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segunda-feira, 29 de abril de 2013

29 – RELIGIOSIDADE ou PENSAMENTO MÁGICO



ANO
7
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
2462
Um bom assunto para abrir a semana que encerra abril e inaugura maio: ¿Religião ou Pensamento Mágico? Eis manchete de capa de uns dos cadernos da Folha de S. Paulo deste sábado: “Angola proíbe operação de igrejas evangélicas do Brasil”. Cheguei a pensar que teríamos um dos produtos de nossa pauta de exportação zerado. Não. Há um truste privilegiado.
O governo de Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país. Segundo o governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do Estado.
"O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa", disse à Folha Rui Falcão, secretário do birô político do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e porta-voz do partido, que está no poder desde a independência de Angola, em 1975.
Cerca de 15% da população angolana é evangélica, fatia que tem crescido, segundo o governo. Em 31 de dezembro do ano passado, morreram 16 pessoas por asfixia e esmagamento durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda. O culto reuniu 150 mil pessoas, muito acima da lotação permitida no estádio da Cidadela.
O mote do culto era "O Dia do Fim", e a igreja conclamava os fiéis a dar "um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas." O governo abriu uma investigação. Em fevereiro, a Universal e outras igrejas evangélicas brasileiras no país — Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém — foram fechadas.
A ilustração é da Editoria de Arte/Folhapress como o texto é parte da Folha de S. Paulo de27ABR13.
Todavia há algo interrogante: Medida do governo angolano assegura 'monopólio' à Universal. No dia 31 de março deste ano, o governo levantou a interdição da Universal, única reconhecida pelo Estado. Mas a igreja só pode funcionar com fiscalização dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos Humanos e Procuradoria Geral da Justiça. As outras igrejas brasileiras continuam proibidas por "falta de reconhecimento oficial do Estado angolano". Antes, elas funcionavam com autorização provisória. A Igreja Universal é ligada ao governo é leva vantagens com interdição das concorrentes.
As igrejas aguardam um reconhecimento para voltar a funcionar, mas muitas podem não recebê-lo. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado, principalmente as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar no país", disse Falcão. "Elas são apenas um negócio."
Segundo Falcão, a força das igrejas evangélicas brasileiras em Angola desperta preocupação. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio, isto está mais do que óbvio, ficam a vender milagres." Em relação à Universal, a principal preocupação é a segurança, disse Falcão.

5 comentários:

  1. Respeitar a fé de cada um é política do bom conviver. Porém o que vemos é um quadro de exploração do sofrimento e fragilidade alheia. Certa vez um "capo" do tradicional jogo do bicho me disse o seguinte:
    - Sou rico porque vendo ilusão, e ilusão não me custa nada...
    Trocado em miúdos é o mesmo dilema. Vende-se a ilusão de que aquela vida miserável, cheia de dificuldades, passará em troca de uma contribuição mensal. Já foi dito "O homem é o lobo do homem."

    abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Pensamento mágico ou superstição
    Tudo cai dentro do mesmo caldeirão
    Católica ou protestante
    Como elegias delirantes
    Somente ópio do povo, a religião.

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  3. Sou Cristão e respeito as diferentes opiniões sobre religião,embora não concorde com a maioria delas. Penso que todas as instituições e/ou pessoas(religiosas ou não) que tenham como objetivo enganar e tirar vantagens de pessoas já fragilizadas pelo sofrimento, que muitas vezes é causado pela ambição, egoísmo e falta de amor (ou pelo menos respeito) ao próximo, deveriam ser banidas, não só de Angola, mas, de todos os lugares do planeta. O que a meu ver, contribuiria para que tivéssemos um mundo melhor.

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    1. Muito querido amigo,
      nas horas que tive o privilégio de privar contigo, vi quanto és um cristão muito especial, que muito admirei. A propósito: encantou-me o texto escrito pelo pastor presidente de tua igreja (Ricardo Gondim), onde fala das ideias possíveis para um mundo possível. Realmente é um cristianismo diferenciado onde destaca o quanto a ciência pode contribuir para esse mundo melhor. Divulgo aqui o texto
      http://www.folhabv.com.br/Editorias.php?Col=3
      Com estima e admiração,

      attico chassot

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