sexta-feira, 24 de maio de 2024

Uma homenagem querida

 

É já noite fechada desta sexta-feira chuviscosa que se parece garoa se lembrarmos o quase dilúvio de ontem. Há um tempo recebi uma mensagem Prof. Dr. Bruno Silva Leite, Coordenador do Curso de Licenciatura em Química – UFRPE Diretor da Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química - DE/SBQ que transcrevo um excerto a seguir:

“A Divisão de ensino da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) instituiu um prêmio (Prêmio Roseli Schnetzler-Maria Eunice Marcondes de Ensino de Química) para os educadores e educadoras químicas como uma forma de homenagear suas contribuições para a área. Na última reunião anual da Sociedade Brasileira de Química, durante reunião com os pesquisadores e pesquisadoras do ensino de Química, seu nome foi escolhido para ser agraciado com o prêmio na próxima reunião, que será realizada no período entre 22 a 25 de maio de 2024, em Águas de Lindóia/SP. O prêmio será entregue durante a assembleia da divisão de ensino de Química.

Nesse sentido, além do momento para entrega do prêmio (que será realizado durante a assembleia da divisão), gostaríamos de também lhe convidar para ser o conferencista da divisão de ensino durante a reunião anual da SBQ, que tem como tema: A centralidade da química na educação do cidadão e na inovação científica e tecnológica. Acreditamos que sua fala para a comunidade de educadores e educadoras químicas será muito valiosa. Neste mesmo evento, também iremos realizar um Workshop (no dia 22/05) que terá como ponto central suas pesquisas na área de ensino de Química.

Ficamos no aguardo da possibilidade de termos sua presença na Reunião Anual da SBQ para receber o prêmio e também participar como conferencista”.

 Quero ratificar a escolha de minhas colegas Roseli Schnetzler e Maria Eunice Marcondes serem, ícones da Ensino de Química trem seus nomes no prêmio da área da Educação Química sobejas razões senti-me distinguido. Como por ora, por combinações médicas, esse semestre não estou aceitando convites, e isso se adita a impossibilidade de viagens pois não há aeroportos em Porto Alegre.

Tive o privilégio de ter a cordial aceitação de meu querido amigo Prof. Dr. Jorge Messeder, do IFRJ.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

17/05/2024.- O PLANETA ÁGUA ENSINA SOLIDARIEDADE

17/05/2024.- O PLANETA ÁGUA ENSINA SERMOS SOLIDÁRIOS  

  É o penúltimo blogar de maio. É breve a chegada deste 2024 marcado sofrido. Nos espiam as festas juninas. Os helicópteros que referi na última postagem deste blogue continuam com os sobrevoos dantescos. Agora, quando a sexta-feira já se faz noite, o zoar parece mais tétricos. 

No nome adiro a outra notificação para o nosso Planeta. Ele realmente é mais Água do que Terra. Aprendi que nosso Planeta é três partes água  e uma parte terra. Isso me leva a especular um Planeta sem fronteiras, isto é seremos um só pais… onde tudo é de tudo! 

Isso me leva contar dois mimos recebidos enquanto pensava tema para esse blogue: 1) o meu irmão Emar, que mora em Holambra/SP fazer chegar em minha casa em Porto Alegre dois galões de 5 litros de água. 2) uma cortesia da Ambev: uma lata de 473 ml, no design de uma lata cerveja contendo água.

Encerro este blogar, com um ofertório-sugestão de um livro próprio para esses dias turbulentos, nos quais o Planeta Água nos sinaliza com alertas dolorosos: Quando voltar a ser criança seja  de Janusz Korczak (1878 — 1942) uma obra de ficção. Numa não ficção nasceríamos e cada ano regridiamos: 84/83/82...03/02/01/00

sexta-feira, 10 de maio de 2024

10/05/2024.- UMA PORTO (NÃO MUITO) ALEGRE ESFARRAPADA

 

deed  ANO

 17

      www.professorchassot.pro.br

Livraria virtual

        EDIÇÃO

       3354

       O3/05/2024

10/05/2024.- UMA PORTO (NÃO MUITO) ALEGRE ESFARRAPADA

Os helicópteros fazem contínuos sobrevoos. Estes parecem ter minha  como moradia ponto central Eles me incomodam! Não reclamo: estão na busca de busca de animais e de humanos isolados em brejos. Há os que aguardam resgate em cima de prédios.  São símbolos da esperança. Os helicópteros também trazem vidas e trazem mortos. Os tempos são tétricos. A tristeza nos faz estéreis. Não há como fazer narrações. Trago um dado: O Rio Grande do Sul tem 497 município, destes  397 têm decretado estado de calamidade.      

