ANO
12 |
No
dia do 11º aniversário
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EDIÇÃO
3309
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domingo, 30 de julho de 2017
30.— 11 anos de blogares
Hoje, assinalo os 11 anos deste blogue. Esta é a primeira edição
do ano 12. Foi em 30 de julho de 2006 que este blogue começou. Na primeira
edição deste mês cometi um engano que se consubstanciou nas aberturas das
outras edições.
Aniversários marcam a
nossa completação — num período de 365,25 dias — de uma volta de nosso Planeta
ao redor do Sol, são usualmente festejados. Mas também são próprios para
balanços e tomada de decisões.
Festejamentos não cabem. Os tempos temerosos são lutuosos.
Vivamos o direito dado pelo impostor.
Balanços têm diferentes focos. No último ano foram postadas
111 edições, foram acrescentados três outros diferentes países como locais de
postagem. A frequência média de acessos diários em alguns meses do ano foi mais
de 600 e que houve nos dias (quando de relatos de férias) com picos bem
maiores. Há dados para triunfalismos.
Mas há outros. Ratifica-se a significativa queda nos números
de leitores. Há, pelo menos dois anos, venho afirmando que hoje as leituras em
suportes eletrônicos têm exigências muito diferenciadas que aquelas de julho de
2006, quando dei-me o privilégio de blogar. Neste mês de julho, com uma única exceção
(dia 26, com mais de 700 acessos) dificilmente passou-se de 150.
Ouvido os sinais, busco alternativa para continuar ágil neste
espaço. Assim, anuncio que a partir deste próximo agosto, as edições serão
semanais, postadas sempre no fim de semana. Para mim o findi inicia ao pôr do
sol de sexta e termina ao pôr de sol de domingo.
Experimentemos. Estou,
mais uma vez, expectante com o hebdomadário que se inicia.
sexta-feira, 28 de julho de 2017
28.— Ajude a salvar a UNILA
ANO
11 |
Quase
no dia do 11º aniversário
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EDIÇÃO
3308
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Abro esta edição, quase no dia do 11º aniversário deste blogue,
com um convite especial: na edição natalícia, no próximo domingo, apresento alternativa
em busca de maior vitalidade no blogar aqui.
Para esta edição trago uma denúncia e um apelo. O jornalista José
Pedro Martins publicou nesta semana na AGÊNCIA SOCIAL DE NOTÍCIAS http://agenciasn.com.br/arquivos/11331 uma significativa
e muito importante matéria acerca de emenda que modifica a Universidade Federal
da Integração Latino-Americana (UNILA) e a tenta transformar em uma escola
agrícola. Isto, no mínimo, ameaça integração latino-americana e todo um projeto
educacional muito inovador. Na foto: Unidade
do Jardim Universitário, em Foz do Iguaçu (Foto Divulgação)
Há uma prática usual
de regimes ditatoriais, como é nosso atual governo. Há um propósito explícito:
há que borrar tudo que possa evocar os governos que renovaram o país entre 2003
a 2016. Parece que a Educação, com sobejas razões, seja o alvo preferido. Se
olharmos as 17 Lula-Universidades, mais as dezenas de Campi criados depois de
2003 ou ainda os 38 Institutos Federais com mais de 300 campi é forçoso
reconhecer que um número significativo de brasileiros se constituem na primeira
geração que chega à universidade. Isso muda a fisionomia do Brasil. As elites,
ao contrário, querem uma pequena sociedade de abastados. Eles precisam de
Universidades assépticas nas quais seus filhos não possam ter aulas junto com
os pobres. Esse projeto não é solitário. Ele faz parte dos instrumentos que se
precisa ter para promover de fato um apartheid no Brasil. A senzala deve voltar
a ser o local destes que, não tendo um pedigree cultural, querem ingressar numa
Universidade.
O apelo é por si evidente: ajude a salvar a UNILA
Antecipo, do texto antes destacado o seu encerramento:
A INDIGNAÇÃO DO MESTRE
Autor de vários livros, ex-professor em muitas
universidades (como PUC-RS, Unisinos, ULBRA e UFRGS), Attico Chassot mantém,
aos 77 anos, a indignação da juventude. É dele uma reação crítica e apaixonada em
relação à emenda que muda o perfil na UNILA. “A elite brasileira não aceita que
muitos de nós nos sintamos mais latino-americanos que brasileiros. Só falta
impor que comecemos a usar uma bandeira nacional na lapela, como o troglodita
presidente estadunidense”, comenta o professor Chassot, que atuou como
professor visitante na Aalborg Universitete, da Dinamarca, e é
professor-pesquisador e orientador de doutorado na REAMEC – Rede Amazônica
Ensino de Ciência.
