ANO
9 |
EDIÇÃO
3012
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Vivemos a última semana de fevereiro. Contemplo o mês e o vejo
excepcional. Aliás, o fevereiro de 2015
é o mês padrão de uma das muitas propostas para um calendário permanente.
Treze meses de 28 dias e cada mês com desenho deste fevereiro: todos domingos
do ano seriam nos dias 01, 08, 15 e 22. Todas as segundas do ano: 02, 09, 16 e
23. Assim por diante. Como 28 X 13 = 364, no fim ou começo de cada ano teríamos
um feriado universal sem ser um dos
sete dias da semana. De quatro em quatro anos, seriam dois dias feriados. Para
garantir o ciclo da terra de 365,5 dias. Agrada-me a proposta.
Estarmos, hoje numa quarta-feira, lembro-me que em alemão, temos
uma singularidade única para esse dia da semana: Mittwoch traduz estarmos no
meio da semana. Diz a tradição que em torno do ano 1.000 da era cristã, um
monge de nome Notker 'cunhou' o termo in mit-tauuechun (no meio da semana) para
substituir o nome do Deus pagão Mercúrio; aliás, o iídiche também refere-se a
metade da semana; acompanha o alemão, do qual sofreu tanta influência, nessa
singularidade de um dia da semana não dedicado a Mercúrio (miercoles, mercredi,
mercoledi...) ou a Wonden (Wednesday, woensdag...) como outras culturas.
Quando olho, por exemplo, as quatro quartas desde fevereiro,
reconheço o quanto foi singular para mim. Na primeira, dia 4, retornava de três
semanas de férias muito saborosas em Berlin, Varsóvia e Cracóvia. No dia 11, depois de um dia de seminário no
Centro Universitário Metodista do IPA, viajei para um dia de formação em São
Valentim. Na terceira, dia 18, preparava meu bate-volta manauara, que
plenificou a semana que passou, com a titulação de mais uma doutora, como
contei na última edição.
Nesta
quarta-feira, dia 25, faço outro bate-volta. Voo hoje ao Rio e daí à Salvador e desta cidade
vou à Catu, na Bahia e volto amanhã. Faço uma fala e ministro um minicurso no
Instituto Federal Baiano. A palestra se constitui na aula magna na turma 2015 do curso de
especialização em Educação Científica e Popularização das Ciências. Havia, para mesma data, uma fala
para 600 professores de Campo Formoso, também na Bahia, mas agenda,
lamentavelmente, não comportou.
Nesta
semana, além dos dois compromissos na Bahia, terei ao todo cinco estreias (das
quais duas já aconteceram) e uma aula inaugural no Centro Universitário
Metodista do IPA.
Assim, o que faz esta semana distinguida são os primeiros
contatos: na manhã de segunda e na noite de terça tive as primeiras aulas
com duas turmas de licenciatura em Música, para mais de quarenta alunos cada
uma, com a disciplina Teorias do
Desenvolvimento Humano. Houve emoções no encontrar estes dois grupos de
estudantes pela primeira vez. O esperado encontro com a turma de 2015 na
Universidade do Adulto Maior foi postergado para dia 2 de março. É sabido, que
dos fazeres acadêmicos que me envolvo, a UAM é uma atividade muito gratificante
para mim. Neste semestre terei um grupo com o qual desenvolverei o seminário Enfoque
Histórico e Sócio Antropológico do envelhecimento.
Após o bate-volta baiano, tenho reservado mais duas estreias. No
Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão estarei envolvido em dois
seminários em sextas e sábados alternados: A.- Pesquisa e Desenvolvimento II compartilhado
com a Prof. Dra. Marlis
Morosini Polidori; B.-Teoria e Prática de
Inclusão, com Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo. Estes dois
seminários se iniciam nestes 27 e 28 de fevereiro.
Mas, o mais relevante desta semana está programado para noite de
sexta, quando profiro a aula inaugural do semestre para docentes e mestrandos
dos dois mestrados do Centro Universitário Metodista do IPA: Mestrado
Profissional de Reabilitação e Inclusão e Mestrado Acadêmico de Biociências e
Reabilitação. A proposta é que desenvolva o tema Exigências
ao estar no novo mundo (da Academia).
Vou tentar apresentar quatro exigências: Paz total (quatro dimensões
individual, social, ambiental e militar), curiosidade, postura indisciplinar (marcada pela incerteza) e ética
no múnus acadêmico. Claro que a dificuldade desta aula inaugural é falar
para os meus pares com quem tenho convívio cotidiano.
Assim esta semana é digna de ser ícone da celebração inaugural
de meu 55º ano de docência. Parece ser uma fértil partida. Há bons prognósticos
para 2015.
Caro Chassot
ResponderExcluirParece que as ferias europeias trouxeram estímulo e energia para o Menestrel da Alfabetização Científica. Estou torcendo pelo teu sucesso nestas jornadas pelo país disseminando o conhecimento. Abraço do JB
Meu muito colega e amigo Jairo!.
ExcluirObrigado por tua torcida.
Desde Catu um convite: neste março que se avizinha, com agenda mais leve, almocemos juntos um dia.
A estima e espraiada admiração do
achassot
Bom dia Professor!
ResponderExcluirÉ incrível como seu ânimo e dedicação só aumentam com o passar dos anos!
=]
Ainda serei assim!
Abraços!!
Muito querida Thaiza!
Excluirque bom teu retorno. Obrigado pela avaliação de meu fazer educação.
Uma notícia desde Catu, BA, em 4 de novembro estarei falando no 55 Congresso Brasileiro de Química em Goiânia.
Um afago com saudades
Soneto-acróstico
ResponderExcluirÀ contagem do tempo
Nos anais da história da humanidade
Outras civilizações outros calendários
Volta e meia alguma douta sociedade
Organiza seu tempo de modos vários.
Cada cabecinha uma sentença se diz
Assim cada ente pode ter sua opinião
Lá na França o jacobino assim o quis
Experimentar calendário da Revolução.
Nosso calendário chamado gregoriano
Deixando bastante coisa mal explicada
Acumula restinho de tempo a cada ano.
Rever essa convenção mal concebida
Impõem-se às autoridades a todo pano
Ou ficaremos num impasse sem saída.
Querido mestre, refletindo a leitura de seus FAZERES na educação é possível uma convicção: Não é a quantidade nem o longo tempo de atividade que lhe torna um MESTRE, penso que seja a DEDICAÇÃO, a COMPETÊNCIA,o DESPRENDIMENTO, a interminável VONTADE de ENSINAR, entre outras qualidades, que contribuem para se manter ATIVO, exemplo a tantos jovens que desanimam, muitas vezes, em início da carreira. Por tudo isto e pelo EXEMPLO que és digno e merecedor de nosso reconhecimento. Grande abraço.
ResponderExcluirMuito querido colega Vanderlei,
Excluirtu e eu somos ‘mordidos’ por esta tesão de fazer Educação. Isso é que nos move. Assim, recebo teu comentário como a tradução de uma pareceria, contemplando teus fazeres no Sepé Tiaraju, que tem uma densidade e uma significação pelo menos igual, senão muito maior, que isso que eu faço.
Um excelente ano letivo para nós,