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sábado, 2 de dezembro de 2017

02.- Inhumas e Araruna: com previstos & imprevistos


ANO
 12
LIVRARIA VIRTUAL em
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3327


A blogada inaugural às edições de dezembro pode ser considerada um excerto do 'meu diário de bordo' acerca de meus navegares por partes deste imenso Brasil. Narro sucinto relato desta semana que foi sumarenta, mesmo com lamentável imprevisto.
Na noite de segunda-feira houve a penúltima sessão do ano do Fronteiras do Pensamento. Ouvir o britânico Nial Ferguson foi uma experiência muito significativa. Ouvir historiadores sempre é interessante, mesmo que muitas vezes discordemos dos óculos por eles usados para olhar os acontecimentos. A crise da civilização ocidental, particularmente da Europa e também análises sobre os Estados Unidos combalido pelo trafego de drogas foram muito válidas. As especulações de um conferencista ganham outros contornos quando se diz estar ele entre as cem pessoas mais influentes do Planeta.
Já na terça-feira começou uma inusual viagem que ainda se prolonga neste sábado, quando faço este relato diretamente da capital da Paraíba, recém sabendo que a primeira etapa de meu voo foi cancelada.
Então, à madrugada de terça-feira viajei Porto Alegre / Congonha / Goiânia. No aeroporto de Santa Genoveva era aguardado pela professora Maria Angélica, do Instituto Federal Goiás. Ela teve ação decisiva para conseguir ir a Paraíba desde Goiás. Após um café fomos à Inhumas, uma cidade de quase 60 mil habitantes na Região Metropolitana de Goiás. Para tal percorremos em quase 1,5 horas cerca de 40 km de intenso tráfego. Para o almoço Maria Angélica e eu tivemos a companhia Danila, também professora do IFG.
Ao entardecer participei com mais seis autores de uma mesa-redonda acerca de nossas produções literárias. Esta atividade antecedeu a palestra A Ciência é masculina? E, sim senhora! que fiz a atento auditório, que antes aderira ao usual Fora Temer”. Houve ainda uma sessão de autógrafos e muitas fotos. A extensa terça-feira foi concluída com saboroso jantar regado com excelente conversação, com os professores Guenther, Lorenna, Ramon, Danila, Ghesley sobre Educação e seus atuais desdobramentos.
Na manhã de quarta-feira fui ao IFG Campus de Inhumas para autografar alguns livros. Após almocei com um grupo de colegas professores IFG e à tarde ministrei uma oficina envolvendo história da ciência e propostas indisciplinares. Ao final da tarde retornei a Goiânia com  Maria Angélica ficando em hotel próximo ao aeroporto, para no dia seguinte ter facilitada a viagem à Paraíba.
Foi uma noite memorável com a esplendorosa vitória do Grêmio na Libertadores de América. Mesmo sozinho senti-me alegremente irmanado  a irmãos, filhos e a Gelsa, nos comunicando pelo WhatsApp.
A quinta-feira, último dia de dezembro, excepcional, já antes das cinco horas deixava o hotel em Goiânia rumo ao aeroporto Santa Genoveva levado, uma vez mais, pela atenciosa Maria Angélica. Começava então uma viagem extensa: Goiânia / Belo Horizonte / Recife / Campina Grande e desta Metrópole nordestina viajei por, por quase três horas, via rodoviária, à Araruna. Chego mais de uma hora após o início previsto para o curso. Mas entro, imediatamente, em auditório da Universidade Estadual da Paraíba, com cerca de uma centena de alunos e professores participantes da III Semana de Educação Científica e por duas horas mostro como a História da Ciência pode catalisar ações indisciplinares. Após autografar vários livros jantei com os colegas da UEPB Alessandra e Rui. Foram muito bons momentos de gostosas fruições.A seguir tudo que eu queria era dormir; estava cansado.
O primeiro dia de dezembro foi magnífico; pela manhã dei, por cerca de quatro horas, a segunda parte do minicurso, começado no dia anterior, com um sucesso de participação e de discussões. À tarde, depois de ter almoçado no próprio campus da UEPb no Nega Joana fiz a palestra de encerramento do evento: Uma brecha entre o nosso passado e o nosso futuro. Para ler o passado usei Sapiens e para o futuro outro livro de Harari Homo Deus.
Depois de termos mirado o passado e o futuro para espiar a nossa brecha neste presente propus uma reflexiva sinfonia em três movimentos: Primeiro movimento: uma protofonia marcada pela busca da utilidade dos saberes inúteis; Segundo movimento: um adágio acerca das exigências de estar em um (novo) mundo da Academia hoje; Terceiro movimento: um alegro contendo um apetitoso convite para deixar nossa ilha e navegar por outros mares.
Encerrado o evento com muitas despedidas, algumas marcadas pela gostosa sensação de que estávamos juntos há muito. O clima era de gostosa amizade.
Com o professor Altamir, Coordenador Geral do evento viajei à João Pessoa para na manhã de sábado estar mais perto do aeroporto e retornar à Porto Alegre. Na capital, tivemos a companhia da Elan, noiva do Altamir para saborearmos farta porção de meca — peixe que desconhecia.
Na manhã de sábado, às 5h, Elan e Altamir já estavam no hotel para trazer-me ao aeroporto. Ao pretendido check-in soube que o primeiro segmento do voo fora cancelado. Sonhos de chegar se esboroam. Pode haver imprevisto entre os eventos previsto. Esperar é preciso.
Pensava aproveitar as 5 horas de estada no aeroporto de João Pessoa para escrever e postar esta blogada. Ilusão, não havia internet. Fui à Infraero e à Polícia Federal: realmente não havia internet. Procrastino a solução para Belo Horizonte. A viagem de 2,5 h à Capital Mineira foi indormível, pois segundo o Comandante havia muito buraco na estrada.
Assim só à meia tarde posto essa edição.
Viajo às 18h30min para Campinas e devo partir às 21h para Porto Alegre com chegada prevista às 22h40min ou seja mais de 10 horas de atraso.
Ao fim e ao cabo, concluo o quanto foi significativa aditar (= na acepçãp de ser ditoso) Inhumas e Araruna na minha história de professor. Atrasos são usuais. E eles não me fazem encantar-me menos com os homens e mulheres que fazem Educação com os quais convivi nesta jornada. Valeu, mesmo! 


