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sexta-feira, 27 de abril de 2018

27.- Era uma vez dois amorosos amantes...



ANO
 12
Livraria virtual
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3350


Nessa semana encaminhei o Alfabetização científica à Editora Unijuí, para uma 8ª edição revisada e ampliada. Dava-me conta, então, que vivia/vivo em tempos de uma quase esterilidade intelectual. Esses dias aziagos que se iniciaram com a prisão política do Presidente Lula parecem entorpecer minha produção.
Por tal, hoje vou falar de algo que me encanta: histórias de amor. No Ocidente são destaque pelo menos três histórias de amor. Estas marcadas, por dificuldades e cenários secretos que parecem robustecer o amor. Nos dias atuais persistem as loas aos amores proibidos. Estes são, também, alvos de condenação
 Lembro que uma vez em olhei enternecido uma sacada em Verona, pois se dizia que fora nela que Romeu e Julieta se amaram na ficção de Shakespeare, ou quanto lemos e relemos os amores de Tristão e Isolda.
Hoje, numa à fuga à esterilidade, evoco a história de amor trágico de Abelardo e Heloísa. A comovente história teve como palco lugares muito conhecidos de Paris, no século 12, quando a Idade Média, começava a declinar com o início do Renascimento.
A Wikipédia concorre na apresentação dos dois reais personagens centrais de uma triste saga amorosa:
Heloísa de Argenteuil ou Heloísa de Paráclito ca., 1090 — 16 de maio de 1164) [Num retrato do século 19] foi uma freira, escritora, erudita e abadessa francesa, mais conhecida por seu amor e correspondências com o filósofo Pedro Abelardo.
Pedro Abelardo (Le Pallet, Bretanha, 1079 — Chalon-sur-Saône, 21 de abril de 1142) foi um filósofo escolástico, teólogo e grande lógico francês. É considerado um dos mais importantes e mais ousados pensadores do século 12. Ficou conhecido do público por sua vida pessoal, especialmente por seu relacionamento com Heloísa de Paráclito, de quem fala em sua História das Minhas Calamidades. Aos 36 anos, Abelardo era um brilhante professor em teologia na Catedral Notre Dame de Paris.
Heloísa era brilhante estudiosa de latim, grego e hebraico, e tinha uma reputação de inteligência e perspicácia. Abelardo escreve que ela era nominatissima, "muito conhecida" por seu dom da escrita e leitura. Parece que era de uma classe social mais baixa que a de Abelardo, que era originalmente da nobreza, embora ele tivesse rejeitado fidalguia para ser um filósofo.
Ela foi, provavelmente, funcionária de um tio, um cônego em Paris chamado Fulbert, senhor abastado, era o responsável pela educação da sua sobrinha Heloísa Em algum momento de sua vida, provavelmente já adolescente, ela se tornou aluna de Pedro Abelardo, dos mais populares professores e filósofos, em Paris. [ Escultura de Abelardo no Palais du Louvre]
No início, o tio de Heloísa ficou temeroso de deixar a bela jovem a sós com o professor. Com o passar do tempo, o tio adquiriu confiança em Abelardo. Nos seus escritos, Abelardo narra a história da sedução de Heloísa e sua posterior relação ilícita, que continuou até Heloísa ter um filho, que chamaram de Astrolabius (Astrolábio). Abelardo casou-se secretamente com Heloísa. Eles esconderam esse fato, a fim de não prejudicar a carreira de Abelardo.
É opinião aceita que Fulbert, em sua ira, puniu Abelardo atacando-o enquanto dormia e castrando-o. Uma versão alternativa: Fulbert divulgou o segredo do casamento e sua família procurou vingança, ordenando a castração de Abelardo.
Abelardo, após a castração se refugiou na Abadia de Saint Denis, onde tornou-se monge e dedicou sua vida aos estudos filosóficos. Heloísa foi para o mosteiro de Paraclet, onde se tornou abadessa do convento.
Abelardo e Heloísa se dedicaram a uma vida de trabalhos e estudos para suportarem a separação. Eles trocaram, o resto de suas vidas, cartas de amor. As memórias de Abelardo e Heloísa são uma troca intelectual que transcende o tempo e representam busca da espiritualidade.
Abelardo morreu em 1142, Heloísa em 1164. Hoje, a prefeitura de Paris mantém, no cemitério de Père Lachaise, os restos mortais do casal. Uma união póstuma resguardada e representada em um belo jazigo (na foto). Quando visitei este cemitério não sabia desta informação. Estive na sepultura de Alan Kardec, mas não conheci a sepultura do casal amoroso que me encanta.
·       Reconheço e agradeço a ajuda de https://www.conexaoparis.com.br/2015/04/14/abelardo-e-heloisa-uma-historia-de-amor/

