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segunda-feira, 9 de junho de 2014

09.- SAÚDE NA COPA, ENVOLVENDO O PÚBLICO NA SAÚDE PÚBLICA


ANO
 8
Livraria virtual em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2799
Mesmo que adiramos a Heráclito e saibamos que não tomamos duas vezes banho no mesmo rio (= a vida não é monótona, com dizem outros), o correr de nossas existências tem certa rotina. Quando no ocaso de domingo olhamos a semana que se avizinha, não precisamos consultar oráculos; sabemos a agenda da semana. Esta guarda uma conformação: segunda, academia e depois aulas aqui,  terça, aulas, ali... etc.
Hoje começamos uma semana que provavelmente nenhum dos meus leitores tem lembranças precisas. A semana que inaugura uma copa do mundo no Brasil. Pode ser que alguns raros possam recordar o encerramento da Copa de 50. Não sei quem lembra da estreia de então. Logo, a quinta terá ineditismos para todos.  
Mas prometo que este blogue não será o cronista da copa. Tal não descarta, todavia, que ela seja presença aqui. Por exemplo, leio na capa de um dos cadernos da Folha de S. Paulo deste domingo. “As chances de Brasil e Estados Unidos se enfrentarem nesta Copa do Mundo são muito remotas. Mesmo assim, os estadunidenses continuam sendo os adversários mais perigosos para os brasileiros durante o evento”.
Isso ocorre porque as 31 delegações que virão ao país poderão trazer 350 pragas ainda inexistentes no Brasil. A maior ameaça vem dos norte-americanos, com 225 espécies. E pior: além de líder nas pragas, os EUA trazem o maior número de torcedores. E o perigo é real. O rastro de pragas deixado pelas delegações que participaram da Olimpíada de Pequim, em 2008, foi longo: 44 novas espécies ficaram por lá.
Nesta direção, recebi de um muito querido amigo, médico porto-alegrense, doutor em Saúde Pública, há décadas radicado nos Estados Unidos, mensagem da qual transcrevo excertos:
Querido Attico,
 [...] Vi que tens comentado sobre a Copa e por isso gostaria de compartilhar contigo uma iniciativa inovadora do Ministério da Saúde, que tenho o privilegio de assessorar. Anexo um resumo que espero dê uma ideia do que estamos tentando conseguir com esta iniciativa.
O desenvolvimento do aplicativo foi feito pela start-up EpiTrack com sede em Recife, e contamos com parceiros de ONGs internacionais: Skoll Global Threats Fund e TEPHINIET (Training in Public Health Interventions Networks).
Esperamos contar uma avaliação do uso do aplicativo na Copa para fazer os ajustes em tempo para as Olimpíadas. Estamos confiantes que esta metodologia e outros usos de novas tecnologias serão um legado para futuros eventos de massa que ocorrem frequentemente no Brasil.
forte abraço
  A seguir o texto referido:
SAÚDE NA COPA, ENVOLVENDO O PÚBLICO NA SAÚDE PÚBLICA
Os milhões de pessoas que estarão presentes no Brasil durante a Copa do Mundo FIFA 2014TM esperam ter uma experiência emocionante e prazerosa durante o período de 12 de junho a 13 de julho de 2014. Proteger a saúde destes entusiastas do futebol e da população em geral enfrenta o risco potencial gerado pela presença e intercambio de doenças infecciosas associadas a aglomeração de pessoas das mais diversas latitudes e brasileiros de todo o país. 
Pandemias e doenças emergentes podem ocorrer em qualquer momento, com a capacidade de causar morbidade, mortalidade e dificuldades econômicas catastróficas. Melhorar a oportunidade, sensibilidade e acessibilidade ao que esta acontecendo na comunidade é crítico para reconhecer e atuar rapidamente ante a eventos prioritários para a saúde nacional e mundial, e para alertar os serviços de saúde sobre como responder ao risco de disseminação de doenças.
“Saúde na Copa” é um projeto de vigilância participativa em saúde durante a Copa do Mundo FIFA 2014 que busca ampliar a capacidade do sistema de vigilância em saúde do país para detectar doenças oportunamente e desencadear as ações de controle recomendadas.
A vigilância participativa oferece a possibilidade de, em forma complementar, incluir a comunicação direta entre a fonte do evento (pessoas com sintomas) e os responsáveis pela vigilância, em comparação com os sistemas tradicionais baseados exclusivamente nos serviços de saúde. O presente projeto visa agregar um sistema de vigilância participativa (VP) ao sistema de vigilância existente e avaliar os benefícios proporcionados por um sistema integrado
Um aplicativo para navegação na internet e em dispositivos móveis desenvolvido para implementar esta vigilância participativa estabelece um enlace de comunicação bidirecional entre os responsáveis pela saúde pública e a população. Ele permite auscultar a comunidade sobre seu estado de saúde, e ao mesmo tempo dar à população os resultados desta vigilância e outras informações de saúde úteis que fomentem a proteção individual de maneira proativa.
Na modalidade de vigilância participativa que se adotará os participantes deverão informar regularmente sobre a presença ou não de uma lista de 10 sintomas comuns às síndromes febris respiratórias, diarreicas e exantemáticas por meio de computadores e dispositivos móveis. Esta operação deve demorar menos de 15 segundos.
O êxito desta iniciativa dependerá da adesão maciça da população presente no Brasil durante a Copa do Mundo FIFA 2014TM. As análises dos dados disponíveis serão mais robustas quanto maior o contingente de participantes inscritos.
A plena implementação desta iniciativa requer ainda a colaboração de um amplo espectro de instituições públicas e privadas direta ou indiretamente envolvidas na realização da Copa e principalmente tendo-se em conta as estimativas de 200 milhões de usuários de telefones celulares no Brasil, além dos visitantes estrangeiros.
A adesão a participar desta iniciativa inovadora será aberta a todos os indivíduos com 13 anos de idade ou mais os que queiram voluntariamente contribuir a esta ação solidaria. O conhecimento e as ações geradas através desta vigilância se constituem em um bem público comum cujos benefícios são coletivos, distribuídos de maneira equitativa a toda população.
Para dispositivos com iOS – procure na App Store – Clique aqui!
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6 comentários:

