ANO
13 |
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EDIÇÃO
3402
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É
importante recordar que hoje também é "o dia do índio" e a celebração
da semana santa, pelas religiões hegemônicas, não pode silenciar lembranças
ancestrais! Ao nos encantarmos com a lua cheia destes dias vale rememorar quem são
os donos das terras que, mais uma vez, estão sob a ameaça de apropriação pelas
gananciosas indústrias extrativistas de minérios e madeiras.
Escrevo nesta sexta-feira santa. É, mais uma vez,
recorrente a pergunta: por que a Páscoa
não ocorre sempre na mesma data como o Natal? Vejam o hibridismo na
determinação das datas da Páscoa e do Natal, as duas maiores festas da
cristandade. Uso muito a propósito termo cristandade, significando o conjunto
dos povos ou países cristãos e, assim, não estou me referindo aos que professam
a fé cristã. A primeira ocorre numa data móvel, regida pelo calendário lunar,
entre 22 de março e 25 de abril. E para que não se diga que a lua determina a
data de eventos móveis religiosos (Pentecostes, Corpus Christi, Ascensão etc.)
ela também define a data do Carnaval — que pode ocorrer entre 03 de fevereiro e
09 de março — até porque esta festa se associava às celebrações quaresmais,
segundo alguns sendo a celebração do adeus
a carne (= carne vale) antes dos dias de abstinência de carne que se
prolongavam até a Páscoa. Enquanto o Natal ocorre sempre em 25 de dezembro, com
data definida pelo calendário solar, provavelmente para se fazer sincrética a
festas pré-cristãs celebradas pela passagem solstício de inverno no hemisfério
Norte.
A data da Páscoa (tanto na Igreja Católica como nas
Igrejas Protestantes e Igrejas Ortodoxas, mas não há necessariamente
coincidência com o calendário judeu é calculada como ocorrendo no primeiro
domingo após a lua cheia (lembremo-nos que Sexta-Feira Santa é dia de
plenilúnio), seguinte à entrada do equinócio de outono no hemisfério sul ou o
equinócio de primavera no hemisfério norte. Essa definição foi um momento que
pôs fim a uma histórica divergência dentro da Igreja. Este ano o Pessach (=
Páscoa judaica) é celebrado a partir do início da noite de hoje, sexta-feira,
19 de abril até o início da noite de sábado, 27 de abril).
Há denominações cristãs que têm fixada a
Sexta-Feira Santa em 12 de abril, definida a partir de leituras dos Atos dos
Apóstolos relacionadas com a data da morte de Jesus no suposto ano 33 da era
cristã.
Um jornal de
Porto Alegre, na véspera da Páscoa de 2006, em um material de curiosidades
acerca da festa, explicou que para calcular a data da Páscoa bastava adicionar
46 dias a data do Carnaval. Certamente, ao fazer matéria sobre o Carnaval
poderia explicar que para calcular a sua data basta subtrair 46 da data da
Páscoa.
Numa contribuição a uma vida mais saudável, encerro
esta edição pascoalina com informe trazido da página da Unimed:
Os benefícios
do cacau. É normal associar a palavra cacau ao chocolate,
inclusive os benefícios do chocolate têm relação justamente com o cacau
presente na composição. Conforme a Netherlands Journal of Medicine, revista
científica da Associação Holandesa de Medicina, os fabricantes de chocolate têm
estabelecido técnicas de processamento do cacau que eliminam o amargor, mas,
devido a esse processo, até 90% dos flavonoides (compostos bioativos com
propriedades antioxidantes) podem ser perdidos.
A ingestão de cacau pode estar ligada a diversos
benefícios, como a melhoria do funcionamento do coração, além dos compostos
antioxidantes que aumentam a concentração do “colesterol bom” (HDL), o auxílio
ao bom funcionamento do sistema nervoso central e o apoio ao retardamento do
envelhecimento precoce.
Tenha cautela
com a ingestão de chocolate! Os benefícios associados ao consumo de chocolate
amargo ou meio amargo existem em função da presença dos flavonoides.
Recomenda-se que o consumo não ultrapasse 30 g no dia, caso contrário pode
haver ingestão excessiva de gorduras e carboidratos (essa quantia representa
quatro dos quadradinhos menores de uma barra de chocolate!). A boa notícia é
que as fontes de cacau não se restringem aos chocolates: é possível encontrá-lo
em versões, como a semente do cacau “in natura” e o cacau em pó orgânico, que
são fáceis para incluir em diversos preparos caseiros.
Ao querido Chassot e a todos que por aqui passarem. Falta-me a fonte, neste momento, de uma matéria que acessei em 2018 com este título: "Índio não é fantasia". Dizia da importância de se valorizar as tradições indígenas sem ridicularizá-las com as fantasias tão propagadas pelas escolas. Divulguei o material, afinal, as escolas precisam refletir a respeito, assim como devem refletir sobre as comemorações que realizam e as rotinas que se repetem. Valiosos dados, meu amigo Áttico, nesta blogada. Mui grato!
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