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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

25.- Dois destaques: um doloroso, outro sumarento



ANO
 13
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EDIÇÃO
3390
Depois de quatro semana estou de volta. Muito aconteceu desde 28 de dezembro, quando circulou a última edição deste blogue. Temer era o Presidente, agora é o pai do Flávio, com previsíveis desmandos e desmanches.
Houve férias e como todas: sempre muito curtas. A edição 2019 saborosamente curtíssimas. Acrescentei mais um país a minha lista de países que já estive: 52º República Dominicana. E estando em Santo Domingo estive no primeiro sítio urbano que os europeus fizeram no Novo Mundo. Então, pude estar na primeira catedral e ver também a primeira universidade da América.
Mesmo que hoje quando viajamos não nos descolamos de nosso mundinho o retorno sempre nos encontra desadaptados. Quando podemos guardar o passaporte não somos mais alienígenas.
Quando no último domingo retornava ao Brasil, no borbulhar de notícias dois destaques: um doloroso, outro sumarento.
O dolorosamente impactante: o anúncio dos rituais de despedidas do meu ex-aluno na PUC e ex-colega na UFRGS: Prof. Dr. VALTER STEFANI, que falecera no sábado. Agora não encontrarei mais o vibrante professor de Química Forense nos eventos científicos. Lembrei muito do Valter nos últimos dias. Meu amigo Edni Oscar Schroeder fez uma admirável síntese do Valter: Foi um Colaborador na origem da Área de Educação Química da UFRGS - segurando uma barra com os, então, "pesquisadores no nosso ainda continuado embate absurdo entre Ciência hard e Ciência soft. Obrigado Valter! pelas significativas parcerias que tornam inarráveis as divergências que tivemos.
Um anúncio sumarento: Tomava conhecimento que entre os dias 21 e 24 de janeiro no Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados da UFRGS ILEA a 9ª Escola de Verão, com o tema Revoluções Científicas atuais. As atividades seriam realizadas no Auditório do ILEA, no Campus do Vale, sempre das 14h às 18h, conforme a programação disponibilizada (na reprodução).

Consultei a programação. Falto com a modéstia: parecia que programação fora produzida para mim. Era tudo que eu precisava para apaziguar incruentas saudades determinadas pelas férias que se esvaiam. Não precisei de outro convencimento para estar na tórrida tarde de segunda-feira 21, no auditório do ILEA. Repeti a dose na terça, quarta e quinta e lamentei que não houvesse atividades hoje, sexta-feira. Foram nove mesas redondas com 23 conferencistas. Cheguei a pensar em fazer alguns destaques. Teria que referir mais que duas dezenas se tal fizesse.
Haviam cerca de 500 inscritos, de meia centena de departamentos da UFRGS, parte dos quais lotaram nas quatro tardes o auditório do ILEA e outros acompanhavam a transmissões em tempo real pelo Facebook.
Eu devo dizer, que em minha graduação e na aurora de meu 59º ano de professor não recordo que em um evento tenha fruído tão densos e qualificados conhecimentos. Não foram só novos saberes que foram partilhados, mas também assuntos que ensinei (ou ensino) foram trazidos com competência. Assim, além de o que o como se transmutou em esplendorosas aulas de didáticas. Esta 9º Escola de Verão do ILEA foi verdadeiro maná para estes dias cinzentos que estamos vivendo.
Tive um algo mais por não ter optado a acompanhar pelo Facebook a Escola de Verão: encontrar colegas que não via há muito. Isto é algo que faz bem para o cérebro. Uma evidência que em cada um dos quatro entardeceres voltei de carona com um colega. E mais: foi muito gratificante ter recebido depoimentos de alguns colegas — como por exemplo do Prof. Dr. Rui Oppermann, Reitor da UFRGS — acerca da importância de meu ser professor na sua formação.
Muito competente e querido Professor José Vicente Tavares dos Santos, diretor do ILEA, que venha uma 10ª Escola de Verão! A 9ª parece ser um bálsamo para viver a espera nesses dias procelosos que se inauguraram no Brasil depois do doloroso domingo, 28 de outubro.

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