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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

03.- Adeus Rússia, adeus Europa

Ano 6

SAINT PETERSBURG

Edição 1826

22/23 DIARIO O que era bom... está terminando. Às 11h (às 04 de Brasília), desta quarta-feira, deixaremos o hotel, rumo ao aeroporto. Depois de quatro voos Saint Petersburgo/ Frankfurt/Londres/São Paulo/Porto Alegre deveremos estar em casa às 10h manhã de quinta feira. Assim serão 30 horas de viagem.

Afortunadamente, a URI–Frederico Westphalen, para onde viajaria na noite de amanhã (uma noite de ônibus), acordou substituir-me em uma fala agendada para esta sexta-feira. É preciso dizer que a razão da alteração da programação não foi a viagem, mas uma importante reunião que tenho na mesma data no Centro Universitário, do IPA.

A programação do último dia completo em Saint Petersburgo foi excelente. Isto de último dia tem algo não trivial, pois passa forte a sensação, do ‘nunca mais’. Quando, na parte da tarde, enquanto dedicava-me, sem a Gelsa, a busca do Museu de História da Religião – www.gmir.ru –, tendo do mesmo apenas um endereço antigo, pensei não é desta vez que vou visitá-lo, mas será, provavelmente ‘nunca’.

Este museu – antes se chamava museu do ateísmo – é o único deste tipo na Rússia e uma das poucas instituições similares em todo o mundo. A exposição permanente traça a formação e desenvolvimento da religião através da arte. Sua exposição inclui artefatos históricos e culturais de diferentes países, épocas e nações, começando com 6º século a.C. Rituais arcaico, Mitologia do Mundo Antigo, o judaísmo, cristianismo primitivo, o cristianismo ortodoxo, catolicismo, protestantismo, islamismo e budismo - são os títulos das seções da coleção do museu. A trazida da cruz ortodoxa de oito pontas tão presente nestes dias traduz um pouco desta história.

Mas, em um diário de viagem, não cabe falar do que eu não vi, mas do que eu fiz. Assim, eis algo do último dia: pela manhã primeiro fizemos um tour de carro com a Larissa, que nos levou a diferentes pontos da cidade, inclusive no outro lado do rio Neva, contanto a história de metrópole que está construída sobre um conjunto de ilhas demarcadas por 65 rios ou canais.

Também usufruímos da Larissa seus conhecimentos da recente História da Rússia, especialmente da transição do socialismo para o capitalismo, quando da Perestróica. Foi a primeira vez que podemos falar sobre este assunto com uma pessoa que vivei criticamente a situação, sendo guia, então, da estatal InterTourist para depois ser uma guia de uma das dezenas de empresas de turismos privados que surgiram com a transição.

Depois das duas horas com a guia fizemos turismo por nossa conta. Primeiro visitamos uma imponente sinagoga judaica. Sinagoga Grande Coral de São Petersburgo (em russo: Санкт-Петербургская Большая Хоральная Синагога), às vezes chamada de Sinagoga, St. Petersburg é a segunda maior sinagoga da Europa. Foi construído entre 1880 e 1888, e consagrada em 1893. Poet Osip Mandelstam chamou a Sinagoga Petersburg uma "sedutora, pródiga e fora de série". Pouco depois da fundação de São Petersburgo em 1703, vários judeus se instalaram na nova cidade. No século 18, médicos e financistas judeus ocuparam vários cargos na cidade. Catarina II atraiu empresários, industriais e médicos a São Petersburgo, mas com Nicolau I a posição dos judeus se deteriorou. Depois, sob Alexandre II, a situação da comunidade judaica tornou-se melhor. A cidade deve muito ao papel importante do judaísmo na vida russa. Assim a imensa sinagoga é o hoje um centro religioso importante. Vimos grupos rezando e outros discutindo textos sagrados.

Depois visitamos a basílica de São Nicolau, um imponente exemplo do barroco russo onde assistimos parte de um culto ortodoxo, chamando à atenção a religiosidade dos fiéis. É frustrante não se entender uma palavra. Substituo meu analfabetismo por duas fotos das muitas fotos que tomei.

Após usamos mais uma vez o metrô e nos impressionamos, uma vez mais com sua profundidade. Mesmo que ontem já tenha mostrar isso, reproduzo mais uma vez foro que fiz, de uma escada rolante. Também nos demos contas o quanto se caminha dentro das estações na busca de conexões e quanto à área central é mal servida. Fizemos um lanche, mais uma vez, na badalada Perspective Nevski, sendo que na parte da tarde, a Gelsa e eu buscamos atrações diferentes.

