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terça-feira, 28 de julho de 2015

28.- A PRODUÇÃO DE LIXO AUMENTA.

ANO
 9
EDIÇÃO
 3065

Eis uma notícia desta segunda-feira, 27 de julho: Nos últimos 11 anos, o aumento da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento populacional. De 2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento populacional foi de 6%.

Mesmo com a retração econômica, o ano de 2014 registrou um aumento da produção de lixo por pessoa em comparação ao ano anterior.
Cada brasileiro produziu em média 1,062 kg de resíduos sólidos por dia. Ao longo do ano, foram 387,63 kg de lixo per capita, aumento de 2% em relação a 2013.
A quem desejar colocar 6 minutos de reflexão nestes números recomendo https://www.youtube.com/watch?t=13&v=1tYdOIqvpqg
onde poderá assistir um vídeo muito bonito e muito cristão, produzido na esteira da encíclica: Laudato si' ou "Sobre o Cuidado da Casa Comum"

6 comentários:

  1. Uma prova concreta do aumento excessivo do consumo, ditado por um modo de vida materialista voraz.
    Eta consumismo que agride veemente, assassina a "casa comum", produz miséria humana e de espírito e ainda consome o próprio ser humano.
    Parece que o brilho dele $$$ é mais atrativo que os argumentos em prol de uma conscientização da real situação. Quiçá que a papa Francisco seja escutado, não apenas ouvido, para contribuir na manutenção do cosmos da gaia.
    Um grande abraço ensolarado.

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  2. Devemos levar em consideração a crescente "evolução" das coisas para o plano dos descartáveis. Sendo assim tudo vira lixo mais rápido. Até a gente!!!

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  3. Devemos levar em consideração a crescente "evolução" das coisas para o plano dos descartáveis. Sendo assim tudo vira lixo mais rápido. Até a gente!!!

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  5. O lixo na história

    Se há uma característica universal que define o ser humano é a produção de lixo. As pessoas sempre deixaram e deixam restos espalhados por onde passam, lixo é uma marca da civilização. Vemos a prova disso em todas as partes, nas ruas das cidades, nos rios e oceanos e nos depósitos apropriados, os chamados lixões. Aliás, existe até uma matéria de estudo, “lixologia”, que consiste em xeretar os restos de pessoas célebres para descobrir detalhes de suas vidas. Nossos museus exibem objetos salvos dos restos de outras épocas: moedas celtas, cerâmicas egípcias e marajoaras, porcelanas chinesas, tecidos astecas e incas, objetos de culto maias, armas e instrumentos de uso domésticos diversos. A lista é interminável, e as peças contam a mesma história genérica: os humanos fazem objetos, usam-nos e depois os descartam, jogando-os fora como coisas imprestáveis, ou ocasionalmente ofertando-os numa cerimônia fúnebre, como os sepultamentos de pessoas importantes, sepultamentos os quais os egípcios praticaram em grande escala.
    Esse lixo, esses restos de culturas passadas são a base da arqueologia. Lembrando que arqueologia é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes objetos móveis ou imóveis. Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente, como os canais de irrigação, as escavações para retiradas de minérios, as represas, os desmatamentos etc.
    As moedas, os cacos de cerâmica, os ossos, os tecidos, os objetos de uso corriqueiro, as armas e as construções das eras passadas nos fornecem vestígios do comportamento de nossos ancestrais, de como geriam suas economias, de suas crenças, de seus níveis tecnológicos e do que era importante para eles. O que os arqueólogos recuperam em suas escavações são imagens de vidas passadas, mas essas imagens não são tiradas prontas do solo: elas são reconstruídas lenta e meticulosamente a partir de informações contidas nos objetos encontrados. A arqueologia é uma investigação policial, na qual todos os personagens estão ausentes e só sobreviveram alguns fragmentos desconexos de seus pertences. Contudo, tem sido possível, em muitos casos, preencher os detalhes da história. Muito conhecimento do que se faz e alguma imaginação combinados são ferramentas eficazes para completar as lacunas. É como um jogo onde, numa série, faltam alguns números e cabe ao desafiado encontrá-los. Os arqueólogos sabem, por exemplo, como os incas operavam sua economia altamente estruturada de bem estar feudal e como os romanos organizavam seu império expansionista.

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  6. Continuando

    Enquanto o trabalho de detetive envolvido na reconstrução dessas civilizações é intrincado, os arqueólogos que se interessam pelos primeiros estágio da evolução humana, olham com inveja a documentação abundante dos períodos mais recentes. Um dos aspectos mais evidentes da história humana é o aumento constante na produção de lixo, tais como artefatos, roupas e objetos de uso doméstico. À medida que a busca retrocede em direção às nossas origens, encontram-se registros arqueológicos cada vez mais escassos. Em algum momento entre dois e três milhões de anos atrás, os artefatos humanos desapareceram completamente dos registros arqueológicos. A tarefa de descobrir o que faziam nossos antepassados mais antigos torna-se uma tarefa mais difícil na medida em que se retrocede no tempo. Inferência: quanto menos “civilizado” menos lixo! Então, logicamente, quanto mais tecnologia o Homo adquire, mais lixo produz e mais “rastros” deixa, seus descartes são proporcionais ao nível tecnológico que desfruta. Se nossa civilização desaparecer e, depois de milhares de anos, algum alienígena aqui chegar, não teria a menor dificuldade em reconstruir a cultura de nossa era, o lixo que produzimos seria uma enciclopédia aberta para que eles lessem nossa história.
    Assim, a despeito de estarmos entupindo o Planeta com nossos despejos, resta-nos o discutível consolo de estarmos deixando uma assinatura que servirá para mostrar para a civilização que vier depois da nossa, - em consequência de nossa extinção quando o asteróide chocar-se com a terra - como não fazer as coisas. Nosso lixo, escrito em forma de polímeros e restos industriais e domésticos que levam milhares de anos para degradar, é a Pedra de Roseta que deixamos para a posteridade! JAIR, Floripa, 05/07/11.

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