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domingo, 26 de março de 2017

26.— Não é apenas a Ciência que é masculina!

ANO
 11
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3279


Na edição deste blogue do dia 17MAR2017, antecipei um dos verbetes que foi aditado ao “Para saber mais” da oitava edição de “A Ciência é Masculina? É, sim senhora” que deverá circular muito breve. Então em & Lettres sur l’égalité des sexes apresentei duas possíveis precursoras de uma teologia feminina. Neste lindo primeiro domingo do outono de 2017, trago um outro verbete que certamente enriquecerá a nova edição.
O verbete hoje apresentado, como aquele do dia 17, são produtos de minha recente estada no Musée de l'Homme em Paris, quando adquiri os livros referenciados no dia 17 e nesta edição. Espero saboreiem esta avant-première.
& Laboratoire de l’Ègalité (Laboratório da Igualdade) — https://www.laboratoiredelegalite.org — foi fundado em 2010. Laboratório tem três objetivos prioritários: a) reunir os atores envolvidos na busca da igualdade; b) interpelar aqueles que decidem acerca da economia e da política; c) sensibilizar a opinião pública. Não é sem razão que França, já na Revolução de 1789, inseriu como divisa representada na bandeira francesa —também conhecida como a tricolor ou bleu, blanc, rouge — dividida em três faixas verticais (azul, branca e vermelha) as significativas palavras Liberdade (Liberté), Igualdade, (Égalité) e Fraternidade (Fraternité), na ordem que estão na bandeira. Uma e outra destas três quase idealizações devem ser continuamente conquistadas. As lutas sociais colocam, dentre as grandes necessidades de discussões, a Igualdade de gêneros. Uma das maneiras de se aprimorar esta discussão é evidenciar o quanto as desigualdades — como as discutidas no livro a seguir apresentado — ainda estão muito presentes no nosso cotidiano e precisam ser cada vez mais superadas.
Ainda 2016, Christine Détrez (2016) publica Les femmes peuvent-elles être de Grands Hommes?* (As mulheres podem ser elas Grandes Homens?) no qual afirma na capa que 97,4% das ruas de Paris tem nomes de homens. O livro de Détrez faz parte da produção do Laboratoire de lÉgalité. Do site do Laboratoire de l’Ègalité eis apenas como um exemplo de alguns números importantes da realidade francesa: 24% as disparidades salariais entre homens e mulheres; 27% mulheres na assembleia nacional; 20% mulheres entre os comentaristas com expertise chamados a comentar de notícias no rádio e na televisão; e 28% empresários do sexo feminino. Há informações de outros países sobre idênticos posicionamentos. Este verbete entra neste “Para saber mais” por conta da referência ao livro de Christine Détrez (2016). O livro é das Éditions Belin que tem uma parceria com o Laboratoire de l’Égalité e entre outros títulos uma coleção onde está o livro citado. Traduzo livremente alguns outros títulos para trazer uma amostra produções na área: “As mulheres são menos queridas (=valem menos) que os homens?”(2014), “Na televisão: os homens falam, as mulheres escutam”(2014), “As mulheres não são feitas para correr” (2015), “A Escola ensina a igualdade de sexos” (2016), “Querem os homens igualdade” (2015), A cidade feita por homens e para os homens” (2015); “As artes têm um sexo” (2014), “Nosso cérebro: tudo parecido; tudo diferente” (2015) e “Se tudo não terminasse misturado” (2014).
* DÉTRES, Christine Les femmes peuvent-elles être de Grands Hommes? Paris: Belin, 2016, ISBN978-2-7011-9380-9

Um comentário:

  1. Parece (?) que o mundo é masculino! Mesmo que todos sejamos gestados e cuidados (antes, durante e após o nascimento) pelas mulheres? E esse mundo/modelo masculino dá conta de explicar a sociedade? Por que tanta insistência? Apenas teimosia ou...

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