ANO
11 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3279
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Na edição deste blogue do dia 17MAR2017, antecipei um dos verbetes que foi aditado ao “Para saber mais” da oitava edição de “A Ciência é Masculina? É, sim senhora” que deverá circular muito
breve. Então em & Lettres sur l’égalité des
sexes apresentei duas possíveis precursoras de uma teologia feminina.
Neste lindo primeiro domingo do outono de 2017, trago um outro verbete que
certamente enriquecerá a nova edição.
O verbete hoje apresentado, como aquele do dia
17, são produtos de minha recente estada no Musée de l'Homme em Paris, quando adquiri os livros referenciados no dia 17 e
nesta edição. Espero saboreiem esta avant-première.
& Laboratoire de l’Ègalité (Laboratório da Igualdade) —
https://www.laboratoiredelegalite.org — foi fundado em 2010. Laboratório tem
três objetivos prioritários: a) reunir os atores envolvidos na busca da
igualdade; b) interpelar aqueles que decidem acerca da economia e da política;
c) sensibilizar a opinião pública. Não é sem razão que França, já na Revolução
de 1789, inseriu como divisa representada na bandeira francesa —também
conhecida como a tricolor ou bleu, blanc, rouge — dividida em três faixas
verticais (azul, branca e vermelha) as significativas palavras Liberdade
(Liberté), Igualdade, (Égalité) e Fraternidade (Fraternité), na ordem que estão
na bandeira. Uma e outra destas três quase idealizações devem ser continuamente
conquistadas. As lutas sociais colocam, dentre as grandes necessidades de
discussões, a Igualdade de gêneros. Uma das maneiras de se aprimorar esta discussão
é evidenciar o quanto as desigualdades — como as discutidas no livro a seguir apresentado — ainda
estão muito presentes no nosso cotidiano e precisam ser cada vez mais
superadas.
Ainda 2016, Christine Détrez (2016) publica Les femmes peuvent-elles être de Grands Hommes?* (As mulheres podem
ser elas Grandes Homens?) no qual afirma na capa que 97,4% das ruas de Paris
tem nomes de homens. O livro de Détrez faz parte da produção do Laboratoire de lÉgalité. Do site do
Laboratoire de l’Ègalité eis apenas como um exemplo de alguns números importantes
da realidade francesa: 24% as disparidades salariais entre homens e mulheres;
27% mulheres na assembleia nacional; 20% mulheres entre os comentaristas com
expertise chamados a comentar de notícias no rádio e na televisão; e 28%
empresários do sexo feminino. Há informações de outros países sobre idênticos
posicionamentos. Este verbete entra neste “Para saber mais” por conta da
referência ao livro de Christine Détrez (2016). O livro é das Éditions Belin
que tem uma parceria com o Laboratoire de l’Égalité e entre outros títulos uma
coleção onde está o livro citado. Traduzo livremente alguns outros títulos para
trazer uma amostra produções na área: “As mulheres são menos queridas (=valem
menos) que os homens?”(2014), “Na televisão: os homens falam, as mulheres
escutam”(2014), “As mulheres não são feitas para correr” (2015), “A Escola
ensina a igualdade de sexos” (2016), “Querem os homens igualdade” (2015), A
cidade feita por homens e para os homens” (2015); “As artes têm um sexo”
(2014), “Nosso cérebro: tudo parecido; tudo diferente” (2015) e “Se tudo não
terminasse misturado” (2014).
* DÉTRES, Christine Les femmes peuvent-elles être de Grands
Hommes? Paris: Belin, 2016, ISBN978-2-7011-9380-9
Parece (?) que o mundo é masculino! Mesmo que todos sejamos gestados e cuidados (antes, durante e após o nascimento) pelas mulheres? E esse mundo/modelo masculino dá conta de explicar a sociedade? Por que tanta insistência? Apenas teimosia ou...
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