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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

31.—Para despedir um agosto complexo



ANO
 13
Livraria virtual
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
33667

 

Esta é a última edição deste blog neste agosto de 2018. Um agosto que não nos deu um esperado feito político que desse uma reviravolta como foi como com Getúlio em 1954; com Jânio em 1961 ou com Dilma há exatos dois anos, naquele agourento e tétrico 31 de agosto de 2016.
Amanhã já será setembro que para mim evoca sempre a primavera (minha parreira já foi podada); muito pouco me lembro da semana da pátria!
Este blog hoje é escrito no Tocantins quase voltando para Porto Alegre.
Sei que tenho leitores aos quais desagrada as minhas trazidas do chamado Diário de um viajor. Se diz que meus relatos se tingem, então, de exibicionismos pois quero mostrar onde andei; como fui recebido, como há tietagem e como as pessoas gostam de mim. Eu discordo dessa leitura, mesmo que muitas vezes ela me convenha, pois considero os relatos que faço também uma homenagem àqueles que me acolhem. A edição desta semana é um duplo exemplo.
Divido os relatos da edição de hoje em dois momentos da semana que estamos encerrando: um e outro prenhes de emoções.
Dos dois segmentos desta edição, o primeiro foi breve, mas marcado de muitas novidades para mim. Deixei Porto Alegre no fim da tarde de domingo e já na noite de segunda estava em casa.
Nas poucas horas do estar no Rio de Janeiro, conheci emocionado uma das mais significativas experiências de fazer educação. Em junho do ano passado em Macaé, no I EREQ (1º Encontro da Rede Rio de Educação Química), ouvi um grupo de jovens que fizeram relatos de um fazer educação muito original, mas desconhecido. Lembrei que em 2010, no EDEQ de Rio Grande a experiência fora assuntada.

