, intitulado As desigualdades de gênero na produção científica ibero-americana* destaca que “o Brasil é o país ibero-americano com a maior porcentagem de artigos científicos assinados por mulheres seja como autora principal ou como coautora, de acordo com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). Entre 2014 e 2017, o Brasil publicou cerca de 53,3 mil artigos, dos quais 72% são assinados por pesquisadoras mulheres”.
O informe da Agência Brasil ainda acrescenta: atrás do Brasil, aparecem a Argentina, Guatemala e Portugal com participação de mulheres em 67%, 66% e 64% dos artigos publicados, respectivamente. No extremo oposto estão El Salvador, Nicarágua e Chile, com mulheres participando em menos de 48% dos artigos publicados por cada país.
Temos, assim, novos sonhos a acalentar. Poderá haver novos matizes na produção da Ciência. Em tempos aziagos sonhar é preciso.

4 comentários:

  1. Meu caro MESTRE! Realmente 2019 nos deixa extremamente desesperançados por tudo que temos visto e ouvido de parte deste (des)governo (des)qualificado em todos os sentidos. Eu jamais imaginei um dia vivenciar tempos tão difíceis quanto estes. Vivencio a realidade de nossas Escolas com redução de matrículas e baixa procura, não pelo desinteresse, mas especialmente porque há prioridades de sobrevivência que deixam a educação em segundo lugar (ou seria último?). As medidas adotadas neste Bolsonarismo só nos deixam preocupação de que nosso futuro é muito incerto. Quem dera pudessemos dormir e acordar somente em 2023. Abraços do JB.

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  2. Esse livro é uma obra perfeita. Chamo a reflexão, poderíamos colocar um sorriso na Monalisa? Ou ainda, poderíamos melhorar uma estrofe de Castro Alves? Mas, como é só a capa, que sejam benvindas as inovações!

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  3. Muito bom dia de domingo, amigo Chassot! Verdadeiramente, faz todo sentido acalentar sonhos novos com situações promissoras. A capa da 6ª edição ficou ótima! Gostei, mesmo! Estou com a postagem do Prof. Jairo Brasil: "Quem dera pudéssemos dormir e acordar somente em 2023." Uno-me a Antonio Jorge da Costa Furtado pelas melhores vindas às inovações. Abraços de Sorocaba!

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  4. Caro Chassot,

    fico feliz com essa notícia acerca da nossa realidade de publicação de sua maioria feminina. Imagino os tempos obscuros da Ciência, onde mulheres eram obrigadas a publicarem com outros nomes (nomes masculinos) suas publicações. Aproveito a ocasião já para solicitar um exemplar, e com direito a autógrafo (risos).
    Abraço cordial campo-grandense!

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