Ele entende que a elite brasileira também deseja
“processar uma integração global que é apenas uma globalização de mercados,
onde as pessoas importam pelo seu poder de compra”. Nesse sentido, em sua
opinião, “a extinção da UNILA (e também o sucateamento de universidades e
institutos federais) é uma exigência para ajudar a alcançar estas duas metas,
uma e outra segregacionistas”.
O professor Chassot destaca que a UNILA foi uma das 17
Universidades criadas no governo de Luis Inácio Lula da Silva. Citando a
diversidade de origens dos alunos e professores e os vários cursos oferecidos,
ele defende que a UNILA é “muito mais que um conjunto de prédios”. A UNILA,
hoje, acrescenta, “é muito mais que o sonho de um presidente que acredita que o
acesso à educação transformaria não apenas um país, mas todo um continente que
tem países latino-americanos nas três Américas e por tal a UNILA consagra,
celebra e fortalece nossa latinidade. Extinta a UNILA isso tudo desaparece”,
avisa o educador, um entusiasta da integração latino-americana, tendo sido
professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI).
sexta-feira, 21 de julho de 2017
21.— ‘A VIDA NA TELA’
ANO
11 |
No
mês do 12º aniversário
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EDIÇÃO
3308
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Talvez a rapidação destes novos tempos esteja impedido que nós não vejamos algumas das transformações que sofremos [aqui a ação verbal foi escolhida com rigor]. Tenho como certo que a maioria dos minguados leitores deste blogue seja homens e mulheres do século 20.
Por tanto nenhum de nós teve
em sua infância as atuais tecnologias de comunicação. Lembram das emoções de
escrever uma carta. Envelopa-la. Ir ao correio. Talvez, escolher um selo
especial, pois sabíamos que o destinatário era filatelista. Ainda existem
filatelista? A filatelia foi o artefato cultural que mais me envolvi e talvez
já há um quartel que não mexa no meu álbum de selos.
Falar de fazeres que não existiram na geração de nossos avós
e e também não na de nossos filhos, aos quais até o e-mail já é obsoleto, poderá
parecer que somos de tempos dinossáuricos. Cada vez mais parece que não estamos
vivos se não estivermos conectados.
Há que acreditar que existe vida fora da tela. No esteirar da
edição anterior, partilho aqui o texto que o escritor Élcio Mário Pinto,
comentarista deste blogue, que escreveu no ROL Região online — www.jornalrol.com.br — desta semana.
‘A VIDA NA TELA’
Os três meninos entraram, acompanhados pela
mãe. Calculei as idades: 7, 6 e 4 anos. Enquanto o menor brincava, corria e
movimentava-se muito, os outros dois se interessavam por outra coisa: o
celular. Graças à insistência do caçula, aquele de 6 anos cedeu e começaram a
brincar de esconde-esconde. Mas, desde que a mãe entregou-lhe o aparelho, o
menino de 7 anos nada mais fez. Sequer olhou para onde pisava enquanto
caminhava para dentro do prédio. Lá, também não se importou com mais nada! Os
outros dois correram, passaram pelo detector de metais e voltaram com a
brincadeira do esconde-esconde. Percebi que sorriam muito e eu entendi que
estavam felizes com o que faziam. Mas, o menino maior, sequer olhava para
qualquer lado. Nada, absolutamente nada no mundo interessava a ele mais do que
os joguinhos apresentados na tela do celular.
Então é assim, eu pensei. É assim que se faz
para que alguém, com tão poucas experiências e convivências tenha um só
interesse, não se importando com mais nada e com mais ninguém?
Para o menino de 7 anos, a brincadeira não
interessava. Também não interessava o que os mais novos faziam. Deviam ser
irmãos, foi o meu outro pensamento. E daí? Daí, nada! também não era motivo
suficiente para deixar o celular e brincar.
Acompanhei aqueles meninos, do momento que
desceram do carro, foram ao prédio, ficaram um tempo lá e voltaram. O menor,
muito criativo, já se imaginava abrindo a porta do carro ao lado dizendo que
era da polícia. Talvez as cores preta e amarela e aquele desenho que parecia um
distintivo, fossem o suficiente para convencê-lo.
