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segunda-feira, 5 de junho de 2017

05.— E por falar em cinema...

ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3298


Quando, na última quarta-feira, dia 31, postei uma blogada, dizia ser aquela para despedir maio. Dava-me conta, então, que era a oitava do mês. Ocorreu-me que, em vários maios de 2007 a 2014, foram editadas 31 blogadas a cada mês.
Pareceu-me quase inacreditável: hoje publicar oito edições num mês é algo árduo e me parece algo muito difícil. Custa-me crer que houve tempos nos quais mantive este blogue diário.
Hoje, é quase inexequível publicar duas ou três edições por semana. Não vou, aqui e agora, buscar explicações. Preciso blogar em dias juninos, ainda TENERosos. E... por tal, eis-me aqui.
Se me agrada fazer resenha de livros ou contar o que estou lendo (já fica a promessa de falar de um livro sumarento que leio: “O sagrado e o profano” de Mircea Eliade) contar acerca de filmes é menos fácil. No último sábado fui ao cinema, com a Gelsa e com a Liba, (minha sogra com quase 96 anos). O ritual de sair de casa para ir ao cinema já é algo exótico em nossos fazeres e se fazem distantes de nosso cotidiano.
E desta vez valeu muito, pois O cidadão ilustre é um filme muito bom e por isso ensaio partilhá-lo aqui. Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino é laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. Quando diante do rei da Suécia agradece a láurea diz que ao lado alegrar-se com prêmio também sente-se muito desagradado, pois parece que estão colocando um ponto final em sua carreira.
 Radicado há 40 anos em Barcelona, depois da consagração em Estocolmo, recebe dezenas de convites para homenagens, palestras e premiações. Declina a todos. Eis que chega um convite para ir a Salas, sua cidadezinha natal. Depois de muitas dificuldades volta ao povoado onde nasceu e que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade - um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local.
Quando se diz que os filmes argentinos estão em alta pois não tem a as extravagâncias do cinema estadunidense, O cidadão ilustre (em verdade uma produção hispano-argentina) ratifica esta generalização. Para quem desejar um muito bom filme tragicômico, ofereço a sugestão de quem está muito distante de se considerar um crítico de cinema.

2 comentários:

  1. Olá, amigo Chassot! A busca por filmes que escapam do determinismo a nós imposto não é tarefa fácil. Em casa, não temos tv aberta, nem fechada. O aparelho só é usado para filmes, diretamente, da locadora do bairro. Mesmo assim, quantas outras visões nos são negadas, só porque a produção não passou pelo crivo estadunidense que manda no Cinema? E a resposta não precisa ser reescrita, considerando que sua blogada já o fez. Grato pela dica! Eu que, costumeiramente, volto à minha querida cidade (Angatuba/SP) e à escola (Fortunato) que me ensinou a ler e escrever, enquanto lia seu escrito, imaginava as reações do escritor argentino em sua terra. Buscaremos pela indicação. Aquele abraço! O frio está chegando!

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    1. Muitos queridos Adriana e Élcio!
      Desde Macaé, onde fiz ontem aplaudida palestra, e também onde amarguei dolorosamente um infame 4 x 3, agradeço tua postagem, onde conheci algo muito significativo (porque na dizer exótico) do meu casal que o quase acaso me brindou.
      Eu só vejo televisão quando a Gelsa me visita. Somos casados há 30 anos e só moramos juntos no pós-doutorado em 2002 em Madrid.
      Prelibando o momento de nosso primeiro encontro presencial.
      O melhor fim de semana para os dois

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