8 comentários:

  1. Chassot meu caro! O tempo presente é para nós da educação (seja científica ou orientadora) um momento de grande decepção que atrofia nossa capacidade criativa. Assim como tu te vês sem inspiração, eu te acompanho nesta fase emblemática da vida. Tomara consigamos ultrapassar esses tempos e possamos ver nosso país liberto dessas questões.
    Talvez a melhor receita nesse momento é essa que sugeres, tratar de rememorar histórias de amor e romances.
    Fico feliz pela nova edição do Alfabetização Científica.
    Abraço do JB

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    1. Meu caro Jairo,
      em tempos de tantos dissabores. nada melhor que os sabores de histórias de amor.
      Obrigado por seres leitor desde a primeira hora desde blogue.

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  2. Chassot, meu amigo! Não é de hoje, que tenta-se limitar a vida, mas a Natureza encontra um meio, sempre! Não é de hoje, que impede-se o amor, subjuga-se o corpo e amordaça-se a boca, mas a Vida encontra um meio, sempre! Enfim, não é de hoje que as regras institucionais - legitimadas pela fé são ainda piores - colocam-se acima das pessoas, da vida e da Natureza. É lamentável que ainda se mate e se morra por elas. Permita-me uma singela imodéstia, mas minha história tem um pouco de Abelardo com Heloisa. Bem sabes de quem estou a falar. Aliás, não consegui postar pelo meu e-mail, então lá vai pelo e-mail da Dri. Meu abraço, amigo! Élcio, Sorocaba.

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    1. Muito querido Élcio
      e também não menos querida Adriana.
      Parabéns pela defesa da não subjugação deste sentimento tão saboroso e tão inexplicável: na constituição dos direitos humano devia ter uma norma: É PROIBIDO PROIBIR A AMAR.
      Élcio, meu apreciado escritor: uma oferta, partilhe aqui, mesmo de maneira ficcional uma história pós-moderna de Abelardo e Heloísa.
      Expectante

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  3. Querido Chassot!
    Que belo texto! Como você sabe, acompanho seu blog há anos! Fico esperando a sexta-feira chegar para ver qual será o texto!
    Esse me surpreendeu!!
    A história de Abelardo e Heloisa é uma das mais lindas que já li! Eu conheço bem a história deles!! Foi em Janeiro/18 que li pela primeira vez e desde então, leio sempre!
    Por isso este texto, desta blogada, me surpreendeu!
    Parabéns pelo texto!!!
    Me encantei!!
    Abraço cordial!!

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    1. Muito atenciosa colega Danila,
      tê-la como leitora fiel deste blogue não apenas me gratifica, mas aumenta a busca de textos mais qualificado.
      Há muito a se encantar na amorosa História destes dois amorosos amantes.
      Um convite:
      partilhe aqui uma blogada resultados de suas leituras acerca de Abelardo e Heloísa. Nós leitores fruiríamos de seu latento no fazer
      tessituras com palavras.
      Expectante

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  4. Para o Amor não há limites, nem obstáculos. Vale amar...

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  5. Meu querido Vanderlei,
    concordo apenas com a primeira parte de tua afirmação: não há limites para o amor. Lamentavelmente a nossa matriz igrejeira impõe normas que criam obstáculos. Vê que a aconteceu há mais de 600 anos com teu colega Pedro Abelardo.
    Escrevi a comentário do Élcio:
    Na constituição dos direitos humano devia ter uma norma: É PROIBIDO PROIBIR A AMAR.
    Esta norma removeria os obstáculos que impedem os amantes de amar.
    Expectante por novos tempos onde não se castre o amor

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