  1. Mestre Chassot,
    baixei o app. Obrigadíssimo.
    Estarei divulgando nas minhas redes.
    Impressionante isso das pragas que podem entrar com os torcedores.
    A admiração do
    LLL

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  2. O triste é que no "papel" tudo funciona no Brasil...

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  3. Boa tarde, Mestre Chassot.
    Seria muito bom se ao invés de termos um aplicativo para monitorar quantas pessoas com algum sintoma de alguma praga, tivessemos um sistema de saúde que funcionasse de verdade para que ao inves de sermos monitorados pudessemos contar com médicos e medicamentos.

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  4. Olá mestre Chassot, fiquei perplexa com a sua blogada de hoje. Eu realmete não sabia e nem imaginava que nós brasileiros estamos correndo o risco de sermos infectados por tantas doenças.
    Gostei muito da sua atitude de divulgar essa notícia que quase não é divulgada.
    O aplicativo é interessante, mas ao invés dele deveriamos ter uma saúde de melhor qualidade, com hospitais e médicos para nos orientar e nos atender com facilidade.

    Um abraço,
    Lethycia

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  5. Olá Mestre!
    Como essa informação de que os Norte Americanos podem trazer pragas inexistentes para o nosso país, me vem a cabeça as pessoas que querem conhecer os Estados Unidos.

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  6. Muito queridos Lethycia, Juliana & Eduardo,

    concordo com a tese: melhor se ao invés de aplicativos para sabermos acerca da saúde, houvesse uma saúde de melhor qualidade para todos.
    Por outro lado esses aplicativos, desenvolvidos para buscar detecção poderão fazer progmósticos ou mesmo dignósticos de situações de risco à saúde.
    Poe outro lado: é importante estarmos alertas às pragas adventícias com a Copa.
    Obrigado pela presença da UFJF neste blogue,
    achassot

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