TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

15.- Dia Mundial Sem Carro 2010

Porto Alegre Ano 5 # 1504

O ciclone extratropical bandeou-se para o Atlântico. Mesmo que danoso, sempre parece poético seu nome. Manhã mais fria hoje: em torno de 10ºC.

Falta uma semana para o dia 22. Hoje este blogue adere, como no ano passado, ao Dia Mundial Sem Carro 2010. Assim uma semana antes da data vale lembrar que no dia 22 deste mês, mais de 1.500 cidades vão aderir ao Dia Mundial Sem Carro 2010, em plena Semana Nacional do Trânsito (de 18 a 25 de setembro).

O Brasil tem mais de 50 milhões de automóveis circulando e é difícil imaginar que todos fiquem na garagem. Mas a data é oportunidade de repensar o uso do carro de passeio como meio de deslocamento, dentro de esforço global. Aliás, os fabricantes de automóveis deveriam repensar o modelo proposto. Ele é essencialmente o mesmo que o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871 - 1937) conheceu em uma exposição em Londres há um pouco mais de 100 anos e escreveu para sua mãe na Nova Zelândia: “Vi hoje uma carruagem que desenvolve a fantástica velocidade de 20 km/h e não precisa cavalos”. Aquele que em 1911 viria propor um modelo de átomo nuclear conhecia o invento do industrial estadunidense Henry Ford (1863 - 1947): o Modelo T, movido por um motor de quatro cilindros, datado de 1908. Desde então o protótipo da carruagem, burramente, continua sendo seguido.

O evento começou em 1997, na França, e ganhou o mundo nos últimos 12 anos, com o objetivo de servir de alerta para reduzir as emissões de gás carbônico, um dos seis gases mais poderosos do efeito estufa. O movimento chegou ao Brasil em 2001. Desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. E a proposta é, exatamente, deixar o carro em casa e se deslocar - para o trabalho ou para qualquer outra atividade - utilizando formas alternativas de transporte com menor impacto ambiental, como o transporte coletivo, a bicicleta ou mesmo indo a pé. Assim, diminui-se a quantidade de veículos nas ruas e reduz-se os congestionamentos - e a poluição por tabela. A bicicleta é o símbolo desse movimento.

Trata-se de um manifesto-reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.

A proposta do Dia Mundial Sem Carro é que as pessoas deem três passos simples: 1)Passem um dia sem carro; 2) Observem de perto o que acontece em sua cidade nesse dia; 3) Reflitam pública e coletivamente sobre o que mudou e o que pode ser feito a partir de então.

Algo que surpreende hoje, é o quanto muitas cidades têm problemas de transito. Ainda, há uma semana, às 7h da manhã, não encontrava lugar para estacionar, na pacata Estrela, para chagar a Maternidade onde nascia meu neto.

Eis um dado que surpreende: Um veículo a cada dois lares gaúchos. Símbolo do novo poder econômico, o carro está cada vez mais inserido na vida das famílias brasileiras e gaúchas. No Rio Grande do Sul, a cada 10 residências cinco já contam com pelo menos um automóvel na garagem, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2009 (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. Esse avanço tira o sono de autoridades e especialistas em trânsito e ambiente, pelo reflexo direto no aumento dos acidentes fatais, dos insuportáveis engarrafamentos e na baixa qualidade do ar.

Vamos tentar fazer da próxima quarta-feira, um dia diferente: um dia sem carro. E que hoje seja um dia muito bom.

2 comentários:

  1. ficarei de fora desta... :(

    pois nem carro tenho para aderirir... Mas divulgarei a proposta e tentarei fazer meu pai "ir a pé",

    e, sim, que hoje seja um dia muuuito bom!

    ah, será um sonho receber a Filosofia dos Sonhos! :D

    ResponderExcluir
  2. Marília querida,
    não estás fora, mesmo sem carro enquanto divulgares a campanha,
    O Planeta agradece tua oportuna adesão.
    Um afago
    attico chassot

    ResponderExcluir