Finalmente, pensei que no menino de 4 anos
ainda havia a criatividade que sonha, tão necessária a uma criança saudável,
cheia de imaginação e que gosta de criar para viver intensamente, muito mais do
que o cotidiano oferece. Talvez, seja esta a melhor definição de ser escritor:
sua intensidade criadora só se satisfaz com muitas vidas, ainda que imaginadas.
Quem sabe em seu interior, todas estejam, sempre, acontecendo vibrantemente!
Bem, a família partiu e eu fiquei pensando nos
três meninos e no que as crianças são transformadas quando os recursos
tecnológicos separam, segregam, dividem e matam a inventividade de quem deveria
brincar, conhecer a Natureza, conviver com as pessoas e ser feliz com as
coisas, não com as imagens das coisas. Será que voltamos aos ensinamentos do
velho filósofo grego Platão? Dizia o mestre que tudo o que vemos é só um
reflexo da Realidade verdadeira e absoluta. Parece-me que invertendo este
ensinamento, com a tecnologia das telas pode-se dizer, que a educação das
crianças está transformando o virtual em algo absoluto, sem o qual não se pode
viver.
Mas, digo agora: a vida, definitivamente, não
acontece na tela. Ela acontece na Natureza!
terça-feira, 18 de julho de 2017
18.— De um comentarista de escol
ANO
11 |
No
mês do 12º aniversário
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3307
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Há um tempo tenho expressado aqui, o quanto os
blogues caducam. Ou, talvez sejam incapazes de vencer a concorrência que lhe
fazem outros muitos lócus de informações e de conhecimento que se enredam nesta
mega-rede que quase desconhecíamos antes do último quartel do século 20. Assim
como, enquanto professores temos uma imensa dificuldade de superar a magia de
um smartphone nas mãos de alunos em sala de aula, hoje vemos a cada dia se esvaírem
leitores dos blogues. No começo deste ano ter cerca de trezentos leitores
diários era uma festa para quem já teve quase mil, a cada dia. Agora quando
ultrapasso de 150 iludo-me que ainda vale a pena escrever uma blogada.
Também os comentários rareiam cada vez mais. Mas...
às vezes ocorre um solitário que merece ser guindado ao texto principal, pois
se diz que não acendemos uma lâmpada para esconde-la atrás de uma porta e sim
para expomo-la.
Na penúltima
edição trouxe Amós Os, uma vez mais. Então ele ratificava uma afirmação
recorrente em minhas falas: a necessidade
de sermos curiosos. Esta edição recebeu um comentário que me permito catapultar
para que mais leitores o fruam. Ele é do escritor Élcio Mário Pinto, de
Sorocaba, cujos contos já fizeram histórias aqui. Vale fruí-lo!
Aos que acreditam, cabe: "Senhor, não permita
que em mim, a curiosidade se finde. Não permite que o meu descanso seja a
distância do querer aprender, saber e descobrir. Não me deixe, tão sossegado e
apaziguado, que não mais me interesse por encontrar as razões, as causas e os
motivos do que acontece." Aos que optam por outras vias de existência,
cabe o entendimento de que, sem curiosidade, estar não passa de ser sem razão
de existir. O que sobra de mim se perder a curiosidade ou se a tirarem de mim?
Se, pela tortura, pelo engodo, pelas mentiras e por todas as maldades daqueles
que querem me convencer de que os bonzinhos são os que saqueiam nosso país ou
pelas informações, intencionalmente, escondidas, sem a curiosidade para
entender o que fazemos e o que fazem de nós pelo que fazemos ou deixamos de
fazê-lo, não importa. Importa é que sem a santa curiosidade dos crentes ou o
desejo profundo do entendimento, impedidos ou mortos, não há existência digna
para a criatura humana. Por isso, compartilho com teus leitores, querido
Chassot, neste espaço democrático e transparente, de luta e resistência, de
persistência e busca de que, em cada querência, em cada casa e em cada canto, a
curiosidade sobreviva e grite liberdade, contra o golpe que, ainda, resiste.
Maldito seja!
quinta-feira, 13 de julho de 2017
13.— Hoje, o leitor é o autor
ANO
11 |
No
mês do 12º aniversário
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EDIÇÃO
3306
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Um preâmbulo
Quando, em junho estive
em Araputanga – MT, um jovem orgulhosamente exibiu um exemplar de meu Memórias de um professor: hologramas desde
um trem misto dizendo que ele comprara o último exemplar na Amazon. Ao autografa-lo
brinquei dizendo: ‘agora este exemplar tem mais valor, pois realmente o livro não
é mais encontrável’.
