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domingo, 27 de março de 2016

27.—Um dia também para evocações:

ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3150

Escrevi no grupo de WhatsApp no qual participam minhas irmãs e meus irmãos e também cunhados e cunhadas:
Minhas queridas e meus queridos,
que a celebração de mais uma Páscoa, entre outras emoções , possa nos remeter também, a evocações de nossa infância marcadas pelo amealhar de cascas de ovos das quais o conteúdo era retirada cuidadosamente por um furos para depois serem reenchidas com amendoins açucarados, após tintadas de maneira muito artesanal, com papéis crepons multicoloridos e ainda ovos duros sempre acompanhados da advertência que deviam ser consumido logo; encontrar num ninho, numa situação muito excepcional um ovo de açúcar, com uma ocular para espiar uma cena pascoal no seu interior era algo muito festejado. Não há como não rememorar as quase mágicas celebrações do aleluia na igreja, onde a ritualização maior para nós crianças era o desvelar das imagem cobertas por panos roxos há duas semanas.
Quando pensava nessas recordações dava-me conta que fomos a última geração que as fruiu. Nossos filhos e muito menos nossos netos, não viveram essas experiências de religiosidade.
Tudo isso era para dizer Feliz Páscoa para cada uma e para cada um, que hoje se tece também com a marca da saudade dos que já foram.
Meu cunhado Otelo acrescentou: ... lembro das matracas na procissão dos ramos e de levar para guardar em casa as palmas (cicas do Paulo) bentas. Estas eram usadas quando as tempestades eram muito violentas nos ventos, chuvas, relâmpagos e trovões. Um pedaço da palma era queimada na fornalha do fogão a lenha como pedido de passagem rápida da tormenta. Coisas do antigamente.
E minha irmã Tile completou: ... E tinha também os coelhos de pão de mel que a mãe fazia e enfeitava! (receita da d. Helga Shardong) ... E os ninhos com ovos cozidos tingidos de papel crepon (a tinta soltava com vinagre) técnicas antigas... Bem desejo a todos uma Feliz Páscoa!

Um comentário:

  1. Querido Mestre Chassot,
    bonita a trazida de uma confraternização familiar. Mesmo nascida na década de 50, lembro de muitos relatos que o senhor traz. Já meus filhos não conheceram nada disso.
    O mais singular que nossos (seus + meus) pais viveram o que senhor relata, mas também — e não sem muita diferenças — nossos avós, bisavós e outros ancestrais. Pertencemos a geração que viveu a virada.
    Obrigado por evocar saudades.
    Michaela Michalski

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