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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

10.- Uma lenda do PIAUÍ



ANO
 13
Livraria virtual Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3365

 


Abro esta edição com um excerto do diário de um viajor: Nesta quarta-feira, 08/08 fiz um bate-volta Porto Alegre/São Lourenço do Sul (2 X 3 horas com a competência e segurança do Jackson, motorista da FURG). Em minha estada de 4 horas na Pérola da Lagoa falei para cerca de uma centena de professores da rede municipal envolvidos na ‘Feira do Conhecimento’ e para licenciandos da Educação do Campo da FURG. Houve ainda oportunidade para autógrafos e fotos e para saborear cucas, algo típico da cidade. Sou grato a Prof. Dra. Berenice Vahl Vaniel que catalisou as atividades.
Na edição passada ao referir meu estar em Teresina de cerca de 36 horas, registrei que ao lado dos fazeres acadêmicos, graças a generosidade de alguns colegas houve uma saborosa manhã de turismo. E neste se destacou o Encontro das águas dos Rios Poti e Parnaíba. Conheci também um impressionante conjunto estatuário acerca da muito original lenda do Cabeça de Cuia. Cumprindo o prometido trago a lenda, como narrada pela Wikipédia.
As ilustrações são de meu arquivo pessoal e nelas estou com colegas do IFPI Marlúcia, Vilani, Francimar e me ensejaram e acompanharam na visita. O cenário das fotos são do conjunto estatuário antes referido e neste estão Crispim, o Cabeça de cuia, a mãe e as sete virgens.
Cabeça de Cuia é uma lenda da região nordeste do Brasil, mais precisamente criada no estado do Piauí.
A lenda do Cabeça de Cuia trata-se da história de Crispim, um jovem pescador que morava nas margens do rio Parnaíba e de família muito pobre.
Em uma das épocas de poucos peixes no rio devido às suas cheias, Crispim e sua mãe sofriam com a fome.
Conta a lenda que certo dia, Crispim saiu cedo para pescar, porém naquele dia nada conseguiu do rio. Sua mãe se compadecendo com a situação, foi pedir à vizinha algo para que pudesse fazer o almoço de seu filho. Porém a única coisa que lhe foi oferecido foi um osso de boi, assim, a mãe de Crispim fez uma sopa rala, sem carne, com o osso apenas para dar gosto à agua, que vinha misturada com farinha em forma de pirão.
Nesse dia, ao voltar cansado e frustrado da pescaria Crispim pediu à mãe o que comer e ao se deparar com a sopa de ossos, se revoltou, e no meio da discussão com sua mãe, atirou o osso contra ela, atingindo-a na cabeça e matando-a. Antes de morrer sua mãe lhe amaldiçoou a ser um monstro, que ficaria vagando entre os rios, 6 meses no Parnaíba e 6 meses no Poty dia e noite e só se libertaria da maldição após devorar sete Marias virgens. Tomado pela culpa de ter matado sua mãe, Crispim, desesperado, põe-se a correr. Enquanto corre, sua cabeça começa a crescer, ao passo que seus cabelos se transformam em lodo. Por onde passa as pessoas caçoam daquela cabeça imensa, chamando-o “cabeça de cuia”, dando início à lenda, e Crispim, sem encontrar remédio para sua sorte, lança-se nas águas do rio, onde teria se afogado.
Porém, seu corpo nunca foi encontrado e, até hoje, as pessoas mais antigas proíbem suas filhas virgens de nome Maria de lavarem roupa ou se banharem nas épocas de cheia do rio. Alguns moradores da região afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam por ali. Outros também asseguram que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mas, ao se aproximar, e se deparar com outra mulher, ele se irrita novamente e acaba por matá-la. O Cabeça de Cuia, até hoje, não conseguiu devorar nem uma virgem de nome Maria.
A Prefeitura de Teresina instituiu, em 2003, o Dia do Cabeça de Cuia, a ser comemorado na última sexta-feira do mês de abril.

3 comentários:

  1. Querido Chassot!!
    Como é bom ler seus textos!!
    Como é bom aprender com os seus excertos!!
    Adorei conhecer mais esta lenda através da sua escrita!!!
    Obrigada por compartilhar a sua sabedoria conosco!!
    Abraço cordial meu e do Alcides.

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  2. Atenciosa colega Danila,
    obrigado pelo prestígio que o Alcides e tu conferem ao meu blogar,

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  3. Salve, salve, Áttico! Obrigado pelo e-mail! Cá estou a ler o "Cabeça de Cuia". Uma lenda de muitos significados, posso vislumbrar. O que será que dizem as mulheres a respeito? Com ou sem pretensões postas, a tradição destaca diversos pontos: mulher, virgindade, água, alimento, seca, relações familiares, maldição, perseguição, medo, enfim, uma multiplicidade de situações. Minha gratidão pela dica tão valorosa! Abraços da região, agora, com menos frio! Definitivamente, para nós de Sorocaba, o inverno não pode descer aos 15º graus. RsRsRs

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