Na mesma ocasião autografei
para o Lupércio Das disciplinas à
Indisciplina, que ele disse estar estudando no Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física FCARP.
Tempos depois, entre várias mensagens, numa das quais aprendo que o nome latino
de meu interlocutor significa aquele que afasta o Lobo, recebo uma produção
literária acerca de meu livro mais recente, que autorizado por seu autor,
partilho com leitoras e leitores deste blogue. Vejo, também que Lupércio é o Fauno: divindade da mitologia romana, por vezes associado à
divindade grega Pã.
Manifesto a minha
gratidão ao Lupércio, que provavelmente, dá ao Lobo presente em seu prenome o
segundo dos dois significados mitológicos antagônicos (por um lado representa o bem, e nesse contexto, nele encontramos a
astúcia, bem como alguns traços humanos que a esse animal são atribuídos, os
quais incluem inteligência, sociabilidade e compaixão; por outro lado, a representação do mal, compreendendo nesse sentido
a crueldade, a luxúria, bem como a ambição) deste personagem que povoou as
historinhas de nossa infância.
Das
disciplinas à Indisciplina: para
envolver-se no fazer Educação.
Lupércio Guilherme Rodrigues Ribeiro[1].
O livro
‘‘Das disciplinas à indisciplina’’, objeto deste ensaio, divide-se em 10
capítulos, um prelúdio e uma ‘‘protofonia’’, palavra presente na vida daqueles
que se envolvem com música, o autor coloca as relações daquele que se envolve
no fazer Educação como uma música constituída de um binômio escrita-leitura,
colocando a representação rupestre como a primeira forma de aprendizagem deste
binômio, e convida seus leitores a manter a relação escrita-leitura através do
suporte papel, sem reduzir que os meios digitais possam produzir novos saberes
para o processo de aprendizagem.
O
prelúdio com José Clovis de Azevedo é o convite escrito por um amigo, e que
define o livro resumidamente, depois de concluir a leitura é compreensível,
Chassot escreve para que seus leitores se envolvam no sotaque “Chassot” Definido os 10 capítulos, assestar o óculo
para ler o mundo, e arrumando a caixa de ferramentas aponta para as formas e
desafios de leitura e escrita que os professores se envolverão no fazer
educação-ciência, como cada um se apega as formas de ler o mundo e como escolhe
suas ferramentas, uma vez mais enfatiza a relação escrita-leitura como
centralidade no livro, que começa a desafiar os leitores em discussões
presentes do cotidiano.
O
autor utiliza de dois óculos: Religião e Ciência mostra-se necessário assestar
o óculo destes, para uma continuidade do livro, que busca centrar o leitor de
que não o relaciona com fatos históricos, e sim colocar a relevância das
transformações que vivemos acerca de cinco revoluções paradigmáticas, e
indaga-nos sobre por que as revoluções científicas ocorrem em só um lado da
história, por que somos fortemente marcados pelas religiões. No fazer ciência
coloca todos os marcantes do século 20, no que se diz o marco das
transformações da modernidade, e a passagem do tempo das certezas para as
incertezas, e começa a envolver-nos no fazer Educação com uma passagem
importante da história ‘escrita’ por Martinho Lutero e constituída pelos
professores nos presentes dias do século 21. Destaca a ‘Escola e Universidade’
e questiona, a escola mudou ou foi mudada?
Se
faz importante os díspares em sua resposta mostrar a escola como formadora de
Educação, e os meios de mudanças que está presente na escola cotidiana, a
rápida informação através dos cliques, e questiona se a escola transmite
conhecimento ou informação. O leitor se envolve no ‘desmembrar’ do autor e
chega em “Das disciplinas à indisciplina” capítulo que dá nome ao livro, que
traz os métodos disciplinares e indisciplinares na formação do conhecimento
científico, e o termo in em um
‘Crescendo’ na relação das disciplinas. O saboroso capítulo está finalmente
adentro dos professores que se envolve no fazer Educação, com a
indisciplinaridade mostrada pelo autor, no entrave de mostrar a importância de
manter os saberes primevos vivos, como na conservação de sementes do milho
crioulo e a sedução do milho híbrido com a biopirataria. Construir ciência com
os saberes populares transformando-os em saberes escolares caminhando na
indisciplinaridade do rigor dos métodos científicos.
