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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

2.- Está difícil jair se acostumando



ANO
 13
Livraria virtual
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3382

 

Perdemos. Perdemos dolorosamente. E em decorrência de fuso horário, quando às 19 horas, no Acre se terminava de votar, recebemos a notícia em uma só coronhada (palavra agora na moda) sem chance de torcer durante a apuração.
Chorei. Tive depoimentos iguais a este. Mais de uma pessoa me disse que foi a primeira vez que ‘chorou politicamente’. Ainda na noite do mofinento domingo, publiquei nas redes sociais (Instagram, onde sou neófito e Facebook) um texto produzido sob a artilharia de foguetes ensandecidos onde conto o destino de um livro que levei a votação.
Preparava uma das falas que terei na quarta-feira, 7/11, em Anápolis. Vou fugar em um momento do que foi me solicitado para trazer excertos de um MANUAL DE DEFESA PARA DOCENTES* elaborado pelo renomado Professor Luiz Carlos de Freitas, para que os professores sobrevivam ao patrulhamento dos bolsonaristas militantes da ‘Escola sem Partido’. No domingo ainda não terminara a apuração uma deputada catarinense fascista já mostrava as garras.
Se alerta aos professores para que, na eventualidade de envolvimento, questionamentos ou acusações políticas sobre sua atuação pedagógica, seja invocada a Liberdade de Cátedra assegurada pela Constituição Federal (Artigo 206 – II e III) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Artigos 2º e 3º – III e IV).
A liberdade de Cátedra – ou de ensino – surge no nível constitucional na carta magna de 1934 em seu artigo 155. Posteriormente, na CF de 1946, em seu artigo 168. Reafirmado pela constituição de 1988 – conhecida como a constituição cidadã, o docente tem plena autonomia para escolher os métodos didáticos que respeitem a pluralidade de ideias e a não-discriminação.
Há que estar preparados pois não sabemos nem o dia nem a escola que eles vão atacar. Isto não uma postura catastrofista. Isto é ser realista.
* https://avaliacaoeducacional.com/2018/10/29/manual-de-defesa-para-docentes/
Encerro neste dia que evocamos os que partiram antes de nós dizendo-lhes palavras que são inenarráveis aqui. Eles hoje me ouviram mais que nos outros dias.
9.- E não é um pesadelo....
ANO
 13
Livraria virtual
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3382
Passou a primeira semana. Ela tinha finados. Ela foi aziaga. A segunda semana está passando. Ela tem momentos jubiloso. Mas, semana é muito amarga também. Somando e subtraindo ela sabe a caqui verde. Este blogue é tecido em Goiás. Meus fazeres aqui estão presentes nesta blogada.
Há continuados pesadelos que não são pesadelos... Sílvio Frota fará o Enem do domingo!... acordamos e não temos aquela sensação boa do ‘que bom, estava sonhando...’
Na tessitura desta edição trago cinco breves relatos. Uns de momentos saborosos. Outros de agônicos pesadelos. Como serei cronológico, estes serão o primeiro e último. Aqueles outros três que são as cerejas do bolo.
*1 Cassado pelo Facebook Na manhã de segunda-feira, Ana Paula Gorri postou no
Facebook o inteligente e crítico comentário que se pode ver na imagem. Eu aditei o comentário que transcrevo. Querida Ana Paula Gorri! Quando li os assinalamentos que tu fizeste no sumário até eu me surpreendi; realmente é um bom livro para o index. Tomara apenas que os inquisidores não sejam pessoas tão críticas como tu. Se assim for, pouco ou nada sobrará do "Alfabetização científica: questões e desafios para a educação!"
