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segunda-feira, 28 de julho de 2014

28.- ACERCA DE UM ENCANTADOR DE FALCÕES


ANO
 8
Na semana do 8º aniversário
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2848


Uma semana muito especial esta que se inicia hoje. Nesta contemplaremos com a transição de julho para agosto. Há nela uma dimensão especial: começa no Centro Universitário Metodista do IPA um novo semestre letivo, no qual estrearei em uma nova disciplina e terei novas turmas na Universidade do Adulto Maior, na graduação e na pós-graduação. Também nesta semana, mais precisamente, na quarta-feira, este blogue completará oito anos.
Na edição de sábado, quando encerrava minha jornada sergipana de menos de 48 horas, comentava que além de três palestras e uma banca teria ‘um plus a mais’. Citei estar previsto para aquela manhã dois pontos sumarentos: 1) a feira de sábado de Itabaiana e 2) parque dos falcões. Então, mesmo que tivesse feito algumas leituras acerca do Parque dos Falcões, não imaginava que minha colega Edineia Tavares Lopes, que tem expertise em anfitrionar, me brindaria com um espetáculo tão emocionante.
Parque dos Falcões — www.parquedosfalcoes.com.br — foi construído por meio do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia, este tornou-se "cúmplice" de Percílio no ano de 1999.
Aos 7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus) e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Alexandre, Hoje, Tito tem quase 30 anos e o Instituto cuida de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos etc.
Na minha visita aprendi a ver as aves de rapina sem preconceito — menos como "assassinas sanguinárias" e mais como predadoras com papel fundamental na cadeia alimentar — e utilizar as habilidades específicas de cada espécie para serviços práticos, como manter livres as proximidades de pistas de pouso para evitar acidentes com aviões e controlar o ataque de aves granívoras a lavouras.
Mas, de tudo que vi ouvi na manhã de sábado — e por mais de duas horas acompanhei magníficas aulas de Alexandre — nada me emocionou tanto quanto conhecer Percílio (comigo na foto de Edinéia).
José Percílio Costa é autodidata na arte da falcoaria (adestramento de aves de rapina), ele fala com pássaros e consegue realizar em poucas semanas o que muitos demoram meses.
Percílio, como é conhecido, com poucos anos de escolarização formal, gago e, ao mesmo tempo, fanho, com autodidatismo, consegue o que muitos doutores não passaram nem perto. Não é sem razão que é professor convidado de universidades e atende a convites para palestras no exterior.
Percílio é o idealizador do Parque dos Falcões, local de acolhida, abrigo e treino de aves de rapina. Os segredos da falcoaria, símbolo de requinte na Era Medieval (só os nobres podiam dedicar tanto tempo a esse esporte de adestrar aves de presa), são aplicados ali de maneira inédita. A maior diferença é que em todas as falcoarias do mundo as aves são condicionadas pela recompensa com alimento, enquanto Percílio substitui comida por carinho.
Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.
Com apoio de www.revistabrasileiros.com.br /2013/04/17/o-lado-alado-de-um sergipano/

8 comentários:

  1. Ave Magister,

    pareces Júpiter e seu açor, postado do alto do Monte Olimpo, observando os mortais com fascínio.

    Abraços encantados,
    Hefesto

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    1. Muito estimado colega Guy,
      durante minha frutuosa estada no parque dos Falcões lembrei-me de teu trabalho. Uma conversa com Percílio e Alexandre te encantaria.
      Coloca o Parque dos Gaviões na tua agenda de trotamundo.
      Uma boa semana e obrigado por te ter leitor aqui,

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  2. Um lindo contraste de imagens no dia em que o mundo relembra com tristeza os 100 anos da eclosão da Primeira Guerra Mundial.
    Faz pensar na relação homem-natureza.

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    1. Muito estimado Vanderlei,
      primeiro meus agradecimentos pelos sempre distinguidos comentários aqui.
      De registrar que eu não havia feito a bem posta e oportuna conexão (centenário do início da primeirra guerra <> o encantador de falcões).
      Que te pareceu o prestígio conferido a URI pela presença da camiseta em fotos.
      com cada vez nais espraiada amizade

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  3. Devo confessar: Fiquei a me questionar reflexivamente sobre o "porquê" desta camiseta a estampar tal slogan. Pensei: "Coisas do Mestre"

    Fraternalmente,

    Vanderlei.

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  4. É de se reconhecer como atitudes simples de gente simples fazem uma grande diferença.

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  5. Salve, Antônio,
    Fizeste a 'Suma scientiae' qual Tomas de Aquino: Um quase iletrado fez/mais (para) Ciência que nós doutos cientistas.

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  6. O céu é das aves

    Desafiando os ares lá no azul profundo
    Sobre o tapete de nuvens e sob o céu
    Ombreando com aves donas do mundo
    Ao vê-las o homem deixa de ser incréu.

    Porque humano não foi feito para voar
    Acabou porisso fazendo esse tal avião
    E colocou-se enfim em outro patamar
    Elemento onde voa a águia e o falcão.

    Contudo essa tosca máquina aeronave
    No firmamento é somente uma intrusa
    Porquanto naquele lugar domina a ave
    E um aparelho que voa apenas o usa.

    Então todos os pássaros em conclave
    Para o aviador representam uma musa.

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