ANO
11 |
Quase
no dia do 11º aniversário
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EDIÇÃO
3308
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Abro esta edição, quase no dia do 11º aniversário deste blogue,
com um convite especial: na edição natalícia, no próximo domingo, apresento alternativa
em busca de maior vitalidade no blogar aqui.
Para esta edição trago uma denúncia e um apelo. O jornalista José
Pedro Martins publicou nesta semana na AGÊNCIA SOCIAL DE NOTÍCIAS http://agenciasn.com.br/arquivos/11331 uma significativa
e muito importante matéria acerca de emenda que modifica a Universidade Federal
da Integração Latino-Americana (UNILA) e a tenta transformar em uma escola
agrícola. Isto, no mínimo, ameaça integração latino-americana e todo um projeto
educacional muito inovador. Na foto: Unidade
do Jardim Universitário, em Foz do Iguaçu (Foto Divulgação)
Há uma prática usual
de regimes ditatoriais, como é nosso atual governo. Há um propósito explícito:
há que borrar tudo que possa evocar os governos que renovaram o país entre 2003
a 2016. Parece que a Educação, com sobejas razões, seja o alvo preferido. Se
olharmos as 17 Lula-Universidades, mais as dezenas de Campi criados depois de
2003 ou ainda os 38 Institutos Federais com mais de 300 campi é forçoso
reconhecer que um número significativo de brasileiros se constituem na primeira
geração que chega à universidade. Isso muda a fisionomia do Brasil. As elites,
ao contrário, querem uma pequena sociedade de abastados. Eles precisam de
Universidades assépticas nas quais seus filhos não possam ter aulas junto com
os pobres. Esse projeto não é solitário. Ele faz parte dos instrumentos que se
precisa ter para promover de fato um apartheid no Brasil. A senzala deve voltar
a ser o local destes que, não tendo um pedigree cultural, querem ingressar numa
Universidade.
O apelo é por si evidente: ajude a salvar a UNILA
Antecipo, do texto antes destacado o seu encerramento:
A INDIGNAÇÃO DO MESTRE
Autor de vários livros, ex-professor em muitas
universidades (como PUC-RS, Unisinos, ULBRA e UFRGS), Attico Chassot mantém,
aos 77 anos, a indignação da juventude. É dele uma reação crítica e apaixonada em
relação à emenda que muda o perfil na UNILA. “A elite brasileira não aceita que
muitos de nós nos sintamos mais latino-americanos que brasileiros. Só falta
impor que comecemos a usar uma bandeira nacional na lapela, como o troglodita
presidente estadunidense”, comenta o professor Chassot, que atuou como
professor visitante na Aalborg Universitete, da Dinamarca, e é
professor-pesquisador e orientador de doutorado na REAMEC – Rede Amazônica
Ensino de Ciência.
Ele entende que a elite brasileira também deseja
“processar uma integração global que é apenas uma globalização de mercados,
onde as pessoas importam pelo seu poder de compra”. Nesse sentido, em sua
opinião, “a extinção da UNILA (e também o sucateamento de universidades e
institutos federais) é uma exigência para ajudar a alcançar estas duas metas,
uma e outra segregacionistas”.
O professor Chassot destaca que a UNILA foi uma das 17
Universidades criadas no governo de Luis Inácio Lula da Silva. Citando a
diversidade de origens dos alunos e professores e os vários cursos oferecidos,
ele defende que a UNILA é “muito mais que um conjunto de prédios”. A UNILA,
hoje, acrescenta, “é muito mais que o sonho de um presidente que acredita que o
acesso à educação transformaria não apenas um país, mas todo um continente que
tem países latino-americanos nas três Américas e por tal a UNILA consagra,
celebra e fortalece nossa latinidade. Extinta a UNILA isso tudo desaparece”,
avisa o educador, um entusiasta da integração latino-americana, tendo sido
professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI).
A luta está difícil Mestre, mas não desistiremos da batalha.
ResponderExcluirMuito queridos Lorena, Larissa, Alana e Jorge!
ResponderExcluirReceber este comentário do muito querido quarteto baiano, comovo-me. Obrigado.
Nestes tempos temerosos. Comandados por um presidente da República corrupto e ilícito há realmente que reXistir.
Minha admiração com saudades espraiadas
Parabéns, Mestre, pela COERÊNCIA e coragem no momento em que empreende a vitalidade de um garoto na defesa de CAUSAS reconhecidamente NOBRES, Justa e necessária ao progresso (leia-se) do homem. O Ensino serve para que possamos sonhar com uma sociedade mais igual, não sem liberdade. “Conservemos pela prudência o que adquirimos pelo entusiasmo”(CONDORCET).
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