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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

9.- E não é um pesadelo....


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EDIÇÃO
3382
Passou a primeira semana. Ela tinha finados. Ela foi aziaga. A segunda semana está passando. Ela tem momentos jubiloso. Mas, semana é muito amarga também. Somando e subtraindo ela sabe a caqui verde. Este blogue é tecido em Goiás  em retorno à Porto Alegre. Meus fazeres aqui estão presentes nesta blogada.
Há continuados pesadelos que não são pesadelos... Sílvio Frota fará o Enem do domingo!... acordamos e não temos aquela sensação boa do ‘que bom, estava sonhando...’
Na tessitura desta edição trago cinco breves relatos. Uns de momentos saborosos. Outros de agônicos pesadelos. Como serei cronológico, estes serão o primeiro e último. Aqueles outros três que são as cerejas do bolo.
*1 Cassado pelo Facebook Na manhã de segunda-feira, Ana Paula Gorri postou no
Facebook o inteligente e crítico comentário que se pode ver na imagem. Eu aditei o comentário que transcrevo. Querida Ana Paula Gorri! Quando li os assinalamentos que tu fizeste no sumário até eu me surpreendi; realmente é um bom livro para o index. Tomara apenas que os inquisidores não sejam pessoas tão críticas como tu. Se assim for, pouco ou nada sobrará do "Alfabetização científica: questões e desafios para a educação!"
Não consigo explicar o que aconteceu. Primeiro, a rapidação do número de curtidas e comentários. Estes muito díspares. Uns criticando Ana Paula. Outros elogiando. Uns desesperados na busca do livro. Outro dizendo do cuidado que passarão dar ao seu exemplar. À tarde, antes de ir à Feira do Livro meu comentário já tinha mais de 200 curtições e dezenas de comentários, que deixara para ler à noite. Ledo engano. Ao acessar o Face book à noite sou informado que minha postagem fora removida. Havia um aviso volátil (pois, logo ao terminar a leitura e clicar no OK ele desapareceu para sempre), ou melhor, uma severa advertência, anunciado a remoção pois eu contrariara as normas de postagens causando desabono moral e fazendo bullying nos leitores.
Fiquei estupefato. Só.
*2 64 Feira do Livro Na tarde de segunda-feira fui a 64ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Recordo que em 1957, ano que me formei no ginásio em Montenegro, vim à Porto Alegre em função da formatura e fui pela primeira vez a uma feira de livros. Maravilhei-me. Era a 3ª. Desde então, das 61 que houve estive praticamente em todas. Não lembro de algum ano que tenha faltado à sumarenta experiência do contato público e íntimo com este artefato cultural tão importante na história da humanidade. Estando na feira do livro, naquela segunda-feira, aproveitei para prestigiar meu colega e amigo Guy Barros Barcelos que é autor de um capítulo (gostosa autobiografia de sua alfabetização) de livro que tinha sessão de autógrafos então.
Na tarde da próxima segunda-feira volto à feira para participar junto com outros colegas do lançamento do livro POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL PÓS -GOLPE, onde sou autor de um capítulo e também quero prestigiar a minha ex-orientanda de mestrado Karina Norman, que é co-autora de um livro sobre o ensino de enfermagem que será lançado então.
Sempre é bom retornar a feira do livro e passear entre as barracas tintadas de roxo pelas pétalas dos jacarandás e recordar outras feiras onde autografei livros e onde descobri preciosidades, especialmente nos balaios das liquidações.
A feira do livro de Porto Alegre é um espetáculo sempre muito esperado para cada começo de novembro de cada ano
*3 Agora rumo aos 80 Na terça-feira, dia 6, estava de aniversário. Completei 79 anos... ou seja, já estou agora fazendo a octogésima volta em torno do sol.
As reações ou comportamentos das pessoas são completamente diferentes em relação a sua data de aniversário. Parece haver dois extremos: Uns esperam o ano inteiro e vivem esse dia e até os dias do entorno do natalício na mais completa vibração. Outros há que desejam desaparecer no dia de seu aniversário.