6 comentários:

  1. Querido Chassot, muito obrigada pelos MAGNÍFICOS momentos em Goiás!!!
    Foram dias MARAVILHOSOS, que jamais serão esquecidos!!!!
    Receba o meu abraço caloroso!!!

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    1. Muito querida Danila,
      foram menos de 30 horas em Inhumas, mas estas foram tão produtivas e sumarentas que parece que estive com os atenciosíssimos colegas do UFG mais de uma semana.
      Com espraiada admiração
      (seguem dois post-scripta)
      #1 Como não tenho teu correio eletrônico, faço cópia para a Maria Angélica.
      #2 Como dentre os colegas do IFG de Inhumas te senti das mais entusiasmadas pela cidade, recomendo ver o que diz o escritor Élcio — nesta postagem — em seu comentário sobre a ave símbolo de Goiás,

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  2. Querido Mestre!
    Além de prazerosa companhia é uma personalidade vigorosa e encantadora.
    Sem dúvida será sempre para mim referência e exemplo na estrada da docência. São poucos os mestres que conheci que possuem sua disposição e paixão. Poucos que possuem a coragem de afirmar a “indisciplina”. Como afirma Goethe “Ousadia tem genialidade, poder e magia”. Em tempos de profunda racionalização e de “humanidade desumanizada” seus ensinamentos ampliam a esperança por um mundo radicalmente diferente.
    O relato acima é deliciosamente divertido e faceiro porque soube transformar até o mais desagradável imprevisto num momento especial. Em suas fartas andanças continue espalhando sabedoria e contribuindo com o desenvolvimento intelectual de diferentes educandos, inclusive aprendizes como eu.
    Abraço afetuoso

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    1. Muito querida Maria Angélica,
      obrigado por ao lado de tantos acarinhamentos trazeres tão significativos depoimentos. Realmente, há que — nestes dias temerosos —aprender a rexistir. Isto tu me ensinaste neste frutuoso e generoso convívio que tive não apenas quando uma socióloga competente generosamente me transportou de Goiânia/Inhumas/Goiânia.
      Com gratidão

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  3. Amigo Chassot! Somo-me à blogada de Maria Angélica: "(...) continue espalhando sabedoria e contribuindo com o desenvolvimento intelectual de diferentes educandos (...)". Quando ouço alguém me dizer: quando crescer quero ser assim, numa brincadeira saudável de elogio e admiração ao que constata, agora, entendo tais dizeres, porque tu me fazes almejar tal crescimento. Para quem tem problemas com filas e atrasos, como eu, recebo tuas palavras como verdadeiras lições: "Esperar é preciso". Sim, tens razão, meu amigo! Parabéns pelas andadas e andanças, pelas amizades e pelos auditórios, pelos livros e autógrafos, jantares, viagens... Enfim, parabéns por espalhar sabedoria! A ave Inhuma é símbolo do estado de Goiás. Ao valoroso ente da Federação dedico um escrito que será publicado como "Aves Fabulosas do Brasil". Então, estamos mais próximos e em permanente sintonia, como de sua passagem pela bela João Pessoa e também, por Campina Grande. Mantendo os contatos e com admiração crescendo, espraiadamente, meu abraço!

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    1. Meu querido Élcio,
      ao teu comentário me aproprio de afirmação atribuída a Newton, da qual um excerto está na abertura do Google Acadêmico: “Se consegui ver tão longe é porque me apoiei nos ombros de outros gigantes!”. Que bom que possamos, de vez em vez, servir de apoio para outros verem mais longe. Na lição de humildade newtoniana aprendemos a não reinventar a roda.
      Obrigado por agregares valor ao meu blogue,

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