ANO
11 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
|
EDIÇÃO
3298
|
Quando, na última quarta-feira,
dia 31, postei uma blogada, dizia ser aquela para despedir maio. Dava-me conta,
então, que era a oitava do mês. Ocorreu-me que, em vários maios de 2007 a 2014,
foram editadas 31 blogadas a cada mês.
Pareceu-me quase
inacreditável: hoje publicar oito edições num mês é algo árduo e me parece algo
muito difícil. Custa-me crer que houve tempos nos quais mantive este blogue
diário.
Hoje, é quase
inexequível publicar duas ou três edições por semana. Não vou, aqui e agora,
buscar explicações. Preciso blogar em dias juninos, ainda TENERosos. E... por
tal, eis-me aqui.
Se me agrada fazer
resenha de livros ou contar o que estou lendo (já fica a promessa de falar de
um livro sumarento que leio: “O sagrado e o profano” de Mircea Eliade) contar
acerca de filmes é menos fácil. No último sábado fui ao cinema, com a Gelsa e com
a Liba, (minha sogra com quase 96 anos). O ritual de sair de casa para ir ao
cinema já é algo exótico em nossos fazeres e se fazem distantes de nosso
cotidiano.
E desta vez valeu
muito, pois O cidadão ilustre é um
filme muito bom e por isso ensaio partilhá-lo aqui. Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor
argentino é laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. Quando diante do rei da
Suécia agradece a láurea diz que ao lado alegrar-se com prêmio também sente-se
muito desagradado, pois parece que estão colocando um ponto final em sua
carreira.
Radicado há 40 anos em Barcelona, depois da
consagração em Estocolmo, recebe dezenas de convites para homenagens, palestras
e premiações. Declina a todos. Eis que chega um convite para ir a Salas, sua
cidadezinha natal. Depois de muitas dificuldades volta ao povoado onde nasceu e
que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre
da cidade - um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre
visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo
local.
Quando se diz que os
filmes argentinos estão em alta pois não tem a as extravagâncias do cinema
estadunidense, O cidadão ilustre (em
verdade uma produção hispano-argentina) ratifica esta generalização. Para quem desejar
um muito bom filme tragicômico, ofereço a sugestão de quem está muito distante
de se considerar um crítico de cinema.
Olá, amigo Chassot! A busca por filmes que escapam do determinismo a nós imposto não é tarefa fácil. Em casa, não temos tv aberta, nem fechada. O aparelho só é usado para filmes, diretamente, da locadora do bairro. Mesmo assim, quantas outras visões nos são negadas, só porque a produção não passou pelo crivo estadunidense que manda no Cinema? E a resposta não precisa ser reescrita, considerando que sua blogada já o fez. Grato pela dica! Eu que, costumeiramente, volto à minha querida cidade (Angatuba/SP) e à escola (Fortunato) que me ensinou a ler e escrever, enquanto lia seu escrito, imaginava as reações do escritor argentino em sua terra. Buscaremos pela indicação. Aquele abraço! O frio está chegando!
ResponderExcluirMuitos queridos Adriana e Élcio!
ExcluirDesde Macaé, onde fiz ontem aplaudida palestra, e também onde amarguei dolorosamente um infame 4 x 3, agradeço tua postagem, onde conheci algo muito significativo (porque na dizer exótico) do meu casal que o quase acaso me brindou.
Eu só vejo televisão quando a Gelsa me visita. Somos casados há 30 anos e só moramos juntos no pós-doutorado em 2002 em Madrid.
Prelibando o momento de nosso primeiro encontro presencial.
O melhor fim de semana para os dois