No último sábado vivi algo inédito: estava hospitalizado no  Hospital Mãe de Deus (Um dos mais considerado do Brasil) na minha terceira internação de 2024. De repente recebo a informação que estou de alta e devo imediatamente deixar o hospital inunda para ser levado a um ponto onde as água permitiam que descesse da van e me deixasse o insular HMD.

Complemento esta blogada um significativo texto do meu colega e amigo Rualdo com o qual, por alguns anos nos envolvemos na edição da revista Episteme.

Prof. Dr. Rualdo Menegat, Professor titular do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da UFRGS, geólogo, Mestre em Geociências (UFRGS), Doutor em Ciências na área de Ecologia de Paisagem (UFRGS), Doutor Honoris Causa (UPAB, Peru). Assessor científico da National Geographic Brasil e membro da Cátedra da UNESCO/Unitwin 


Devemos reconhecer, em primeiro lugar, que não só há um apagão da infraestrutura do Estado do RS - que Leite e Melo privatizaram e que agora gerenciam de forma incompetente, estruturas como CEEE-Equatorial, Corsan, entre outras. Sartori e Leite desmontaram também a inteligência estratégica do Estado: Metroplan, FZB, FEE, SEMA e CIENTEC. Além disso é muito importante: há um apagão da natureza para mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos, posto que a drenagem natural e os ciclos hídricos foram destroçados pelas políticas de uso intensivo do solo. Flexibilizaram leis para aumentar áreas de plantio de soja, desmontaram planos diretores para ampliar a especulação imobiliária em zona ribeirinhas, para implantar minas de carvão e para favorecer a especulação imobiliária. Sem inteligência social e com a infraestrutura natural destroçada, temos pela frente um longo caminho para adquirirmos condições de enfrentar a emergência climática e ambiental que estamos atravessando. Temos que ter em mente que isso é apenas um começo. Temos que agir estrategicamente se quisermos encorajar a sociedade a enfrentar os tempos que estão aí e os que advirão. A UFRGS é uma instituição fundamental para isso.  É a inteligência estratégica que sobrou em um Estado que está sendo desmontado peça por peça.  Sem inteligência social, a sociedade não só fica muito mais vulnerável frente aos impactos adversos dos  tempos severos, mas também fica refém da ação de forças externas, sobre as quais não tem controle, como o Exército e empresas privadas. Tudo conduz para a ideia que nada podemos fazer enquanto sociedade, cada vez mais submetida à inclemência da natureza e ao horror de políticas autocráticas e ignorantes. A Universidade é a esperança possível para desenvolver uma inteligência social que encoraje a sociedade a enfrentar a emergência climática-ambiental do século XXI.


sexta-feira, 3 de maio de 2024

03/054/2024.- NUM RS SUBMERSO MAS AJUDADO

 

deed  ANO

 17

      www.professorchassot.pro.br

Livraria virtual

        EDIÇÃO

       3352

       O3/05/2024

03/054/2024.- NUM RS SUBMERSO MAS AJUDADO

Na manhã deste sábado, quando sonhava com alta para voltar na segunda-feira para a minha casa recebi a informação que estava indicado para compor o grupo de pacientes que seriam evacuados em função do alagamento em torno de acessos ao Hospital Mãe de Deus.

