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sábado, 1 de outubro de 2011

01.- Acerca de uma sexta-feira soteropolitana

Ano 6

SALVADOR

Edição 1885

Já é outubro. O décimo mês do ano no calendário gregoriano deve o seu nome à palavra latina octo (oito) [ vale o mesmo para 7mbro, 9mro e 10mbro], dado que era o oitavo mês do calendário romano, que começava em março.

Ontem, na clausura da edição referi que era o ‘dia da Bíblia, por ser o dia de São Jerônimo (Strídon, c. 347 - Belém, 30 de Setembro de 420). Ocorre que na data da morte ddo tradutor da Bíblia no século quarto, em 1452 (1032 anos depois) é editada a Bíblia de Gutenberg, o primeiro livro a ser impresso no Ocidente. Para alguns este feiro marca o inicio dos tempos modernos. Não sei se Gutenberg escolheu de propósito o 30 de setembro. Talvez seja oportuno recordar que Jerônimo é alvo de muitas críticas em sua tradução, do que ele se defende ao referir à dificuldade de traduzir para latim os textos ao ter que manter, simultaneamente, o seu sentido original mediante uma tradução literal dos mesmos. Lembro isto, pois na manhã de ontem, recebi críticas de um linguista ao comentar duas versões do Gênesis acerca da criação da primeira mulher, podendo ter havido uma Lilith antes de Eva. Meu interlocutor, mesmo linguista, não admitiu pudesse ter havido um apagamento de certo trecho.

Mas isto é lateral à edição de hoje que, uma vez mais se faz diário de um viajor, indisciplinando-se ao paradigma de que sábado seja dia de dica de leitura. Assim, aqui e agora, a trazida de algo sobre a data que marcou o encerramento de setembro, que na minha história pessoal passara a ser evocado como o mês das sete viagens, a seis estados onde fiz catorze palestras.

Fui para o Campus da UNEB de Salvador (um dos 39 campi da UNEB – e só isto traduz a pujança de uma Universidade estadual a fazer invejas aos gaúchos com sua minguada UERGS) com o Carlos – que me trouxera do aeroporto na quinta-feira --, que aditou mais um capítulo das tórridas histórias de sua linda noiva – da qual trouxe uma coletânea de fotos no notebook. Uma hora de deslocamento passou voando, num trânsito a passos de cágado.

Na UNEB cabia-me a fala plenária para os participantes da XV Jornada de Iniciação Científica. O tema do evento, na edição deste ano era: Ciência e senso comum: A química dos povos da floresta. Os participantes eram docentes e discentes das diferentes áreas do conhecimento vindo dos diferentes campi da UNEB. Centrei minha exposição sobre a necessidade estarmos atentos aos saberes primevos – principalmente a aqueles que estão em risco de extinção e estão na mira da biopirataria -- e deles fazer saberes escolares. Além de uma exposição teórica relatei experiências que venho fazendo nessa dimensão há alguns anos. Fiz isso a um auditório atento que me acompanhou por cerca de 1,5 hora, seguida de alguns significativos questionamentos.

Destaco dois comentários sobre minha exposição: um, aquele de dois professores da área das Ciências Agrárias que destacaram o quanto meus exemplos foram pertinentes e muito adequados. Outro, do funcionário do audiovisual, que disse o quanto para ele foi bom ouvir minha, que disse ter acompanhado integralmente.

Depois de receber ‘recordação’ da XV Jornada de Iniciação Científica autografei alguns livros e tirei fotos com participantes do evento. Recebi também acarinhamentos de amigos que, sabendo estar em Salvador vieram me escutar.

Fomos almoçar com alguns colega em restaurante que oferecia dezenas de pratos típicos baianos na modalidade de autosserviço. Pude experimentar bobó de camarão, caruru, moqueca de frutos do mar, carne de siri, pirão de leite com carne de sol, feijão tropeiro, peixão...

No começo da tarde, com o Rodnei e Miriam, fizemos um tour que inclui uma visita a famosa igreja do Senhor do Bonfim, onde inclusive amarrei uma fitinha junto a milhares de outras e marcado por religiosidade (ou pelo pensamento mágico?) e fiz três pedidos.

Estive com uma baiana que vendia acarajé, visitei interna e externamente o Forte de Mont’serrat, onde recebi uma aula de geografia sobre a famosa ‘baia de Todos os Santos’. Vi ‘en passant’ ainda outros pontos significativos: a igreja da venerável Irmã Dulce, o Mercado Modelo, o elevador Lacerda, a igreja de Nossa Senhora da Conceição da praia. As fotos são uma produção da Míriam.

A

noite, acompanhei a Gelsa, que era convidada de colegas do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e Historia das Ciências, da Universidade Federal da Bahia, onde a tarde também proferiu um seminário, depois de ter participado de uma banca pela manhã. Fomos ao “Boteco da Dona Zuzu’. Foi bom reencontrar o a Lídia, o José Luís, a Osmarina e conhecer o Jornei e o Barzan, Foi uma noite de confraternização catalisada, uma vez mais, por comida baiana.

Hoje temos já agendado uma programação turística para curtir o sábado. Desejo que esta seja uma gostosa inauguração de outubro. Peço escusa de fazer deste relato um sucedâneo a uma usual dica de leitura sabatina.

7 comentários:

  1. Caro Chassot,
    Vejo que tua jornada além de acadêmica, se tornou gastronômica e religiosa nos termos ditados pela baianidade do local. Aproveite! JAIR.

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  2. Caro Chassot,

    percebo que a tua estada ai em Salvador tem sido coroada de sucessos. Gostei da tua foto na Igreja do Sr. do Bom Fim. A Bahia é uma terra que ainda não visitei, mas está no meu roteiro.

    Um abraço,

    Garin

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  3. Meu professor querido,

    Foi um enorme prazer conhecer o professor a quem meu querido Rodnei tem muita adimiração.

    Uma grande honra poder estar presente e aprender muito com vc em sua palestra na Uneb e uma grande felicidade viajar contigo no belo passeio as ruas de nossa cidade baixa ( e registrar os momentos).

    Fiquei muito feliz e encantanda em conhecer-te pessoalmente.

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  4. Muito querida Miriam,
    obrigado pela visitação ao blogue e postar teu comentário, que nas duas últimas edição foste co-autora.
    Foi muito bom conhecer-te e o melhor estar contigo em Salvador.
    Um afago desde o aeroporto de Guarulhos de Salvador para Porto Alegre.

    attico chassot
    http://mestrechassot.blogspot.com
    www.atticochassot.com.br

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  5. Muito estimado Jair,
    Obrigado pelo acompanhamento cotidiano deste blogue.
    Um abraço desde o aeroporto de Guarulhos de Salvador para Porto Alegre.

    attico chassot

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  6. Muito estimado colega Garin,
    Obrigado pelo acompanhamento de minha estada na mí(s)tica Salvador.
    Tomara que muito próximo estar em plagas soteropolitanas
    Um abraço desde o aeroporto de Guarulhos de Salvador para Porto Alegre.

    attico chassot

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  7. Muito queridos Miriam e Ródnei,
    a Gelsa eu deixamos (juntos) Salvador prenhes da generosidade de vocês dois.
    Foi muito bom estarmos juntos e agradecidos pelas imensas provas de generosidade que vocês nos ofereceram nos dias soteropolitanos

    attico chassot

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