Narravam experiência da Escola de Ensino Médio do Sesc fruída por estudantes de todo o Brasil num processo de residência integral que me fez, então, muito curioso. Em novembro de 2017 recebi um convite para participar de um seminário com o instigante título: Expansão de Fronteiras para a Educação Científica aceitei e nesta segunda-feira tive o privilégio pela manhã e pela tarde, estar com um grupo de 28 professores de Ciências da Natureza que trabalham em escolas do ensino médio do SESC em 18 estados brasileiros e mais dezenas de professores que trabalham Escola Nacional de   Médio do Sesc (objeto) deste relato.
 Para mim é significativo como se recebido. Não preciso (até por que não cabe) tratamento VIP. Mas faz diferença tu encontrares uma frase assim: As frutas, sucos, bombons e biscoitos no seu apartamento são para seu consumo e não serão cobrados. Fique à vontade para servir-se, faz parte das boas-vindas é prova de muito acarinhamento. Esta frase também acolheu os professores que vieram ao seminário.
Ajudado com informações que estão na página da Escola: http://escolasesc.com.br/ transcrevi alguns excertos.
A Escola Sesc de Ensino Médio se caracteriza por oferecer uma educação efetivamente integral para uma comunidade de alunos e alunas que representa a vasta diversidade cultural brasileira. Os estudantes vêm de todos os estados do Brasil (selecionados dentro da cota de vagas para cada uma das 27 unidades da federação) para formar, juntamente com a equipe de educadores, uma comunidade de aprendizagem. Instalada em um campus de 131 mil metros quadrados em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A instituição conta com uma privilegiada estrutura de ensino, com Espaço Cultural, laboratórios, biblioteca, ateliês de arte, complexo esportivo, restaurante, além das vilas residenciais para quase 500 alunos e alunas dos três anos do Ensino médio. Dos cerca de 80 professores a metade mora em vilas especiais para professores no campus. As salas de aula foram projetadas para atender até 15 estudantes. Estudar na Escola Sesc de Ensino Médio confere a todos os alunos e alunas direito ao material pedagógico (incluindo um notebook), uniformes, moradia, alimentação, assistências médica e odontológica.
A oportunidade de viver a experiência da residência é uma das faces mais ricas do projeto da Escola Sesc de Ensino Médio. Viver como residente traz a possibilidade do profundo desenvolvimento da autonomia, estimula trocas entre jovens oriundos de todas as regiões do país, aproxima professores e alunos, e permite a construção de valores de cidadania. O principal objetivo da Escola é a efetiva transformação da vida dos jovens, que se desenvolvem sob todos os pontos de vista e concluem o Ensino Médio prontos para seus projetos de vida.
Menos do que narrar palestra e os aplausos a mesma ou os sedutores convites para integrar o corpo docente da Escola, queria responder a uma natural pergunta: quando universidades, institutos federais e escolas públicas rede das diferentes esferas então à míngua de onde vem essa abundância de recursos para esta Escola? A resposta é fácil! Milhões de empregados no comércio (e em serviços assemelhados) descontam uma vez ao ano 1% da contribuição previdenciária que se destinam a organizações do sistema S (Sesi, Sesc, Senar...).
A Escola de Ensino Médio do Rio de Janeiro é um dos exemplos dos muitos que se poderia fazer aumentando o número de escolas do Sesc para todos os Estados da Federação.
O exemplo de uma Educação gratuita e de qualidade destinada a estudantes do ensino médio oriundos de famílias cuja renda não é maior que três salários mínimos deve frutificar. O segundo momento da edição de hoje, refere-se a meu estar pela segunda vez em na UFT — Universidade Federal de Tocantins (em 2011 estivera no Campus de Araguaína nas celebrações do Ano Internacional da Química). Um detalhe que parece singular na história das universidades brasileiras: a UFT foi a única universidade criada em outubro de 2000, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Nos anos seguintes, nos governos do Presidente Lula, foram criadas 17 universidades federais.
A criação da UFT deveu-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais da Constituição de 1988 que preceitua que em criado em 1989 o estado de Tocantins cada unidade federativa deva haver, pelo menos uma universidade federal.
Agora estou no campus de Gurupi da UFT (um dos oito campi da UFT) para participar do I Congresso Tocantinense de Química. Neste evento na manhã de quinta-feira ministrei o minicurso A História e a Filosofia da Ciências catalisando ações indisciplinares. Registro que devido a =o numero de presente (mais de 120 participantes) o minicurso se transformou em duas palestras com quase duas horas cada. Na tarde desta sexta-feira a palestra Em busca de lugar na brecha entre o passado e o futuro fez parte do encerramento do Congresso.
Encerro com o registro comum aos dois segmentos. Muitas fotos, significativo números de livros autografados e, o que é mais relevante: as três falas começaram com muito aplaudido fora Temer e na fala deste 31 de agosto se evocou consumação do golpe a exatos dois anos lembrando-se talvez um dos dias mais tristes da História do Brasil recente.
RECEBI: Estimado amigo e mestre Chassot, bom dia! Quanto tempo... espero que estejas bem! Ontem fizemos aqui na UFV um tributo ao grande Oliver Sacks, pois completou três anos de sua morte. Trago esta informação, pois pelo seu Blog pude conhecer muito deste neurologista e escritor, que sempre foi apaixonado pelas ciências e pelos mistérios da vida. Fica a dica para uma blogada ou uma nota que nos ajude a lembrar as relevantes contribuições deste exímio ser humano para todos nós, com escritos que nos impactam na forma de entender, o mundo, a vida e os seus muitos mistérios.
Um grande e afetuoso abraço. Com saudades e estima, Vinícius Catão Universidade Federal de Viçosa.


Um comentário:

  1. Amigo caríssimo, Chassot! Verdadeiramente, digo, escrevo e brado, que falar do que se faz também é falar daqueles que participam do fazer. Divulgo-me na divulgação do outro, portanto, divulgo o outro do mesmo modo, não só pelos elogios, citações e destaques que faço, mas pelo que compartilho: ofereço e recebo, ensino e aprendo. É a mais pura e genuína relação dialética do compartilhar, não como senhor e sabedor absoluto do conhecimento alcançado e produzido, mas como quem reaprende com os saberes dos muitos outros em tantos caminhos, também compartilhados. Portanto, somo-me à tua blogada, num educado esquecimento daqueles que só conseguem identificar promoção e chamego. E agora, retornando à blogada, se com 1% anual é possível tanto, será que estão nos enganando com os valores declarados de aplicação na Educação Básica pública? Se havia alguma dúvida, bem, a ingenuidade acabou faz algum tempo! Também quero destacar teu escrito de que nos governos de FHC uma universidade foi criada. Pela verdade e com ela, como obrigatoriedade constitucional. Então, os "louros" sequer são devidos. Mas, as 17 criadas nos governos de Lula, bem, como dizem os que apreciam as matemáticas: os números falam por si! Abraços a ti, meu amigo, desta Sorocaba chuvosa, graças a Deus!

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