quinta-feira, 1 de maio de 2014

01. — RIACHUELO NÃO É RIACHINHO


ANO
 8
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EDIÇÃO
 2760
Inaugura-se maio. 2014, que parece começou esses dias, já tem seu primeiro quadrimestre vencido. Um terço do ano passou.
Muito provavelmente, alguns de meus leitores, como eu se encantaram com o texto de Heráclito Parmegiano. Pareceu-me uma linda a aula a trazida aqui ontem. O professor/agricultor atiçou o Jairo para conhecer Icujá Seco. Como escrevi a comentário dele, preferiria ir à Parma, pois desta medieva cidade também sei quase nada. Devo dizer que nunca ligara Parma à Parmalat nem a parmegiana. O Jair, ao tecer loas ao semear sementes de saberes, quase assegura aos moradores de Icujá Seco que podem me esperar.
Não fui o único a desejar a conhecer Parma. A Mirian escreveu ‘o professor que se transmuta em agricultor me entusiasmou a conhecer Parma’. Mas, ao revelar seu encantamento com saborosa blogada parmegiana ela faz um reparo: ‘riachuelo não é diminutivo de riacho e sim nome de um arroio (talvez, um riachinho) que passou para História por batalha naval na Guerra do Paraguai’. Eu laborar no mês engano do Heráclito: pensava que riachuelo era diminutivo de riacho, na mesma formação italiana de fratelo, poverelo...
O Heráclito e a Mirian catalisaram curiosidades. Pretensamente me arvoro a encerrar minhas palestras com um conselho. Este quer ser o oposto de uma ordem que foi muito ouvida por mim: “Menino, não seja curioso!” Vou, hoje, na contramão: “Seja curiosa!” / “Seja curioso!”
Dei-me conta que tudo que eu sabia acerca da Batalha do Riachuelo era a frase “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever!” atribuída ao Almirante Barroso que li em um monumento, na praça da Alfândega em Porto Alegre.
Vi que dentre as milhares de páginas armazenadas em meus escritos pregressos, o Google desktop só encontrou esta frase “voltei de bonde; primeiro da Azenha até a Riachuelo e desta desci a Borges de Medeiros, para na Praça Parobé tomar o bonde São João, para chegar à rua São Pedro com a Eduardo (nome como era conhecida a avenida Presidente Roosevelt) para ir até a Rua Ernesto Fontoura onde ficava o Bar Caçula onde eu morava e trabalhava” que está no Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto. Aqui estou me referindo a percurso que fiz no dia 28 de junho de 1958, dia que Brasil ganhou a primeira vez uma Copa do Mundo e incluiu a rua Riachuelo.
Digo que hoje é fácil ser curioso. Mesmo que ler acerca de guerras me interesse pouco, a Wikipédia traz muitos conhecimentos acerca da Batalha Naval do Riachuelo, ou simplesmente Batalha do Riachuelo, ocorrida a 11 de junho de 1865 às margens do arroio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai, na província de Corrientes, na Argentina. Essa é considerada pelos historiadores militares como uma das mais importantes batalhas da Guerra vencida pelo Império do Brasil e a República do Paraguai (1864-1870) ou Guerra da Tríplice Aliança que fez, só na Batalha do Riachuelo, cerca de meio milhar de mortos nos duas nações digladiantes.
Se  Heráclito Parmegiano lamentava a não ressonâncias de seus primeiros escritos, com o texto de ontem ele fez (e formou) leitores. Eu agradeço.

3 comentários:

  1. Muito oportuno o renascimento deste tema, a Guerra do Paraguai. Para mim, de acordo com meus superficiais conhecimentos, foi muito mais que um conflito. Se transformou num verdadeiro massacre o que a então Tríplice Aliança fez com o promissor Paraguai.
    Que neste Primeiro de Maio reflitamos, também, o sentido do trabalho. Sem esquecer os milhares de trabalhadoras e trabalhadores ainda, pela ganância material do capital, amplamente exploradas e explorados. Grande abraço.

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  2. Muito atento colega,
    tua sabia recomendação é mote para a blogada de amanhã.
    A estima e a admiração do
    achassot

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  3. Genocídio

    Na Maldita Guerra da tríplice aliança
    Forças formidáveis em terrível duelo
    Engendram uma asquerosa matança
    Na tão louvada Batalha do Riachuelo.

    Há quem acredite como Chiavenato,
    Que foi um genocídio, não foi guerra
    Forças brasileiras, comprovado fato
    Mataram inocentes, arrasaram terra.

    Os guaranis, mulheres e até crianças
    Mortas na ponta da brasileira espada
    Conde D’Eu em variadas lambanças,
    Dizimou Paraguai até não restar nada.

    Dom Pedro monarca fazia cobranças
    Para o Brasil consumar cachorrada.

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