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sexta-feira, 11 de maio de 2018

11.- Remexendo em baú rotulado SAUDADES



ANO
 12
Livraria virtual
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3353

Recebera sugestão de assunto mais relevante para esta blogada. Não vou ignora-lo. Antes, para ser fiel a um dos propósitos de meu blogar, vou remexer num baú que está labelado (seja me relevado o neologismo) como saudades. Preciso historiar como cheguei a um sumarento remexer no escaninho de tempos mais distantes.
No dia 19 de março, recebi no WhatsApp algumas mensagens que agrupei e transcrevo: “Bom Dia, Prof. Attico! Sou aluna [Na foto comigo]do curso de Licenciatura
em Química do IFRS Campus Feliz.  Estou realizando estágio curricular em uma escola estadual rural, aonde eu moro, em São José do Sul, para alunos do ensino médio. A direção e os professores desta escola vêm se empenhando para oferecer as melhores condições de ensino para estes alunos, fazendo mutirões, organizando eventos para arrecadar fundos para serem investidos na escola, conseguindo inclusive montar uma estrutura de laboratório.
 No entanto, pode-se perceber que os alunos imaginam a química e a física como um "bicho de sete cabeças". Isso é algo cultural desta comunidade, bastante disseminado. Gostaria muito de contribuir desmistificando esses conceitos, trazendo uma nova perspectiva para estes estudantes; por isso, me identifico muito com o trabalho do Senhor. Assisti algumas de suas palestras e sou uma leitora encanta por seus livros. gostaria de saber se haveria a possibilidade de o Senhor poder conversar com estes alunos.” Não é fácil dizer não a mensagem como esta. Mas, eu disse.
Mas, Letícia Mosmmann foi persistente. Na verdade, ela foi até um pouco chatinha, às vezes. Mas na manhã de ontem, 10 de maio, depois de quase dois meses de marchas e contramarchas, eu falei para um pouco de mais meia centena de atenciosos ouvintes professores e alunos do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio São José do Maratá.
Ontem vi um pouco do que, de vez em vez, Leticia me contara. Ao chegar lanchei com professores liderados pelo Júlio, um diretor entusiasmado.
Ouvi relatos muito promissores e também vi realidade de uma finada política de Educação morta por aqueles que desde 2015 deveriam fazer propostas (ou continuar as propostas vigentes) para o Rio Grande do Sul. Nada fizeram em termos de uma proposta para Educação.
Lamentei ver uma indesejada história da Educação do ensino médio gaúcho. Houve, uma vez, uma política educacional construída conforme o Plano de Governo do Partido dos Trabalhadores para o Rio Grande do Sul no período 2011-2014.
Passados os quatro anos antes referidos, este plano está morto, pois o governo do MDB que sucedeu ao governo do PT simplesmente não apoiou nenhuma política de Educação, mais especialmente para o ensino médio.
Ao final de uma fala de quase duas horas recebi instigantes perguntas e uma cesta com frutos e produtos coloniais. Autografei livros, tirei muitas fotos e, que para mim foi o mais emocionante, almocei as comidas que os alunos têm no seu cotidiano. Foi também significativo ler na fachada da escola: 
AMAR SEM TEMER
E a evocação marcada por saudades? Conheço, em função de minhas andanças, bastante a geografia gaúcha. Não tinha nem ideia de onde era São José do Sul. Pesquiso. Duas surpresas:
#1) São José do Sul RS fica bem ao norte de São José do Norte RS. Uma boa questão para uma aula de geografia.
#2) São José do Sul é um município de 2 mil habitantes, emancipado em 1996, formado principalmente por área de São José do Maratá que já foi distrito de Montenegro, cidade de minha infância e adolescência e de meu primeiro ano de magistério.
Outro detalhe: a escola para qual fora convidado era próxima do Faxinal onde estava a casa de minha avó paterna e está o cemitério onde estão sepultados meus pais, meus avós paternos e minha ancestralidade Chassot.
Muitas histórias afloraram. Quantas vezes eu meus irmãos fomos e voltamos a pé a Montenegro levando aipim, laranjas e bergamotas. Lembrei do quanto implorávamos para a vovó Susana (que chamávamos vovó châsso) para podermos dar uma volta no Martelo, seu cavalo para vir do Faxinal a Montenegro para assistir missa.
Foram evocações emocionantes. Voltei gravido de mimos recebidos da escola e recordações. Lembrei muitos momentos emocionantes. Um obrigado especial a Leticia que soube ser chata com muita classe.
E o assunto postergado? Pretendia falar de uma história emocionante. Desejava homenagear o mítico Gino Bartali, o ciclista que salvou milhares de judeus dos nazistas enquanto vencia o Tour de France. Em Jerusalém, onde o Giro d’Italia começou nesta sexta-feira, se presta homenagem ao a Gino Bartali, Vale conferir em

3 comentários:

  1. Querido Chassot, já fiz a leitura do blog hoje... Seus escritos sempre me encantam pelas sábias palavras que traz e as vivências relatadas... estas são para mim exemplos que me faz um ser humano e profissional cada vez melhor, sobretudo pelas reflexões e inquietações que me são incitadas. Obrigado pelas partilhas semanais que avalio serem tão expressivas! Um grande abraço para você e a Gelsa. Que vocês possam desfrutar de um harmonioso final de semana dedicado a todas as mães... saudades!

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  2. Por mais Letícias..que saibam ser persistentes com (a) Educação. Com a admiração de sempre Clarissa

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  3. Mestre Áttico! Agora, sim, voltei com meu próprio e-mail para teu blog, isto é, um blog nosso, compartilhado por tantos! Estou rindo de alegria por tua experiência tão fortemente vivida em São José do Sul/RS. Digo assim, porque essa é minha experiência com literatura infanto-juvenil pelas escolas que visito. Na sexta, 25-5, encerramos a 4ª Caravana Literária em Votorantim/SP, pelas escolas públicas municipais. E, em 18/6, vamos com a 5ª Caravana para Itapetininga/SP. Quando as crianças me perguntam dos sonhos, digo de dois: viver mais 200 anos e escrever mais, para compartilhar com os estudantes. Parabéns, meu amigo, por estar com aquele pessoal todo, por valorizar nossa Educação e por compartilhar de teus saberes e vivências. Abraços de admiração espraiada! Élcio.

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