Visitei o imponente templo de Nossa Senhora de Kazan, a padroeira da Rússia e onde se venera um ícone em estilo grego-bizantino, teria sido pintado, segundo os especialistas, em Constantinopla, no século 13. A obra apresenta a imagem de meio corpo da Virgem carregando o Menino Jesus, que se encontra quase de pé numa atitude de benção para com sua mãe, para quem ele ergue sua mão direita.

O ícone encontra-se recoberto com uma lâmina de prata que cobre a figura e as vestimentas, deixando visíveis apenas os rostos da Mãe e do Filho. Sob a cobertura está o desenho e as cores se conservam perfeitamente, o que se leva a considerá-lo não apenas como uma peça de altíssimo valor religioso, mas também uma verdadeira obra de arte.

A lâmina que recobre a imagem data do século 13 e contém incrustações de diamantes, esmeraldas, rubis, safiras e pérolas, a maior parte dos quais foram acumuladas por diversos doadores que deste modo quiseram expressar sua devoção à Sagrada Imagem. Este ícone tem uma extensa história com diferentes que salvou a Rússia de seus invasores.

Ontem vi centenas de peregrinos, vindos de diferentes pontos ficarem horas em filas, para durante uns segundos tocarem e ou beijarem o ícone, que tem uma imensa história de ter sido recuperado de incêndio, resgatado em mercado de arte, devolvido pelo Vaticano à Igreja Ortodoxa Russa.

O templo destoa em seu estilo dos demais que se vê na Rússia, pois a imponente construção na movimentada Perspective Nevski está inspirado na basílica de São Pedro, do Vaticano, sendo que no interior e no exterior há centenas de colunas gigantescas. Trago uma foto externa e outra interna para mostrar isto.

À noite com uma janta celebramos o encerramento destes dias de Europa e mais especialmente de nossa estreia em terras russas. Fomos ao restaurante Гоголь (=Gogol), que homenageia a um ucraniano que se fez ilustre petersburgueoise: Nicolas Gogol (1809-1852) Na entrada do restaurante há um cabide para casacos com um casaco e uma cartola, que se diz original. O cardápio é um livro, donde as diferentes partes do menu vem com pensamentos de Gogol. Caminhamos como despedida pela Perspective Nevski onde impressionou a velocidade dos carros e sua prepotência sobre os pedestres. Mas não vimos nestes dias nem um engarrafamento ou acidente de trânsito. Era 22h20 min e ainda estava claro.

Dentro de mais um pouco vamos começar a voltar. A melhor quarta-feira a cada uma um e cada um. Provavelmente, nos leremos amanhã de São Paulo.

7 comentários:

  1. Caro Chassot,

    a essa hora deves estar em algum voo. Imagino que andes fisicamente cansado, mas de alma lavada pelas inúmeras visitas à museus, cidades e templos. De minha parte valeu a pena ter acompanhado a tua viagem, pois descobri detalhes que nunca imaginara.

    Um bom retorno e um forte abraço,

    Garin

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  2. Caro amigo.
    Desejo a vc e à Gelsa um ótimo retorno, com a certeza de que a viagem foi encantadora. Fiquei deslumbrado com os relatos e fotos e acho que viajei um pouco com vcs...
    Abs
    Renato

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  3. Boa tarde
    Podia ter passado por aqui e não deixar «rasto» dessa passagem. Não o fiz!
    Podia ser passado por aqui e, como é habitual, tecer inúmeras considerações - muito positivas - ao proprietário deste blogue, pelo aqui postado. Não o fiz!
    Não o fiz porque gosto de "registar" as minhas passagens e e tecer considerações pessoalmente - não virtualmente.
    Abraço
    Paulo
    Portugal

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  4. Caro Chassot,
    Se quisermos deslindar a história humana, uma forma é abordar a história das religiões sem dúvida. Imagino que o Museu da História da Religião se constitua num fantástico local onde o acervo demonstra todas as nuances da inclinação humana para acreditar, para ter fé no supranatural. Bom regresso e seja bem vindo ao Patropi, JAIR.

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  5. Prof. Chassot,

    nós, professores da UNEB, estamos tentando entrar em contato para convidá-lo a nos visitar mais uma vez. Há um convite em teu email com mais detalhes.

    Desejo um ótimo retorno para ti e para tua Gelsa.

    Abraços saudosos

    Ródnei

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  6. Caro Chassot,

    deves estar alto a essa hora, talvez uns 10.000 pés. Estou orando por ti e pela Gelsa, por um bom regresso.

    Um abraço,

    Garin

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