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sexta-feira, 25 de julho de 2014

25.- EXTRATO DO DIÁRIO DE UM VIAJOR


ANO
 8
EDIÇÃO
 2845


Estou mais uma em Itabaiana, no estado de Sergipe, na Região do Agreste Sergipano. Itabaiana é a quarta maior cidade de Sergipe, marcada por seu casario colonial, dista 54 km da capital, Aracaju.
Vale lembrar que Sergipe é o menor dos estados brasileiros, ocupando uma área de quase 22 mil km², pouco maior que Israel. O estado do Amazonas, o maior estado brasileiro, é mais de 71 vezes maior em área que Sergipe.
Este meu estar aqui hoje oferece uma dimensão da extensão territorial do Brasil e da precariedade de nossos meio de transporte. Saí de minha casa às 4h30min e cheguei ao hotel, aqui, 14 horas depois. Eis alguns paradoxos: Fiz dois voos de cerca de 100 minutos cada: Porto Alegre/Rio de Janeiro e Rio de Janeiro/Salvador. Nesta cidade esperei mais de 4 horas para num voo de 30 minutos, chegar a Aracaju, destino final (aéreo). Isto é, nas 14 horas de viagem, há cerca de 4 horas de voo.
Mas para quem fala tanto saberes primevos e pensamento mágico, esta viagem passa ter uma marca. Cheguei a Aracaju, afônico, provável consequência das duas falas de quarta-feira em Osório e Três Cachoeiras. Na viagem de Aracaju para Itabaiana, quase não pude conversar com o prof. Hélio que, atenciosamente, foi esperar e que conhecia então. O motorista que ouvia as discussões sobre agenda: uma palestra à noite e duas e mais uma banca no dia seguinte (hoje), perguntou-me: “o senhor deseja ficar curado na hora? “Claro que quero!” E a aí o Jeferson foi categórico: “Deixa comigo!” Entre sussurros, fiz-me interrogante, pensando minha fala da noite. 
Ele não sonegou a receita de sua poção mágica? Conhaque de alcatrão de São João da Barra, mel e um pouco de pimenta. Fizemos um desvio na viagem. Fomos à Areia Branca, município lindeiro de Itabaiana. Havia um ingrediente que não estava em uma botica, mas numa bodega. O trecho final da viagem fiz sorvendo a preparado que o bodegueiro antes abençoara. Pensamento mágico funciona. Basta crer. À noite, falei na Universidade Federal de Sergipe, por mais de duas horas a alunos e professores do PIBID. Claro, que a Ciência ajudou, com um bom microfone e caixas de som.
Hoje pela manhã vou à Aracaju para a palestra O que é Ciência, afinal? para professoras e professores da rede estadual de Sergipe. Almoço em São Cristóvão, no dia de seu padroeiro, onde está o Campus da UFSE —. São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e foi a primeira capital de Sergipe, foi fundada por Cristóvão de Barros, no dia 1º de Janeiro de 1590, época em que Portugal estava sob domínio do Rei Felipe II da Espanha.
À tarde, volto a Itabaiana para a palestra de encerramento do VI Encontro Estadual de Química (ENESQUIM) e às 18h, concluindo o meu roteiro sergipano de cerca de 48 horas faço parte de uma banca de qualificação do mestrado Arlindo Batista de Santana Filho no Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática.
Em tempo: absolvo-me da ser acusado de charlatão por divulgar práticas curandeiras e depor acerca de seu efeito (quase) milagroso.

4 comentários:

  1. Prezado professor Chassot,

    vejo que está com uma agenda um tanto intensa. Confesso que o nome conhaque de ALCATRÃO assusta - por saber que alcatrão não é um termo químico tão amigável.
    Um abraço cordial!
    Dirceu (Campo Grande-MS)

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    1. O extrato sergipano funcionou. A palestra está ótima. Professora Wilma- Escola Supletivo Severino Uchôa.

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  2. Mestre Chassot, tenho também uma receita mágica dos tempos de minha avó. Confesso que assim que soube fiz pouco caso do "remédio", porém com a constatação do seu efeito fiquei fã. Trata-se de mordiscar um pedaço de casca de romã seca. Por incrível que pareça não há inflamação na garganta que resista. Gostaria ainda de saber qual a explicação científica para esse efeito.

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  3. Um verdadeiro mestre não cansa de viajar.

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