ANO
12 |
LIVRARIA VIRTUAL em
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EDIÇÃO
3329
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Há que cuidar não
sermos repetitivos. Como o ano passou
ligeiro (aliás, isso não é tão verdade assim... quando os tempos são
temerosos!) ou senso comum do tipo: dezembro
é o mês mais curto do ano... 2017 se esvai e, queiramos ou não é momento de
olhá-lo antes que se torne ano passado1
Na
blogada anterior celebrei ter estado pela primeira vez em Inhumas GO e Araruna
PB e dizia que mesmo com a viagem de retorno João Pessoa / Porto Alegre durasse
cerca de 17 horas — teria dado para ir até o Japão — valeu muito ter convivido
com mulheres e homens que são parceiros no fazer Educação nestas duas cidades.
Nesta semana, de vez em vez, lembrei momentos sumarentos com a gente goiana e paraibana.
Esta saudade esteirou olhar um pouco mais neste
temeroso 2017, uma parte de meu fazer acadêmico: o meu andarilhar disseminando alfabetização científica. O jornalista
e sociólogo José Carneiro, professor aposentado da UFPA em uma de suas crônicas
semanais, publicada em 25 de maio de 2014, em O Liberal, jornal líder em circulação no estado do Pará, fez assomar
minha imodéstia ao me tornar o personagem-título de seu texto ‘o Missionário da
Ciência’. Emoção similar também me ofereceu o colega Carlos Correia, do IFRO,
ao igualar essas ações pós-modernas ao profetizar narrado no Antigo Testamento.
O número de falas (palestras, mesas-redondas,
minicursos, aulas-magnas) em 2017 foi de 50, isto é significativamente menor
que 2016, quando este número foi 64 ou 75 em 2015. Este ano, devido aos continuados
cortes na Educação houve muitas atividades canceladas e usuais convites
silenciados.
Às 50 falas de 2017
adito ainda 11 bancas sendo 6 de doutorado e cinco de mestrados. Destas 11: 5
no Rio Grande do Sul, 3 no Amazonas, 1 no Pará e 1 em Santa Catarina e 1 em
Bogotá, Colômbia (celebro aqui, esta minha primeira banca no exterior) quando
também proferi uma palestra na Universidade Distrital. Vale também registrar,
neste 2017, outra estada no exterior: Em Volos, na Grécia, em abril, participei do 9th
Mathematics Education and Society Conference (MES9 Conference).
Faço miradas nas 50
falas antes referidas: 18 foram no Mato Grosso em sete cidades diferentes; 13
no Rio Grande do Sul, 4 no Pará, 3 na Paraíba, 2 em cada dos estados de
Amazonas, Santa Catarina, Bahia e Goiás; e 1 nos estados de Rio de Janeiro,
Espírito Santo e São Paulo; e uma em Bogotá. Estas 50 falas foram em 23 cidades
de 11 estados diferentes. Valeria ter contabilizado o número de voos e a
quilometragem rodoviária (bastante significativa) percorrida.
2017 foi o ano do
Mato Grosso 18 falas em sete cidades. Uma hipótese: como este estado, mesmo estando
na classificação do IBGE na região Centro-Oeste, o Mato Grosso é um dos nove
estados amazônicos que pertencem a Amazônia legal que associados por meio de
cerca de quarenta de suas universidades e Institutos federais formam a Rede
Amazônica de Educação em Ciências e Matemática/REAMEC. Em maio dei um seminário
de uma semana parte do convênio REAMEC/IFMT. Tenho também dois orientandos de
doutorado que são professores da UFMT. A duas cidades (São José dos Quatro
Marcos e Araputanga) fui por convite de meu ex-orientando de Mestrado Gedson
Kempes.
A partir da 10ª
palestra, no dia 11 de maio, no campus da IFMT de Rondonópolis, todas (apenas
com exceção de uma no exterior) começaram da mesma maneira: com o punho
esquerdo cerrado e levantado, bradava “Fora
Temer. Não ocorreu uma só
vez a situação que não houvesse vibrantes aplausos das mais diferentes
plateias.
Agora, há que esperar 2018. Desejo que neste próximo ano tenhamos a garra
e os sonhos dos 18. Expectante!...
Chassot, amigo querido de Porto Alegre! Assim que li tua blogada, conversei com Adriana, minha companheira na vida, nas ideias e no amor. Disse a ela que estava mais do que impressionado com a tua vida de andanças e caminhanças pelo nosso Brasil e até para além dele. Verdadeiramente, és um disseminador de saberes, de conhecimentos e de entusiasmo. Assim como Mercúrio para os romanos e Hermes para os gregos, levas mensagens, mas de liberdade, por tuas muitas viagens! E que vitalidade tens! Se fosse eu tão solicitado como tu, não saberia o que fazer com tantos convites, já que me sinto um tanto "árvore" enraizada com prevalência da proteção da casa (minha caverna) com minha companheira. E então, pergunto-te: como ser tão resistente aos altos e baixos das emoções para não adoecer por elas? Digo-o, porque com tantas falas e convivências, sorrisos e abraços, ainda que positivos, sugam energia. Dê-me este segredo para que, em tua transformação o mistério revele-se, aos poucos, a mim e a todos que daqui participam. Meu abraço natalino neste mágico dezembro!
ResponderExcluirMuito querido Élcio!
ExcluirEssa mensagem dá azo para uma longa conversa. Imagino tu e a Andreia aqui na Morada dos Afagos. Podemos charlar aqui na pérgola do maracujá conversando; chamaria a Gelsa para participar da conversar. Não sei por onde começaríamos. A tua postagem tem tantas interrogações e tem uma única resposta: este andarilhar pelo Brasil fazendo alfabetização científica é possível por algumas poucas razões: a primeira faço uma das coisas que mais gosto! Levar o conhecimento para os outros!
Segundo a maneira voluntária como faço esse trabalho sem ganhar um centavo e muitas vezes tendo despesas pessoais por minha conta, especialmente em táxis e despacho de livros.
A outra coisa é a gratificação representada pela maneira carinhosa como sou acolhido em cidadezinha que ninguém quer ir; não vou só capitais.
Sonhando um dia um diálogo ao vivo, antecipo meus votos de muitas alegrias pelas festas na expectativa de melhor ano novo,