ANO 16***04/03/2022***EDIÇÃO 2035
Na última edição deste blogue comentava um dos mais usuais fazeres de docentes envolvidos na pós-graduação: a participação em bancas. Estas são presentes em dimensões muito díspares, como então descrevi. Referi que nestas ações acadêmicas há duas, dentre outras, situações: a defesa é de uma tese ou dissertação quando o doutorando ou o mestrando é nosso orientando. Levarmos um orientando à defesa não é tão fácil, pois o orientador convalida a produção de seu orientando. Isto posto, o orientador também está sendo avaliado por seus pares.
Nesta manhã, quando o Rafael Cordeiro Rodrigues e eu levamos à defesa a
dissertação SABERES PRIMEVOS QUE MOBILIZAM MEMÓRIAS, HISTÓRIAS DE VIDA E EXPERIÊNCIAS DOCENTES: narrativas de professores que ensinam Ciências da Natureza no contexto amazônico-paraense revivi, uma vez mais, esta situação que é recorrente, mas com uma saborosa originalidade: esta é a primeira defesa, dentre os oito mestrandos, que oriento no PPGCECM da UNIFESSPA em Marabá.
Já orientei 33 mestres e 09 doutores, em seis instituições diferentes [UFMT, UNISINOS (onde coordenei o PPGEducação), URI de Frederico Westphalen, Centro Universitário Metodista – IPA, REAMEC e UNIFESSPA], reconheço que meus números de mestres e doutores orientados são muito reduzidos. Há pelo menos uma explicação notável: fiz doutoramento quando já estava aposentado, desde 1992, como Professor Titular do Instituto de Química da UFRGS.
Cabe trazer aqui ‘um resumo do resumo da dissertação’ aprovada, na manhã desta sexta-feira, 04/MAR/2022, pela Prof. Dra. Graziele Borges de Oliveira Pena, da UFMT, enquanto, Examinadora Externa e pelo Prof. Dr. José Sávio Bicho de Oliveira, da UNIFESSPA, enquanto Examinador Interno. Muito breve esta dissertação estará no banco de teses e dissertações CAPES. Serão, então, acessíveis saberes que não se pode fruir em um rápido blogar.
Diante das sempre desejadas ações formativas para um ensino de Ciências da Natureza, com abordagens diversificadas, o Rafael realizou pesquisa fazendo tessituras com narrativas de cunho qualitativo.de quatro professores. Na pesquisa se buscou compreender experiências formativas expressas por professores que ensinam Ciências da Natureza, a partir de suas histórias de vida e das inter-relações mobilizadas por saberes primevos que, mediados por saberes acadêmicos se transmutam em saberes escolares relacionados com o cultivo da malva.
Situando o objeto de investigação como possibilidade na (e para) a formação de professores que ensinam ciências no contexto Amazônico Paraense, Rafael buscou -- enquanto pesquisador -- direcionar o percurso da pesquisa resultando na definição de um problema cêntrico de investigação: Em que dimensões formativas, os saberes primevos inerentes ao cultivo da malva (Urena lobata linn) vão ao encontro das histórias de vida e à mobilização de práticas pedagógicas de professores que ensinam conteúdos científicos?
Os quatro professores, com tempos de magistério entre 15 a 21 anos, têm evocações tênues do auge de a malva como riqueza agrícola paraense e da queda do valor da mesma pela substituição da matéria prima de embalagem (por exemplo, da sacaria do café por produtos plásticos). Mesmo assim pareceu para eles fazer de muitas destas evocações saberes primevos. Não sem razão que o Rafael acrescenta como um apêndice apresentado como Descrição técnica para o cultivo de malva. Até por isso esta dissertação vale como leitura.
GRATIDÃO: Reconheço agradecido ao Jhony -- da Chronnos Marketing Empresarial -- que com competência e objetividade, resolveu o problema de formatação do blogue, que não apenas me fazia muito desagradado, mas dificultava o ler de meus leitores.
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