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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

15.- Annus horribillis



ANO
 11
Está na livraria virtual em www.professorchassot.pro.br
Das disciplinas à indisciplina
EDIÇÃO
 3232

Mesmo que ainda tenhamos uma quinzena deste ‘annus horribillis’* de 2016, cabe aqui, ao registrar ter realizado ontem a minha última palestra do ano, realizar um panorâmico balanço. Ontem, voltei ao Campus do Vale da UFRGS e em uma atividade promovida pelo #ocupaexatas, fiz a minha 65ª palestra deste ano. Não vivi as emoções que registrei aqui na blogada do dia 7. A derrota no Senado no dia anterior, quando da aprovação da PEC da miséria influía em nossos ânimos. Mas mesmo assim, por cerca de 2 horas se fez contemplações de A Ciência é masculina? É, sim senhora!
Neste ano, minhas palestras envolveram 39 viagens, a 10 estados (destes estados amazônicos). O número de atividades foi ligeiramente inferior ao ano passado. A participação em bancas (não incluídas no número de palestras) foi significativa menor este ano.
E, então, por que dar a este ano onde além da produção de um livro, capítulos de livros, artigos e mais de uma centena de edições do blogue (sempre com mais de 12 mil visualizações mensais) a classificação de ‘annus horribilis’? De meus 56 anos de magistério este foi o pior. Na sexta-feira, dia 12 de fevereiro (as aulas começariam na segunda-feira) fui inexplicavelmente demitido do Centro Universitário Metodista do IPA sem qualquer justificativa plausível. Ter perdido o estar em sala de aula (mesmo que compensado parcialmente com saborosos contatos com professores e alunos nas palestras) ainda não foi assimilado por mim. Lamento.
Também na dimensão cidadã este foi um ano ferreteado por acontecimentos lúgubres. Estes culminaram, na noite de 31 de agosto, com a consubstanciação do golpe com a defenestração da Presidenta da República, substituída por um governo golpista. Há, assim, porque muitos de nós queremos ver este ano terminar.
* Embora pareça que expressão ‘Ano horrível’ foi usada em 1891 para descrever 1870, o ano em que a igreja católica romana definiu o dogma da infalibilidade papal, ela foi trazida à proeminência pela rainha Elizabeth II, em um discurso em 24 novembro 1992, marcando o 40º aniversário de seu reinado, quando ela descreveu 1992 como um ‘annus horribilis’ por ter havido um grave incêndio no Castelo de Windsor e uma série de desenlaces matrimoniais na casa real: o príncipe Andrews, se separou da duquesa de York; a princesa Anna, se divorcia do capitão Mark Phillips; a princesa de Gales escreveu sua autobiografia Diana: sua verdadeira história onde foram reveladas as desditas matrimoniais, particularmente, o romance entre o príncipe de Gales e Camilla Parker-Bowles e, ainda  foram publicadas fotos escandalosas da duquesa de York.

Um comentário:

  1. Mestre! Realmente, podemos falar em annus horribillis para 2016. Ainda temos emoções pela frente nos próximos 15 dias, mestre, podes acreditar!

    Abração,

    Guto

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