 A resenha do livro e a apresentação acerca da autora de Nação dopamina estão na página da Amazon:

Este livro é sobre prazer. É também sobre sofrimento. Mas mais importante, é um livro que trata de como encontrar o delicado equilíbrio entre os dois, e por que hoje em dia, mais do que nunca, encontrar o equilíbrio é essencial. Estamos vivendo em uma época de excessos, de acesso sem precedentes a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais. A variedade e a potência desses estímulos são impressionantes - assim como seu poder adictivo. Nossos telefones celulares oferecem dopamina digital 24 horas por dia, 7 dias por semana, para uma sociedade ao mesmo tempo conectada e alheia do que acontece ao redor. Estamos todos vulneráveis ao consumo excessivo e à compulsão.

 Anna Lembke, psiquiatra e professora da Escola de Medicina da renomada Universidade Stanford, explora as novas e empolgantes descobertas científicas que explicam por que a busca incansável do prazer gera mais sofrimento do que felicidade - e o que podemos fazer a respeito.

Traduzindo a complexidade da neurociência para metáforas fáceis de entender, a Dra. Anna mostra que o caminho para manter a dopamina sob controle é encontrar contentamento nas pequenas coisas e nos conectar com as pessoas queridas. Como prova disso, a autora compartilha diversas experiências vividas por seus pacientes em trechos muito emocionantes. São histórias fascinantes de sofrimento e redenção que nos dão a esperança de que é possível transformar a nossa vida. Nestas páginas, Nação dopamina mostra que o segredo para encontrar o equilíbrio é combinar a ciência do desejo com a sabedoria da recuperação.

Do livro instigou-me o título, pois há mais de 12 anos, enquanto parkinsonismo sou consumidor de Prolopa® BD contém 100 mg de levodopa benserazida) (L-dopa) e 28,5 mg de cloridrato de benserazida (equivalente a 25 mg de benserazida).

……..

Os dois parágrafos seguintes são um pequeno excerto transcrito da extensa bula do medicamento: Prolopa® BD comprimido de 125 mg. Princípio ativo: cada comprimido de Prolopa® BD contém 100 mg de levodopa (L-dopa) e 28,5 mg de cloridrato de benserazida (equivalente a 25 mg de benserazida).

 “A dopamina, que age como neurotransmissor no cérebro, não está presente em quantidades suficientes nos gânglios da base, em pacientes parkinsonianos. A levodopa ou L-dopa (3,4-diidroxi L-fenilalanina) é um intermediário na biossíntese da dopamina. A levodopa (precursora da dopamina) é usada como uma pró-droga para aumentar os níveis de dopamina, visto que ela pode atravessar a barreira hematoencefálica, enquanto que a dopamina não consegue. Uma vez dentro do Sistema Nervosos Central (SNC), a levodopa é metabolizada em dopamina pela L-aminoácido aromático descarboxilase.

Após sua administração, a levodopa é rapidamente descarboxilada à dopamina, tanto em tecidos extracerebrais como cerebrais. Deste modo, a maior parte da levodopa administrada não fica disponível aos gânglios da base e a dopamina produzida perifericamente frequentemente causa efeitos adversos. É, portanto, particularmente desejável inibir a descarboxilação extracerebral da levodopa. Isso pode ser obtido com a administração simultânea de levodopa e benserazida, um inibidor da descarboxilase periférica.”

Uma síntese de/para leigo: a dopamina é responsável pela ativação de sinapses (=ligações) cerebrais. Deficiências da mesma determinam que o cérebro não emita comandos (ou o faça de maneira deficiente) para o corpo executar com competência certas ações do corpo. Esta é uma das características do parkinsonismo. Ocorre que se houver reposição de dopamina, esta não consegue vencer barreiras para chegar ao cérebro. Assim, para reposição da mesma é usada uma droga (L-dopa) que consegue chegar ao cérebro e ali se converter em dopamina. Para inibir que esta transformação ocorra antes de chegar ao cérebro a medicação consiste numa mistura de L-dopa com benserazida, que inibe a transformação (indesejada) da L-Dopa em dopamina antes de esta chegar ao cérebro.

Quando se lê o que está acima, é preciso encantar-se com a Ciência! Agora, pode-se morrer com Parkinson, mas não morrer de Parkinson, como era ainda recentemente.