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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

26FEV2021 *** Livros a mancheias!

 


 

 ANO 15

Agenda de Lives em página

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

3707

 

É o último blogar de fevereiro. É o mais cruento de todos nesta interminável pandemia 2020/21. No Brasil se vive uma situação dolorosa. Em Porto Alegre, morrem seres humanos nas filas de espera de leitos para intubação. O presidente, no mesmo dia que passamos de ¼ de milhão de mortos, diz que máscara faz mal à saúde.

Nesta semana, duas lives me trouxeram alento. Na quarta-feira, com minha colega Alessandra Rezende, sonhamos como formar jardineiros para cuidar do Planeta. Ontem os sorocabanos Adriana e Élcio, acolheram Nelson Marques do Rio Grande do Norte e eu do Rio Grande do Sul para tecer loas aos livros (em suporte papel).

O Festschrift (ver última edição) me mobiliza. Mas outras emoções se fazem narrares para dar estofo ao ainda emurchecido carteggio, no qual o Daniel Soares e eu tentamos colecionar cartas.

Tenho fidelidade a poucos programas midiáticos. Ao Roda Viva sou bastante fiel.

Na segunda-feira, dia 15/02, era quase 22h e ainda não sabia o entrevistado. Sei, então, que é um jovem doutor, graduado em Geografia pela UFBA. Soube ser um escritor de sucesso, que eu desconhecia. O Torto Arado de Itamar Vieira Júnior, obra premiada com o Jaboti em 2020 e com o Leya (Prêmio da Editorial portuguesa LeYa), era muito elogiado pelos entrevistares e o entrevistado trazia comentários instigantes. Era desconfortável para mim não conhecer a obra. Também o cenário comentado era exótico para mim.

Na manhã seguinte, terça-feira, encomendei o livro. Então acontece algo singular. Naquela estratégia mercadológica ‘quem comprou esse livro também comprou aquele’ vi a oferta de edição para Kindle do Pequeno Manual antirracista, de Djamila Ribeiro. Não podia haver melhor sedução pela admiração que tenho por esta autora contemporânea. Ao compra-lo, teclei numa oferta lateral: O poder do hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios, de Charles Duhigg. Adquiri, assim, um livro jamais compraria, pois tinha ranço de um texto de autoajuda. Foi oferecida alternativa de desistir da compra. Comprei os dois, por cerca de 20 reais: o pretendido livro de Djanila e o de Duhigg, anunciado como mais vendido, em termos de comportamento organizacional. Este um alienígena em minha biblioteca. Se pode descrever alguém pelos títulos de sua biblioteca?

Na manhã da Quarta-feira de cinza, cerca de 20 horas, de minha compra, já estava com Torto Arado. Deixei de lado Sula, o livro da TAG de fevereiro; o meu segundo livro de Toni Morrison (1931-2019), a única negra estadunidense laureada com o Nobel de Literatura (1993). Não consegui largar o livro do baiano que levava a conhecer um quilombo. A singular originalidade do Torto Arado é que texto se tece com a narração de duas das personagens. Não raro buscamos qual delas está a contar uma história de vida e morte, de combate e redenção nos leva às profundezas do sofrido sertão baiano.

Agora, já li as 562 páginas de O poder de hábito. Nunca conheci tanto acerca de inteligência artificial (área em que sou apenas um iniciante). O livro do Duhigg tem porquê ser o mais vendido acerca de comportamento organizacional. Mais de 25 páginas são de uma bibliografia comentada de artigos de prestigiadas revistas, o poder de hábito em empresas é algo significativo.

Envolvido no entorno dos dias dados a momices (na acepção de dissimulação carnavalescas), com quatro livros sendo devorados, sobraram culpas por não estar fazendo (ou pelo menos por estar procrastinando) alguns (a)fazeres profissionais.

Quando há fartura, esta pode se converter em comilança. Por tal, me envolvi na busca de Griffin e Sabine: uma correspondência extraordinária um romance epistolar de Nick Bantock, publicado em 1991 nos Estados Unidos e no Canadá. O livro foi descrito com entusiasmo pelo Daniel, em sua última carta. Pareceu-me algo exótico: um livro de 50 páginas ser ofertado por valores de 100 a 500 reais. Terminei comprando um usado por 30 reais mais o frete.

Nesta aurora de março, recordo a completação de um ano de minhas duas últimas viagens em março de 2020 (à Marabá e à Manaus). No clamor do pedido #vacinaparatodos há que celebrarmos a Vida. Renovo o convite dos colegas da Unipampa, câmpus Uruguaiana, para estarmos juntos dia 13 de março de 2021, às 18h, sábado, quando completo 60 anos fazendo Educação.

5 comentários:

  1. muito querido mestre..obrigada pelo blog...sua admiradora Elzira

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  2. Primeiramente, parabéns pelo dia 13 de março de 2021, pelos seus 60 anos de Magistério. A Educação Brasileira, tenho certeza, agradece com muito louvor o ilustre Mestre Chassot!!!!
    Parabéns pelo blog e pelo título que deveria receber: "Devorador de letras ou de livros", um leitor com uma extensa Biblioteca no Brasil.
    Desejo que continue sempre assim, brilhando na Educação Brasileira e contribuindo pela nossa Cultura Literária com a sua Biblioteca, incluindo os seus livros autorais sobre as Ciências.
    Orgulhosa por você!!!!
    Bravo, Bravo....

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  3. Assinando o comentário feito pelo e-mail emelykzan@gmail.com:
    Emely Kazan.

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  4. Chassot, amigo mui querido; Nelson, que agora conhecemos um pouco mais em laços pelo suporte virtual e aos que por aqui passarem, abraços livreiros! Verdadeiramente, nossa live compartilhada com diversas cidades de SP, Taperoá-PB, Navegantes-SC e outras mais, recebeu solidariedade, preocupação e interesse em respostas para a pergunta capital: o que será de nossos escritos? Onde e com quem ficarão nossos livros, registros e fotos? Tudo será transformado em virtual virtualidade? Precisamos encontrar ancoradouro para nossas questões desassossegadas. Brindando ao livro impresso, estendemos alegria pela divulgação dos bons trabalhos em letras, elas que uma vez combinadas e compartilhadas, garantem vida pulsante ao livro. Abraços de gratidão!

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  5. Chassot, amei seu blog, compartilhando-o com colegas. Gratidão pelas contribuições à nossa educação em ciências! Abraço.

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