Entre esses dois extremos há uma série de comportamentos diferentes. Eu,, em relação ao meu aniversário, tendo mais para situação de quase querer ignorar a data. Não sou dado a grandes celebrações, às vezes, em certos números: 50, 60, 70 concedo alguma celebração. Assim, este primo 79 era para passar incólume. Mas não foi o que aconteceu. Também não se pode ser tão grosseiro e resistir a possíveis homenagens.
Antes do meio-dia, já havia mais de 200 felicitações no Facebook e mais de duas dezenas no WhatsApp e alguns telefonemas. Ao meio-dia almocei com o André Tatiana e Pedro os únicos do meu quarteto que moram em Porto Alegre.
Mas, cedo no grupo dos filhos havia vídeos com homenagens dos filhos e netos. Também no grupo dos irmãos, minhas irmãs, meu irmão e cunhados me homenagearam.
No fim da tarde viajei para Goiânia e em Goiás as manifestações pelo meu aniversário se espraiaram, conforme vou contar no tópico seguinte. Esta viagem implicou e não receber, à noite, as felicitações daqueles que ainda usam telefone fixo, algo que hoje já parece dinossáurico.
*4 No Instituto Federal de Goiás Câmpus Anápolis Minha principal atividade nesta vinda a Goiás foi participar da Sétima Semana de Química no Instituto Federal de Goiás, câmpus Anápolis. Na manhã de quarta-feira, eu que fizera há 7 anos a abertura do mesmo evento, fiz a fala inaugural para um auditório de cerca de 200 pessoas discorrendo sobre a necessidade de encontrarmos uma brecha entre o nosso passado nosso futuro.
 O entusiasmo do público que aplaudiu extensamente minha fala, depois me emocionou cantando "Parabéns a você pois foi referido que eu estivera de aniversário no dia anterior.
À tarde, participei de uma mesa redonda junto com os colegas Marlon Herbert Soares (UFG) e Eduardo Cavalcante (UnB) acerca do PIBID.
No meu segmento fiz um breve relato histórico de tempos pré-pibid / inicial do Programa/atuais para encerrar com uma análise acerca dos tempos onde já se faz caça àqueles que buscam um ensino mais politizado quando já se necessita ter um verdadeiro Manual de Sobrevivência à milícia da escola sem partido nestes tempos bolsonarianos
 *5 Universidade ultrajada Nestes horripilpantes tempos bolsonarianos, mesmo antes da temida posse, a cada dia, estamos sendo submetidos a afrontas às liberdades e também massacrados com notícias que perturbam os nossos fazeres.
Nesses últimos dias é visível uma maquinada campanha de divulgação de calúnias contra a universidade pública. Por exemplo, circula na rede um vídeo de mais de 13 minutos onde há sucessivas ofensas aos professores e aos alunos das Universidades públicas.
Se diz entre outras mentiras bárbaras e toscas que nos corredores das universidades brasileiras alunos e professores estão todos envolvidos no consumo de droga das piores e mais nocivas fazendo sexo despidos em sala de aula e nos corredores. Se mostra imagens de pichamento e amontoados de lixo de alguns lugares dizendo que aquilo reflete como estão as Universidade Brasileiras.
Eu devo dizer que nos últimos anos estive em campi de grandes e pequenas universidades e asseguro que nada disso que é mostrado nesse vídeo é visível, mesmo que o vídeo generalize afirmando ser isto imagens de várias universidades.
O propósito dessa demonização da universidade é preparação para sua privatização que já foi anunciada pelo futuro ministro da Ciência e Tecnologia — o astronauta que se locupletou com dinheiro dos brasileiros com o propósito se tornar um divulgador da ciência brasileira, mas ao invés disso organizou empresas para dar palestras a preços fantásticos.
Aliás outro aspecto que faz parte desta tentativa de demolição da universidade pública é retirada da mesma da órbita do MEC e passa-la para Ministério da Ciência e Tecnologia o que deverá trazer graves consequências não apenas do ponto de vista administrativo mas também do ponto de vista de captação de fundos uma vez que os recursos para pesquisas deverão conseguidos em convênios com empresas. Esta é uma dolorosa e triste realidade nesses tempos em que guardamos no Réveillon 2018/1964

