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domingo, 3 de março de 2013

03.- UM FILME FALSO ACERCA DE UMA HISTÓRIA REAL



Ano 7***      www.professorchassot.pro.br      Edição 2403
O sábado chega ao ocaso. Não tenho nada escrito que poderia servir para a blogagem dominical. Lembro-me de meu ex-professor, o finado Pe. Guilherme Grings, cujo bordão: ‘Nulla dies, sine linea’, mesmo passado mais de 60 anos, não me deixa passar nenhum dia sem uma linha.
O sábado teve pela manhã as emoções próprias de março. Estrear em mais uma turma: o José Clovis Azevedo e eu inauguramos hoje o seminário ‘Educação e Inclusão’ no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário Metodista do IPA. Um excelente programa, para quinzenalmente discutirmos, com doze mestrandos acerca de proposta para com educação diminuirmos a exclusão.
O sábado quente oferece outro comentário. Antes porém uma ressalva. Vou comentar algo acerca de um produto cultural do qual não apenas não tenho expertise e mais, por ser um péssimo fisionomista, tenho limitações, fazem, muitas vezes, ter dificuldades de entender os filmes que vejo.
A Gelsa e eu tínhamos assistido até a noite do Oscar pelo menos cinco filmes nominados a estatuetas. Mesmo sendo um pseudo-cinéfilo, arrisco-me a citá-los na ordem de minha preferência, como um todo (isto é não, na refiro destaques de direção, música, atores...): Amour, Os Miseráveis, Intocáveis, Lincoln e Do outro lado da Vida.
Na noite de ontem, vimos o grande vencedor, do qual não sabia quase nada até o último domingo. Argo é merecedor do Oscar de melhor filme e muito menos de detalhes secretos de Argo. E, observe-se minha pretensão de estar avalizando os doutos de Hollywood.   
Auxiliado pela leitura de Rodrigo Zavala, do Cineweb, pode-se sintetizar que, com base em fatos reais, Argo mostra como foi engenhoso o resgate de seis diplomatas estadunidenses refugiados na embaixada canadense no turbulento Irã, em 1980.
A impactante narrativa centra-se na histórica "crise dos reféns" (1979-1981), em que os seguidores de Khomeini mantiveram presos, por 444 dias, 52 diplomatas estadunidenses na própria embaixada em retaliação à presença do antigo xá em território dos EUA.
 Argo conta o que aconteceu com os seis diplomatas que conseguiram escapar à invasão. Escondidos na embaixada do Canadá, esperavam que a CIA os tirasse de lá o mais rápido possível.
Entra em cena o oficial da CIA Tony Mendez (Affleck), que coordena um resgate rocambolesco. Para entrar no país disfarçado, contrata os serviços do produtor de cinema John Chambers (John Goodman) e do diretor Lester Siegel (Alan Arkin) para criarem um falso filme Argo, cuja história de ficção científica poderia ter como set de filmagens o exótico Irã.
Com aprovação dos mais altos oficiais do governo, Mendez patrocina o anúncio do filme, com contratação de atores, publicidade e até coletiva de imprensa internacional, enquanto supostamente busca locações para sua pretensa empreitada. Um jogo de cena para provar ao Ministério da Cultura do Irã que precisa entrar no país, junto com sua equipe, sob disfarce.
Apesar de ser uma dramatização, todo o roteiro é extraído de arquivos secretos, só revelados a público durante o governo de Bill Clinton, em meados dos anos 2000. E Affleck consegue trazer à tela o drama, com uma direção competente, ao mesmo tempo em que diverte pelas ironias ao mundo ilusório hollywoodiano, perspectiva à qual está muito acostumado.
Esta aí uma dica: vale ver Argo e com esta sugestão votos de um muito bom domingo a cada uma e cada um.

4 comentários:

  1. Limerique

    Era uma vez uma sétima arte
    Que criava universo a parte
    Tudo era fantasia
    Fato real coloria
    Pois esse era seu estandarte.

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  2. Uma nova tarefa, muito embora em sendas conhecidas, é sempre um desafio. A busca pela superação é inerente aos sábios.Daí a preocupação do educador. Sócrates ao afirmar "Só sei que nada sei" nos doutrinava a prudência do bom professor.
    Quanto ao filme os comentários sobre o mesmo são os mais animadores. Vale a dica.

    abraços

    Antonio Jorge

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  3. Limerique

    Eis que era uma fábrica de sonho
    Que amenizava mundo enfadonho
    Trabalhava com ilusão
    E operários da criação
    Então a ela limerique componho.

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  4. Limerique

    O cinema explora alvo certeiro
    Em geral tema algo corriqueiro
    Criador de ilusão
    Em geral alto padrão
    Só é falso se se disser verdadeiro.

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