Não consigo explicar o que aconteceu. Primeiro, a rapidação do número de curtidas e comentários. Estes muito díspares. Uns criticando Ana Paula. Outros elogiando. Uns desesperados na busca do livro. Outro dizendo do cuidado que passarão dar ao seu exemplar. À tarde, antes de ir à Feira do Livro meu comentário já tinha mais de 200 curtições e dezenas de comentários, que deixara para ler à noite. Ledo engano. Ao acessar o Facebook à noite sou informado que minha postagem fora removida. Havia um aviso volátil (pois, logo ao terminar a leitura e clicar no OK ele desapareceu para sempre), ou melhor, uma severa advertência, anunciado a remoção pois eu contrariara as normas de postagens causando desabono moral e fazendo bullying nos leitores.
Fiquei estupefato. Só.
*2 64 Feira do Livro Na tarde de segunda-feira fui a 64ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Recordo que em 1957, ano que me formei no ginásio em Montenegro, vim à Porto Alegre em função da formatura e fui pela primeira vez a uma feira de livros. Maravilhei-me. Era a 3ª. Desde então, das 61 que houve estive praticamente em todas. Não lembro de algum ano que tenha faltado à sumarenta experiência do contato público e íntimo com este artefato cultural tão importante na história da humanidade. Estando na feira do livro, naquela segunda-feira, aproveitei para prestigiar meu colega e amigo Guy Barros Barcelos que é autor de um capítulo (gostosa autobiografia de sua alfabetização) de livro que tinha sessão de autógrafos então.
Na tarde da próxima segunda-feira volto à feira para participar junto com outros colegas do lançamento do livro POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL PÓS -GOLPE, onde sou autor de um capítulo e também quero prestigiar a minha ex-orientanda de mestrado Karina Norman, que é co-autora de um livro sobre o ensino de enfermagem que será lançado então.
Sempre é bom retornar a feira do livro e passear entre as barracas tintadas de roxo pelas pétalas dos jacarandás e recordar outras feiras onde autografei livros e onde descobri preciosidades, especialmente nos balaios das liquidações.
A feira do livro de Porto Alegre é um espetáculo sempre muito esperado para cada começo de novembro de cada ano
*3 Agora rumo aos 80 Na terça-feira, dia 6, estava de aniversário. Completei 79 anos... ou seja, já estou agora fazendo a octogésima volta em torno do sol.
As reações ou comportamentos das pessoas são completamente diferentes em relação a sua data de aniversário. Parece haver dois extremos: Uns esperam o ano inteiro e vivem esse dia e até os dias do entorno do natalício na mais completa vibração. Outros há que desejam desaparecer no dia de seu aniversário.
Entre esses dois extremos há uma série de comportamentos diferentes. Eu,, em relação ao meu aniversário, tendo mais para situação de quase querer ignorar a data. Não sou dado a grandes celebrações, às vezes, em certos números: 50, 60, 70 concedo alguma celebração. Assim, este primo 79 era para passar incólume. Mas não foi o que aconteceu. Também não se pode ser tão grosseiro e resistir a possíveis homenagens.
Antes do meio-dia, já havia mais de 200 felicitações no Facebook e mais de duas dezenas no WhatsApp e alguns telefonemas. Ao meio-dia almocei com o André Tatiana e Pedro os únicos do meu quarteto que moram em Porto Alegre.
Mas, cedo no grupo dos filhos havia vídeos com homenagens dos filhos e netos. Também no grupo dos irmãos, minhas irmãs, meu irmão e cunhados me homenagearam.
No fim da tarde viajei para Goiânia e em Goiás as manifestações pelo meu aniversário se espraiaram, conforme vou contar no tópico seguinte. Esta viagem implicou e não receber, à noite, as felicitações daqueles que ainda usam telefone fixo, algo que hoje já parece dinossáurico.
*4 No Instituto Federal de Goiás Câmpus Anápolis Minha principal atividade nesta vinda a Goiás foi participar da Sétima Semana de Química no Instituto Federal de Goiás, câmpus Anápolis. Na manhã de quarta-feira, eu que fizera há 7 anos a abertura do mesmo evento, fiz a fala inaugural para um auditório de cerca de 200 pessoas discorrendo sobre a necessidade de encontrarmos uma brecha entre o nosso passado nosso futuro.