6 comentários:

  1. Bom dia de domingo, amigo Chassot! Dias passados, encontrei uma fala de Eduardo Moreira dizendo do susto que levou: depois da publicação de seus comentários sobre nossos tempos "despromissores", sua postagem recebeu 50 mil manifestações de ameaças num só dia. Em seguida, ele comentava que muito disso deve-se a robôs programados para o "disparo" dos repetidos dizeres. Tudo isso já nos é conhecido. Em casa, Adriana e eu conversamos muito a respeito. Bate-me uma tristeza de lamento pela maior e mais absurda decisão de nosso povo em votos. Quando é que conseguiremos pagar (pelas) e apagar (as) consequências, os resultados e a "herança" que nos será deixada? Evito as redes sociais porque meu "estômago mental" está sensível, dolorido eu diria. Quanto ao Index, sem dúvida, dele para a queima será um passo bem curto e muito simples, sem qualquer explicação à sociedade sedenta por ações que persigam, acusem, julguem, condenem e executem, tudo ao mesmo tempo e pelos mesmos sujeitos. Às vezes, custo em acreditar que o resultado nos legou um retrocesso sequer pensado. Pobre mundo, miserável país, triste e desgraçada gente sonhadora que não terá motivos para festejar. Quando "acordar", será tarde para reagir. Deixo-lhe como dica, e aos blogadores deste espaço, a filme "A Onda". Abraços domingueiros, Áttico!

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    1. Muito querido Élcio,
      escrevi no meu diário que um feriado -- mesmo que o de hoje seja de comemoração de um golpe militar (sempre, eles! não é) -- nos oferece a sensação de não laborarmos em culpá quando se gasta horas lendo ficção ou se vagabundeia fazendo sodoku.
      Vou atrás do filme 'A onda'. Muito obrigado por dares um upgrade no blogue.
      Tu que tiveste vivências tão significativas nas CEBs não vez esperanças se nos organizarmos em Comunidades Democráticas de Base, talvez até pela internet.
      Sonhando com parcerias

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  2. Meu caro amigo Chassot,

    é com muito pesar que visualizo em suas publicações tantas notícias ruins. Falando em Políticas Públicas, está em processo de Consulta Pública a Atualização [retrocesso] da Política Nacional de Educação Especial (PNEE). São as heranças do final de mandato de um Governo Ilegítimo.
    Abraço cordial! Parabéns por mais uma primavera meu caro mestre!
    Com esmero,

    Dirceu A. Borges

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    1. Muito estimado Dirceu!
      acredito que já fizesse pelo menos um lustro que não tinha um sinal teu. Lembrei de teu correio eletrônico muito original. Não sei se ainda é o mesmo.
      Realmente nas últimas edições do blogue, tenho falado mais de coisas amargas.
      O que esperar diferente quando dentro de 1,5 mês estaremos celebrando um original Réveillon 2018/1964.
      Saudades. Confirma se acertei o email.

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  3. Muitas felicidades pelo aniversário e por tantas contribuicoes só ensino de Ciências e de Química, Chassot muito querido orientador! Estou desde há alguns dias (vésperas do segundo turno) sem Facebook... também por ter desanimado com comentários estúpidos em minhas publicações. Na sequência dos estudos, no dia dez desse mês recebi o convite para visitar a Mostra Terra- da artista Mari Bueno, linda mostra aqui em Sinop. Lembramos de você neste evento! Chassot, forte abraço!

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    1. ​Querida Patrícia!

      Primeiro​ obrigado pelos cumprimentos por meu aniversário. Oxalá durante mais alguns anos haja tal celebração.

      Entendo a tia gana e as tuas ações no Facebook nestes períodos tão sombrios.

      Na próxima vez que eu for }a Sinop (que espero não tarde) agenda uma visita ao atelie da Mari Bueno.

      Um bom tesear

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