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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

13.- De fazeres e lazeres com carnaval ausente aqui!

ANO
 12
FÉRIAS 2018
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3340



Esta é mais uma edição — a terceira da série ‘férias em Lisboa 2018’ — inserta em alguns assentamentos do ‘diário de um viajor’. Narro algo de nosso domingo e segunda-feira lisboeta.
O domingo, 11 de fevereiro, chuviscoso, mesmo que menos frio. Tínhamos, mais uma vez, muito a conversar com Joe & Teresa, que o café da manhã, que em Portugal se chama ‘pequeno almoço’ se transformou naquilo que os ingleses denominam ‘branch’: café da manhã + almoço.
Já assava do meio doa quando a Gelsa e eu fomos ao Museu de Arte Moderna do Chiado. Ali entre algumas exposições destacamos duas: #1 A MÃO-DE-OLHOS-AZUIS-DE-CÂNDIDO PORTINARI, que mesmo constituída de apenas dois obras, poucas vezes disponibilizadas ao público (Tocadores de Chorinho e Cavaleiro do Carnaval) eram acompanhadas por um excelente vídeo onde era destacado “o Pintor Social” onde conheci uma dimensão política do pintor. #2 GÊNERO NA ARTE, CORPO, SEXUALIDADE, IDENTIDADE E RESISTÊNCIA com uma riqueza de informações acerca de uma temática muito nova.
Do alto do Chiado descemos, numa diversificada paisagem, até às margens do Tejo, onde visitamos o Mercado da Ribeira Alta e nos impressionamos com a praça de alimentação, tomada de gente fruindo de pratos dos melhores restaurantes, produzidos por renomados chefs a preços mais populares.
À noite fizemos extensa caminhada com Teresa & Joe para ir jantar, onde o melhor foi privarmos de seleta conversação com nossos anfitriões. Era também a despedida do Joe, que no dia seguinte retornava à Londres.
A segunda-feira foi ensolarado com céu de brigadeiro. E isso era significativo por visitarmos então a Fundação Calouste Gulbenkian, onde aos lado de conhecermos um dos maiores e mais ricos museus pudemos fruir um pouco dos lindos jardins, com os mais diversos recantos. Foi significativo ver na livraria o livro de Química Orgânica, do Morrison & Boind — no qual conheci pela primeira vez o nome Gulbenkian — que usei como aluno e depois como professor de Química Orgânica na PUC.  
Ao entardecer da agradável segunda-feira, nos encontramos com a Teresa para um programa aparentemente trivial: andar de bonde gaiola, partindo do Cemitério dos Prazeres. Os elétricos como são chamados os bondes aqui servem a população em algumas linhas, mas são tomados pelos turistas, que os preferem pela excentricidade do meio de locomoção e também pela facilitação no trânsito por ruas íngremes. Eu me lembrei muito dos bondes gaiolas que muito usei em Porto Alegre, quando comecei a estudar no Júlio de Castilhos em 1958, especialmente do ‘São João’ que me levava até a Praça Parobé, para então subir até a Riachuelo tomar outro bonde para a Azenha. 
Nesta programação assentei-me para papo com o Fernando Pessoa.
O jantar à noite marcou a despedida que nesta manhã de terça-feira retornou a Londres. A Gelsa e eu vamos fruir mais quatro dias a simpática capital portuguesa, que certamente produzirá outros relatos aqui.
Mesmo que aqui na se festeje o Carnaval vibramos saber que um mote do carnaval brasileiro este ano é “Fora Temer”. Sempre resta uma esperança, muito obrigado Paraíso da Tuití!

4 comentários:

  1. Imagino que andar por Lisboa é fruir de parte da nossa própria história. Ou Brasil foi apenas colônia de férias portuguesas? Descanse Mestre, pois 2018 parece que vai começar...promete. Acordaremos ou continuaremos a sambar um samba fake produzido em container chinês ao balanço das águas oceânicas? Um verdadeiro "samba vampiro". Abraços.

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    1. Muito querido Vanderlei,
      sou devedor de muitos agradecimentos a teus comentários.
      Realmente muito de nossa história está em Portugal (especialmente na torre do Tombo)

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  2. Saudações sorocabanas Chassot! Quem dera Sorocaba conservasse alguns de seus bondes, quando em 1935 podiam trafegavam pelas ruas centrais. Existe, na atual Praça 9 de Julho, um ponto do bonde da época. O espaço permanece, mas os bondes se foram. Não há memória que garanta continuidade das tradições quando o "progresso" econômico determina a História. Isso à parte, vê-lo ao lado de Fernando Pessoa é um privilégio a ser compartilhado, como tu o fazes. Nossa gratidão! E por falar na Tuiuti, ela ficará para a História do Brasil, sem dúvida alguma! De forma certeira "lavou-nos" com o grito a nos unir: Fora Vampiro Temer!!!

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  3. Meu querido amigo Élcio,
    ainda não consegui acertar o passo neste recomeço de verdade de 2018.
    Obrigado por teus sempre doutos comentários.

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