segunda-feira, 12 de maio de 2014

12.- GÊNESIS, POR SEBASTIÃO SALGADO.


ANO
 8
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EDIÇÃO
 2771

De novo uma segunda-feira. Como as duas anteriores: aulas nos turnos manhã, tarde, vespertino e noite. Quase dá para perguntar: quando é o fim de semana de novo? Ouvido de alguém: adoro segunda-feira, pois é o dia que está mais longe da próxima segunda.
Mas, quando escrevo no ocaso do findi, faço-me expectante do próximo. Mas antes dele, há uma semana extensa. E... há que vive-la.

No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.  E disse Deus: Haja luz; e houve luz.E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. Gênesis 1:1-4
Neste ensolarado e lindo dia das mães, centenas de porto-alegrenses, entre eles a Gelsa e eu, foram a Usina do Gasômetro — o lindo centro cultural, às margens do Guaíba — para ver uma releitura do Gênesis feita por Sebastião Salgado, 70 anos, um dos mais consagrados fotógrafos da atualidade.
Em Gênesis, projeto que levou novamente o mais renomado fotógrafo brasileiro a cruzar continentes, Salgado deixa de lado os instantâneos de exclusão, miséria e opressão humana para revelar, com seu inconfundível registro em preto e branco, o que ainda se mantém quase intocado no planeta. Especialmente locais aonde a tecnologia — às vezes avassaladora — não marcou passagem. Ou seja, como era na visão do autor do texto que relatou a cosmogonia judaico-cristã.
Ao completar um ano da estreia, no Museu de História Natural de Londres, e depois de passar por capitais da Europa, pelo Rio e por São Paulo, Gênesis encerrou ontem à noite sua passagem por Porto Alegre.
Com curadoria de Lélia Salgado, companheira do fotógrafo há 50 anos, Gênesis apresenta mais de 245 fotos que oferecem uma síntese de 39 ensaios-reportagens realizados entre 2004 e 2012 em mais de 30 países, distribuídos por África, Ásia, Américas, Oceania e Antártica. Tal jornada, que envolveu expedições a lugares remotos e povos isolados com caminhadas, helicópteros e canoas, é dividida na mostra em cinco núcleos geográficos.
A mudança do foco da desigualdade social para a natureza praticamente preservada que marca Gênesis se deu em grande parte pelo envolvimento de Salgado, com questões ecológicas. Em Minas Gerais, ele e a mulher mantêm desde 1998 o Instituto Terra, pelo qual desenvolvem um projeto ambiental no Vale do Rio Doce.
A exemplo de ensaios como Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos (1994-1999), Genesis é um projeto monumental. Para a série de incursões ao redor do globo, o financiamento se deu por meio de um fundo que reuniu patrocinadores como a mineradora Vale do Rio Doce, além de instituições dos EUA e cerca de uma dezena de revistas e jornais que publicaram partes do trabalho ao longo da realização das viagens.
Valeu ter assistido Gênesis. As fotos são da página oficial e mais detalhes em www.vale.com/genesisVale conhecer o livro editado pela Taschen com 520 páginas e oferecido em diferentes livrarias na rede. 

2 comentários:

  1. Fotomundo

    Gênesis é tema de Sebastião Salgado
    Profícuo fotógrafo de fama universal
    Clica instantâneos como apaixonado
    Fotos correm nele tal sangue arterial.

    Seus cliques põem o dedo na ferida
    Fazem denúncia da infância roubada
    E por vezes da degradação desta vida
    Para isso Salgado põe pé na estrada.

    Preocupado com problema ambiental
    E também com a desigualdade social
    Fundou com sua mulher Instituto Terra

    Mais que fotógrafo é prócer Sebastião
    De injustiças e incúrias desse mundão
    E cruenta beleza seu trabalho encerra.

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  2. O perfil impactante do artista é marca registrada.

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