Evoco
aqui palavras do autor, em que a Escola e a Universidade que abeberaram o seu
conhecimento e formou sua Educação, pode não estar presente na mesma formação
dos meus filhos e netos. Precisa-se conservar os saberes em extinção, como dito
em metáfora “Quando um velho morre é como uma biblioteca que queima”.
[1] Lupércio Guilherme, 22 anos, graduado em Licenciatura da
Educação Física pela Faculdade Católica Rainha da Paz em Araputanga-MT.
Apaixonado por esportes, especialmente corrida de longa distância
"ex-atleta", e por leituras acerca de educação. E-mail: lupercio.rr@gmail.com
segunda-feira, 10 de julho de 2017
10.— Curiosidade, enquanto exigência do mundo atual
ANO
11 |
No
mês do 12º aniversário
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EDIÇÃO
3305
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1
Abri a edição de 28
de junho narrando que vinha de assistir a terceira sessão do Fronteiras do
Pensamento de 2017. Ouvi com cerca de 2 mil pessoas Amós Oz, escritor
israelense de grande prestigio na atualidade, até porque a cada ano está entre
os possíveis laureados com o Nobel de literatura.
Hoje ofereço um
excerto da palestra “Meus livros, meu país, minha política” com a qual o fundador
e principal representante do Movimento
Paz Agora encantou o auditório e que foi ovacionado ao defender a solução
de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, mesmo que isso lhe
granjeie o reconhecimento de ‘espião no seu próprio país’.
O meu destaque é a adesão
que vi expressa a algo que tem sido chamamento em minhas falas. A exigência de
sermos curiosos. Hoje, a curiosidade não é apenas uma exigência como é muito fácil
termos respostas a nossos interrogantes.
Amós Oz defende que
a curiosidade deveria ser considerada como uma virtude moral. Assim como ela é
a força propulsora de sua literatura – fazendo com que se coloque sempre no
lugar do outro e enxergando novas perspectivas – ela faz com que o ser humano
torne-se melhor. “Eu acredito também na bênção da curiosidade em tempos de
conflitos políticos, religiosos, ideológicos e pessoais. Não porque a
curiosidade possa sarar tudo, mas porque a curiosidade, não menos do que o
humor, é um antídoto poderoso ao fanatismo”, finalizou.
Colho esse excerto
imerso em evocações que alguns de nós ouvimos na infância e mesmo na adolescência:
“Menina, não seja curiosa!” ou “Menino, não seja curioso!”
quarta-feira, 5 de julho de 2017
05.— No mês de aniversário
ANO
11 |
No
mês do 12º aniversário
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EDIÇÃO
3304
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No próximo dia 30
este blogue completa 12 anos. A primeira edição foi em 30/07/2005. Pode não ser
esse um feito estrondoso, mas posso dizer que é algo exigente. Destes 12 anos
em oito esse blogue foi diário. Hoje
não consigo imaginar como conseguia fazer blogadas diárias. Nos outros quatro anos
houve no mínimo de duas a três edições semanais. As mais de 3.300 edições correspondem
a uma média de 275 edições anuais, isso corresponde, em média, a mais de cinco
edições por semana nesses doze anos.
Chega de números.
Estou parecendo um dos personagens do livro de Exupéry, O pequeno Príncipe ou evocando um livro que embalou minha adolescência:
O homem que calculava de Malba Tahan.
Durante este mês quero trazer algumas edições acerca da arte de blogar, que
parece em extinção.
Cabe aqui um comentário
acerca de minha quarta e última viagem junina, anunciada na última edição.
Na madrugada de quinta-feira
fui à Vitória, onde fiz a conferência “Das
disciplinas à indisciplina” na abertura do I Simpósio de
Pesquisa em Educação em Ciências do Estado do Espírito Santo em Vitória, uma realização do IFES e da UFES. Um
público de cerca de 300 pessoas aplaudiu vibrantemente o meu já usual ‘Fora
Temer’ que tenho bradado em vários estados do Brasil. Minha fala foi também foi
aplaudida com muito entusiasmado.
Autografei mais de
70 livros e tirei centena de fotos. Como sempre deixo as terras capixabas com
desejo de voltar. As minhas apreensões que a greve geral pudesse paralisar meu
retorno não tiveram concretização. Na viagem de ida, intensa neblina impediu que
pousasse no Santos Dumont. O deslocamento do pouso para o Galeão determinou um
atraso de 4 hora minha chegada à Vitória, onde fiquei menos de 24 horas.
Anuncio novos
blogares até o dia de aniversário.