 O entusiasmo do público que aplaudiu extensamente minha fala, depois me emocionou cantando "Parabéns a você pois foi referido que eu estivera de aniversário no dia anterior.
À tarde, participei de uma mesa redonda junto com os colegas Marlon Herbert Soares (UFG) e Eduardo Cavalcante (UnB) acerca do PIBID.
No meu segmento fiz um breve relato histórico de tempos pré-pibid / inicial do Programa/atuais para encerrar com uma análise acerca dos tempos onde já se faz caça àqueles que buscam um ensino mais politizado quando já se necessita ter um verdadeiro Manual de Sobrevivência à milícia da escola sem partido nestes tempos bolsonarianos
 *5 Universidade ultrajada Nestes horripilpantes tempos bolsonarianos, mesmo antes da temida posse, a cada dia, estamos sendo submetidos a afrontas às liberdades e também massacrados com notícias que perturbam os nossos fazeres.
Nesses últimos dias é visível uma maquinada campanha de divulgação de calúnias contra a universidade pública. Por exemplo, circula na rede um vídeo de mais de 13 minutos onde há sucessivas ofensas aos professores e aos alunos das Universidades públicas.
Se diz entre outras mentiras bárbaras e toscas que nos corredores das universidades brasileiras alunos e professores estão todos envolvidos no consumo de droga das piores e mais nocivas fazendo sexo despidos em sala de aula e nos corredores. Se mostra imagens de pichamento e amontoados de lixo de alguns lugares dizendo que aquilo reflete como estão as Universidade Brasileiras.
Eu devo dizer que nos últimos anos estive em campi de grandes e pequenas universidades e asseguro que nada disso que é mostrado nesse vídeo é visível, mesmo que o vídeo generalize afirmando ser isto imagens de várias universidades.
O propósito dessa demonização da universidade é preparação para sua privatização que já foi anunciada pelo futuro ministro da Ciência e Tecnologia — o astronauta que se locupletou com dinheiro dos brasileiros com o propósito se tornar um divulgador da ciência brasileira, mas ao invés disso organizou empresas para dar palestras a preços fantásticos.
Aliás outro aspecto que faz parte desta tentativa de demolição da universidade pública é retirada da mesma da órbita do MEC e passa-la para Ministério da Ciência e Tecnologia o que deverá trazer graves consequências não apenas do ponto de vista administrativo mas também do ponto de vista de captação de fundos uma vez que os recursos para pesquisas deverão conseguidos em convênios com empresas. Esta é uma dolorosa e triste realidade nesses tempos em que guardamos no Réveillon 2018/1964
Preparava uma das falas que terei na quarta-feira, 7/11, em Anápolis. Vou fugar em um momento do que foi me solicitado para trazer excertos de um MANUAL DE DEFESA PARA DOCENTES* elaborado pelo renomado Professor Luiz Carlos de Freitas, para que os professores sobrevivam ao patrulhamento dos bolsonaristas militantes da ‘Escola sem Partido’. No domingo ainda não terminara a apuração uma deputada catarinense fascista já mostrava as garras.
Se alerta aos professores para que, na eventualidade de envolvimento, questionamentos ou acusações políticas sobre sua atuação pedagógica, seja invocada a Liberdade de Cátedra assegurada pela Constituição Federal (Artigo 206 – II e III) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Artigos 2º e 3º – III e IV).
A liberdade de Cátedra – ou de ensino – surge no nível constitucional na carta magna de 1934 em seu artigo 155. Posteriormente, na CF de 1946, em seu artigo 168. Reafirmado pela constituição de 1988 – conhecida como a constituição cidadã, o docente tem plena autonomia para escolher os métodos didáticos que respeitem a pluralidade de ideias e a não-discriminação.
Há que estar preparados pois não sabemos nem o dia nem a escola que eles

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