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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

09.- LAMURIAS & (AINDA) PRELÚDIO



Ano 7***            Porto Alegre  ***               Edição 2199
Nesta quinta-feira, quando for ainda madrugada, estarei partindo de Porto Alegre para o Rio de Janeiro. Ao chegar ao Galeão, pelas 8 horas, devo logo cruzar a Guanabara para ir a Niterói, onde no final da manhã tenho uma fala na Universidade Federal Fluminense.
Minha participação na XXIII Semana Acadêmica da Química e no IV Encontro Anual de Alunos de Pós-Graduação em Química da UFF tem uma forte torcida — pensamento mágico — para que não haja a usual neblina nas manhãs invernosas no Salgado Filho.
No ano passado participei dos mesmos dois eventos apresentando a palestra “A Ciência é masculina?”; o convite para hoje é que discuta “Das disciplinas à indisciplina: um caminho inverso para a leitura do mundo natural”. Também por ser um convite bisado, a expectativa desta fala aumenta.
Ontem, a quarta-feira foi vivida na preparação da apresentação da UFF e de outros textos. Mas, especialmente, por estar com sérios problemas operacionais no meu notebook — que parece pedir jubilação — vou hoje acomodar-me na sugestão do leitor que ontem me pediu para apresentar algo mais de um prefácio muito especial que estou escrevendo.
Assim com a indulgência de meus leitores às lamurias, trago mais alguns excertos. Repito o assunto, mas não o texto.
As exigentes não-rotinas nos fazem a cada dia neo-aprendentes. É deste constante (re)iniciar que a Marilisa e o Leandro acenam na sua abertura do livro.
Isso aparece fortemente quando se fazem autores dos textos pesquisadores da área de Ensino de Biologia que atuam na graduação, na pós-graduação, na Educação Básica e recém-licenciados. Esse amplo espectro na formação profissional dos autores garante uma tessitura muito variada aos textos que se tramam para fazer o livro Docência: um continuado (re)iniciar.
 Quando redijo esse texto, não posso me furtar em imaginar-te – e permita-me, leitor / leitora acidental desse prefácio, ser redundante e recordar que imaginar é fazer imagens – algo que para mim é dos fazeres mais gratificantes: garimpar, sem conhecer relógio, livros em uma livraria ou em uma biblioteca. Atividade que sonhamos não se perca em tempos de e-books – não tão sucedidos quanto foram badalados – ou de compras internéticas – sem a lubricidade oferecida por uma livraria ou um sebo não-virtuais. Aliás, é em uma situação de (in)decisão pela eleição de um livro, amável leitor / leitora, que imagino o cenário onde serão um dia lidas essas linhas, que ouso chamar de aperitivo. Vejo-te como um leitor em potencial que ora folheia ‘Docência: um continuado (re)iniciarem uma livraria ou em biblioteca. 
Talvez vivas a indecisão compro/não compro ou leio/não leio este livro. Chegas aqui e me encontras a conjecturar sobre o mesmo. Claro que podes bem imaginar a direção que vou dar a esse texto. Já acenei que meu propósito neste texto é capturar-te.
Vou executar essa epifania em três movimentos. Eles se farão num crescendo – e aqui uso a acepção de uma composição musical – do macro ao micro. Assim, no primeiro movimento visito o lócus de gestação da obra, em um segundo entram em cena os organizadores do livro, para finalizar há um convite para a mirada dos autores e dos nove textos amealhados neste livro.

4 comentários:

  1. Caro mestre Chassot é com muita alegria que recebo a notícia que nos dará a honra de te-lo em nossa Niterói, tão massacrada pelo caos do abandono político, pelo menos terá este privilégio. Recordo-me tambem que a partir da palestra anterior que tive o primeiro contato com sua obra. Bem Vindo a Niterói!

    abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Chassot, prefaciador sagaz, ativo
    Convence o leitor dando-lhe motivo
    Como anfitrião
    Serve-o no balcão
    Atraente, vistoso aperitivo.

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  3. Caro Chassot,
    meus votos de que tenha uma ótima estada em Niterói e que as tuas falas por lá sejam bem acolhidas; também desejo que possas dar muitos autógrafos.
    Um abraço,
    Garin

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  4. Bem-vindo ao Rio, prezado amigo!

    Espero que a conturbada greve dos Policiais Rodoviários Federais não o atrase para seu compromisso, travando a Ponte Rio-Niterói.

    Muita paz!

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