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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Por um mês com bom agosto

 

102/08/2024

  www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

  ANO 18

LIVRARIA VIRTUAL

  3.790 

                   

E… já estamos no 8º mês do ano. Não vou trazer extensas narrativas de como, desde a pandemia (para mim), os meses parecem fugar. Também, acredito que não cabe voltar a comentar que agosto é o mês do desgosto ou que  agosto é o mês de cachorro louco, porque é algo démodé. Por fim, já completando a tríade que se faz significativa, há que  comentar algo acerca da vivência em faustosos tempos olímpicos. Penso, se este tríduo não se espraiar por demais, trazer uma sobremesa que deseja se tornar a cereja do bolo. Sumarizado o primeiro blogar agustino 2024: assim, cumpra-se o carnê.  

1) os meses parecem fugar Isso é repetido como se essa afirmação fosse um senso comum (=no Brasil, o ano começa de verdade depois da quarta-feira de cinza!). Isso, por ora, já faz meus leitores descansados! ou melhor, provam a rapidação de tempo com argumentações matemáticas incontestáveis: vejamos a fração temporal de um mês para os dois indivíduos: para uma criança de 8 anos e para um para um adulto com 80 anos.

 Para a criança um mês significa cerca de 1/96 =0,0104 de sua existência; para o adulto significa 1/960 = 0,0010. Assim, podemos explicar o quanto demora mais para chegar o Natal para uma criança e quanto para um adulto parece 10 vezes mais rápido.

2) mês do desgosto FONTE Edição NÃO atualizada deste Blogue 01/AGO/2110. Porque, como e quando agosto começou a ser pensado um mês azarento é mais difícil explicar.

As mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava não apenas ficar sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil.

Na Alemanha, entretanto, as mulheres não acreditam no poder mágico da superstição. Enquanto em muitos países maio é o mês das noivas, lá as moças sonham casar no mês de agosto. Na Argentina, não era aconselhável lavar a cabeça durante todo o mês de agosto. Quem lava a cabeça em agosto está chamando a morte.

A verdade é que a crença popular de que agosto é o mês de desgosto não é somente um ditado popular catalisado pela rima; é, também, uma superstição mundial de grande aceitação entre nós, principalmente na zona rural do país, destacando-se, de modo muito particular, em todo o Nordeste, onde o processo de colonização foi mais homogeneamente português.

Mas, apesar de muita gente se dizer incrédula nos azares próprios do mês de agosto, muitos não se casam, não se mudam, não viajam e não fazem negócios em agosto. A verdade é que as pessoas - acreditando ou não - preferem não brincar com o mágico, com o mundo não racional.

Agosto é um mês sem feriados. Um mês que vem depois das ditas férias de julho, trazendo um ar de “segunda-feira”. Outros comentam sobre as crenças que gravitam em torno de seus dias. Os mais velhos conhecem casos e mais casos ocorridos neste mês. Casos tristes e marcantes para história do país como o suicídio de Getúlio Vargas 1954), a renúncia de Jânio Quadros (1961) etc.

Na África o dia 24 de agosto é o chamado “dia em que o Diabo anda solto” – dia de todos os exús. Na França o mês é marcado pela trágica noite de 24 de agosto de 1572, quando Catarina de Médici ordenou o massacre de São Bartolomeu, matando de dezenas de milhares de pessoas.

Na Polônia, em 14 de agosto de 1831, os poloneses foram derrotados pelos russos na Revolta de Varsóvia, que também dizimou centenas de pessoas.

Marrocos recorda que em 14 de agosto de 1844 a França invadiu o país. No Camboja, em 11 de agosto de 1863 a França tomou o país. Na Alemanha, em 3 de agosto de 1932 Hitler assumiu o governo alemão após a morte de seu antecessor. Na China, em 8 de agosto de 1937 o Japão invadiu Pequim. No Japão, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas por bombas atômicas.

Daí o dito popular “Agosto mês do desgosto”. Há também o senso comum que diz

que os cachorros contraem a raiva nesse mês; daí o nome de “mês do cachorro louco

“.

Mas, para cada uma e cada um de nós esse agosto adventício é mês de bom gosto. Vivamo-lo em plenitude.

 3)  tempos olímpicos Na sexta-feira passada, 26 de julho, em uma pirotecnia, de cerca de seis  quilômetros e algumas horas nas ‘despolidas’ águas do Rio Sena. Mesmo que eu fosse um hábil copyright não conseguiria, em meia dúzia de linhas dizer algo acerca da Olimpíada 2024 de Paris. Desejei fazer um comentário extra medalhagem. Meu sobrinho Lucas Chassot Cezimbra, com expertise, que não sei refazer. Esta caricata charge responde mais do que qualquer um pudesse rescrever. Vale ler alguns dos muitos comentários que pululam nas redes.



4) uma sobremesa Aqueles que na blogada anterior se comoveram com Infiel ofereço  a história de Shrin-Gol poderia também ser a de muitas afegãs. Uma vida sob o domínio do regime talibã, com um marido viciado em ópio, resistindo a estupros, à prostituição forçada e a uma tentativa de suícidio. Mas, fundamentalmente, é um relato de coragem, generosidade, convivência, amizade, resistência, determinação e amor. Narrada com rara sensibilidade, é a biografia comovente de uma mulher corajosa em busca de uma vida melhor, em que seus filhos possam vislumbrar um futuro distante do terror, do medo e da pobreza.

4 comentários:

  1. Em Agosto muito bom gosto para todos nós Professor! Saudações.

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  2. Professor, seus textos sempre um primor de informação e formação! Para mim que nasci no primeiro dia deste mês aventurado, sempre traz reflexões importantes! Obrigada por nos brindar com esta delícia de blog!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Lembro-me com tristeza e aperto no coração, o mês de agosto de 2020. Pico de mortes de COVID daquele ano, onde tivemos perdas na família. Saudações, meu amigo e mestre Chassot.

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